domingo, 12 de abril de 2009

Singin' In the Rain


Ficha Técnica:

Cantando na Chuva (Singin' In the Rain) EUA 1952

"What a glorious feeling!"

Diretores: Stanley Donan e Gene Kelly

Escritores: Adolph Green e Betty Comden (história)

Estúdio: Metro Goldwyn Mayer Pictures

Elenco: Gene Kelly, Debbie Reynolds, Donald O'Connor, Cyd Charisse, Rita Moreno


O elenco e a equipe de um filme mudo de sucesso percebe a nova tendência do cinema falante e resolve fazer um filme com vozes. O problema é que o filme fica péssimo e eles tem que refazê-lo como um musical. A atriz principal, que é bonita mas tem a voz terrivelmente fina, precisa ser dublada pela talentosa Kathy Selden, que é o amor do protagonista do filme.

Feito na época de ouro de Hollywood, quando os grandes musicais eram o estouro nos cinemas, Cantando na Chuva é um tributo à arte de fazer filmes. Talvez por isso seja tão brilhante. A equipe passa pelas dificuldades enfrentadas pelos estúdios quando os filmes começaram a ser falados e com muita desenvoltura e bom humor, contornam as situações adversas.

É difícil, para não dizer impossível, descrever a experiência de assitir ao filme no século 21, onde se tornou tão fácil criar grandes produções com a abundância de recursos e tecnologia. O charme, a beleza e tudo aquilo que torna o cinema uma arte de emoções está presente no longa, que tem uma facilidade imensa de deixar o espectador encantado e implorando por mais, mesmo depois que as letras muito antigas anunciam o fim daquele espetáculo por cima do letreiro da MGM.

Os personangens são adoráveis, carismáticos e mais apelativos graças aos mestres que os encarnam com tanta perfeição. Os grandes dançarinos da época, Gene Kelly e Donald O'Connor transformam cada cena em um banquete para os olhos, armados de roupas coloridas e sapatos brilhantes que marcam os sons sincronizados no belo sapateado. A famosa cena em que Gene Kelly dança na chuva é apenas uma das muitas em que o ator demonstra o talento que o deixou famoso, com um sorriso mais do que simpático estampado no rosto do que poderia ser um galã comum. Donald O'Connor é igualmente fascinante e fantástico e seu personagem tem exatamente o papel do ator naquela produção: um coadjuvante indispensável que conquista com seu jeito palhaço e, é claro, seu talento exímio para a dança. Cyd Charisse, dona das pernas mais bonitas de Hollywood, faz uma aparição marcante que começa (claro) por suas pernas e marca sua presença, ainda que por alguns minutos, na mente e no coração de quem assiste ao filme.

As músicas e coreografias de Cantando na Chuva, são seguramente eternas e transportam em uma viagem de primeira classe, o espectador deslumbrado, para os grandes musicais da Broadway, para o mundo glamouroso e cheio de possibilidades de Hollywood e para um universo onde tudo é possível, tudo é imperfeitamente perfeito e o fantástico é apenas rotina: o maravilhoso universo do cinema.


OBS: Bom pessoal, desculpem pela falta de atualizações, mas as coisas andam meio corridas e eu não tenho tido tempo de escrever. Tenho muito filmes na lista e eu gostaria também de receber sugestões para o Sétima Arte e para filmes que vocês acham que devem ser comentados. Obrigada!


Fico por aqui hoje!

Até breve!

Um comentário:

Eduardo Pereira disse...

Bom, acredito que você deveria escrever sobre filmes que estão em cartaz, tipo religiosamente toda semana escolha um filme (de preferência que estreou na própria semana) e escreva sobre ele. É bacana escrever sobre clássicos e tal (e não acho que isso venha a atrapalhar) mais falta novidades fresquinhas aqui.

Acho também que você deveria escolher filmes mais aleatórios, a maioria dos filmes que você escreve aqui são do seu agrado.. ~~