sexta-feira, 31 de julho de 2009

Trailer de The Lightning Thief


Caiu na rede o primeiro trailer do longa Percy Jackson and the Olympians: The Lightning Thief.

O filme é baseado no primeiro de uma série de cinco livros do autor americano Rick Riordan e figurou em primeiro lugar na lista de bestsellers do New York Times.

Os dois primeiros títulos da série O ladrão de raios e O Mar de Monstros já foram publicados no Brasil pela Editora Intrínseca, responsável também pela série Crepúsculo.

Os outros três livros, The Titan's Curse, The Battle of the Labyrinth e The Last Olympian ainda não tem previsão de lançamento no país.

O trailer mostra o protagonista da história, Percy Jackson, que descobre ser um meio-sangue, ou seja, filho de um Deus e um humano, e precisa recuperar os raios roubados de Zeus.

Para ver o trailer, basta clicar na imagem.

Trailer de Alice in Wonderland, de Tim Burton


A Apple publicou o primeiro trailer do longa de Tim Burton, Alice in Wonderland, exibido na Comic-Con de San Diego.
O trailer tem narração de Johhny Depp que interpreta o Chapeleiro Maluco na história e mostra um pouco do País das Maravilhas e da protagonista.
O filme tem estréia prevista para 16/04 de 2010 no Brasil.
Clicando na imagem você confere o trailer.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Harry Potter and the Half-Blood Prince


Ficha Técnica:

Harry Potter e o Enigma do Príncipe (Harry Potter and the Half-Blood Prince) RU/EUA 2009

"Once again, I must ask to much of you Harry"

Diretor: David Yates

Escritores: Steve Kloves (roteiro)

J.K. Rowling (livro)

Estúdio: Warner Brothers Pictures

Elenco: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Bonnie Wright, Michael Gambon, Jim Broadbent, Alan Rickman, Helena Bonham-Carter.


Neste sexto filme da série Harry Potter, os bruxos da escola de Hogwarts são forçados a encarar o desafio cada vez mais próximo da batalha com o Lorde das Trevas, Voldemort. Dumbledore incumbe o jovem Harry a uma missão de suma importância antes de revelar um segredo sobre o seu maior inimigo. Enquanto isso, Hogwarts é dominada pelo medo de uma invasão dos Comensais da Morte e mudanças pessoais drásticas ocorrem na vida dos personagens.

Posso dizer que sou fã dos livros de Harry Potter. Não fã alucinada e etc, mas uma grande admiradora que se apaixonou pelos detalhes de um mundo tão cativante. Com a troca de diretores, roteiristas e abordagens, os filmes não foram capazes de sempre fazer jus ao universo delicado e rico de J.K Rowling. Mas felizmente, assim como os livros, as produções foram melhorando, mostrando a capacidade de conquistarem todo tipo de público e de sair do lugar comum (se é que uma escola de bruxaria pode ser comum), para mostrar o lado sombrio, difícil e interessante de uma história que parecia já ter dado tudo o que tinha para dar.

É nesta nova abordagem que o diretor David Yates (que também dirigiu o anterior "A Ordem da Fênix) se apoia. Ele deixa de lado as expressões de assombro de um Harry deslumbrado para dar lugar à transparência das emoções de um menino perturbado pelo seu passado e diante de um futuro incerto e assustador. Harry é, pela primeira vez, confrontado com as verdadeiras dificuldades de ser "o menino que sobreviveu".

Além dos óbvios desafios de enfrentar as artes das trevas, os protagonistas devem lidar (também pela primeira vez) com as dores do amor. Fica mais do que óbvio o romance-que-sempre-esteve-lá, entre Hermione e Rony e, mais complexamente, Harry descobre sua paixão pela menina Weasley de uma forma mais brusca do que no livro, mas ainda assim, sutil o suficiente para encantar.

O filme, em uma mudança inesperada, não deixa de lado os pequenos detalhes que transformam o universo de Rowling em algo tão único, para dar lugar somente ao desespero. Muito pelo contrário. O diretor se esforçou para mostrar que a boa magia (no cinema e no livro) ainda estava lá, com cenas preciosas como a filmagem da loja de traquinagens dos gêmeos Weasley em meio a um beco em ruínas, ou os famosos jantares na torre e os livros flutuando para as prateleiras à medida que Hermione conversa displicentemente com Harry. São estas coisas que são capazes de lembrar ao espectador que ele está assistindo uma história única, sobre magia e beleza, embora todo o mundo pareça desmoronar em volta das figuras que todos aprenderam a amar.

O brilhantismo de David Yates está na dosagem perfeita deste novo lado negro de Hogwarts com romance e comédia moderada. Os encantos infantis, agora desaparecidos, deram lugar ao sarcasmo e à troca de diálogos afiados entre os adolescentes e professores. Surpreendentemente, o trio que sempre foi o mais fraco no quesito atuação, melhorou consideravelmente, deixando de lado a vontade de aparecer pela vontade de fazer o espectador acreditar nas complexas emoções que eles tem que vivenciar. É claro que, perto de talentos estupendos como Michael Gambon que vive Dumbledore, e Alan Rickman, que encarna o duvidoso professor Snape, a atuação dos jovens ainda fica apagada, mas cumpre o propósito de fazer corações novos suspirarem a crítica sorrir.

Mas é, sem dúvida, o lado negro desta nova produção que coloca Harry Potter em um patamar acima, para deixar de ser apenas um filme de fantasia e se transformar em um espetáculo de câmeras, falas, choros e risadas. Ele é extremamente bem sucedido em colocar o espectador dentro de Hogwarts, nas ruas apertadas do Beco Diagonal ou na -agora não tão alegre - Hogsmeade.

Este sexto filme deixa os espectadores e fãs com água na boca, ansiosos pela última parte da série que, para os desavisados, será dividida em duas: uma com a estréia prevista para 2010 e a outra para 2011. É hora de aguardar por Harry Potter e as Relíquias da Morte e comprovar se ele vai conseguir finalizar com a chave de ouro que acabou de ser apresentada ao mundo.


Fico por aqui hoje!

Até breve!

domingo, 26 de julho de 2009

Comme les autres


Ficha Técnica:

Baby Love (Comme Les Autres) França 2008

Diretor: Vincent Garenq

Escritor: Vincent Garenq

Estúdio: Canal +

Elenco: Lambert Wilson, Pascal Elbé, Pilar Lopez de Ayala, Anne Brochet


Philippe e Emannuele, ou Manu, são dois homossexuais levando uma vida perfeita. Moram juntos, se amam muito e tem muitos amigos. Mas nem tudo é tão perfeito quanto parece: Manu quer, mais do que tudo, um filho. Philippe defende que não é natural que dois gays tenham filhos. Manu decide se separar e tentar de todas as formas adotar uma criança. Quando tudo parece perdido, ele conhece a simpática Fina, que concorda em carregar sua criança se ele se casar com ela para que ela deixe de ser imigrante ilegal na França.

Comédia romântica à francesa. Moderna e irreverente, divertida e talentosa, esta obra prima do cinema tem tudo pra deixar qualquer um pensando e sorrindo. Esta é a grande diferença entre este e os outros filmes do gênero: ao invés de tentar fazer o espectador gargalhar, para no final oferecer uma cena clichê, ele se esforça para faze-lo sorrir e se emocionar aos poucos com uma história tão controversa e original como a de Manu.

Lambert Wilson, que já apareceu em superproduções americanas como Matrix, prova ser capaz de qualquer papel como o elegante, mas inseguro Manu. A maior qualidade do filme, porém, é essa discussão, que começa a ficar cada vez mais evidente, sobre os direitos dos homossexuais. Manu defende a visão de que todos tem o direito de ser pais, independente da opção sexual. Mas muitos, como o próprio Philippe, acreditam que não é natural e pode ser até traumático para uma criança ser criado por pais do mesmo sexo.

Fina, a jovem argentina, aparece para contrabalancear essa equação e para complicar ainda mais a vida já conturbada de Manu. Ela acredita e aceita o amor homossexual de Manu, mas acaba descobrindo uma nova forma de amor. As situações engraçadas não tem a exclusividade de fazer rir, mas de tentar colocar o espectador dentro da mente e do coração de seus personagens, com a dose de drama e romance necessária para fazer pensar.


Fico por aqui hoje!

Até breve!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

The Strangers


Ficha Técnica:

Os Estranhos (The Strangers) EUA 2008

"Lock the door. Pretend you're safe"

Diretor: Bryan Bertino

Escritor: Bryan Bertino

Estúdio: Rogue Pictures

Elenco: Liv Tyler, Scott Speedsman, Glen Howerton


Um casal de namorados vai passar a noite em um chalé isolado depois de uma noite cansativa e difícil. Os problemas começam a aparecer quando um grupo de mascarados surge nas janelas, tenta invadir a casa e se diverte aterrorizando o casal que faz de tudo para sobreviver.

Suspenses são feitos todos os dias. A grande maioria deles é basicamente um conjunto de salas escuras, barulhos altos e repentinos e atitudes previsíveis dos protagonistas. Os Estranhos começa a ganhar por fugir de tudo isso. Ou quase tudo, ele ainda tem alguns barulhos altos e repentinos.

O filme aposta quase todas as suas fichas no fato de ser baseado em fatos reais. Isso não é lá muito crível, mas ainda assim ele impressiona. Como a história já é batida e se passa dentro de uma casa, sem muito espaço para variar, o filme acaba tendo que confiar em dois elementos: a direção e as atuações. Liv Tyler cumpre com maestria a segunda parte desta equação, deixando o companheiro de tela ofuscado diante do seu brilho. Sua gentileza e calma se desfazem diante dos olhos do espectador a medida que sua personagem, Kristen, é submetida aos horrores das figuras psicóticas que cercam a casa.

A direção também ganha ao ser capaz de esconder do espectador as figuras claras dos seus vilões, até a conclusão da história. As máscaras ajudam a dar o ar bizarro e, o silêncio com que os criminosos executam suas ações, assusta mais do que o fato deles quebrarem a porta com machadadas. Kristen se vê cercada de três pessoas que parecem ser capazes de desaparecer e reaparecer, apenas lhe mandando a mensagem de que ela não tem para onde fugir.

Por tudo isso, Os Estranhos ganha. Mas perde quando tenta convencer o espectador da veracidade daqueles fatos quando tudo, e desculpe a franqueza, é uma boa chutação. O filme perde sua linha narrativa quando abandona as câmeras fechadas e o foco na respiração ofegante de Liv Tyler para dar lugar aos cenários abertos onde os criminosos desaparecem como fumaça. Este tipo de tratamento desnecessário da situação é o que puxa o filme para baixo, o impedindo de ser um suspense marcante, para ser apenas um bom filme.

Considerando que esta foi a estréia de Bryan Bertino na direção, o filme se sai bem. Bem melhor do que obras de diretores que estão envolvidos com o gênero há muitos anos. Mas, é melhor ficar de olho na carreira de Bertino, do que se deixar levar pela execução simples - embora satisfatória - de Os Estranhos.