segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Cinema 2009


Bom, já que 2009 vai ter que acabar sem o blog ter sido reformado ainda, acho que é legal fechar com um vídeo que minha amiga Thais Maia me mandou. O vídeo é muito bacana e mostra os filmes que foram lançados este ano. Só clicar na imagem que vocês assistem.
Quantos filmes voces reconhecem? Quantos vocês viram? Quantos gostaram?
Um feliz Ano Novo, cheio de muito cinema e, com alguma sorte, um novo e fresco Sétima Arte para o ano que vem!
Obrigada!



sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Inglorious Basterds


Para começar eu gostaria de dizer que o blog vai, em breve, mudar de endereço e ser reformado. Vou transferir aos poucos as críticas para lá e espero ter mais dedicação e notícias para postar pra vocês.


Ficha Técnica:

Bastardos Inglórios (Inglorious Basterds) EUA 2009

"Once upon a time, in Nazi-ocuppied France..."

Diretor: Quentin Tarantino

Escritor: Quentin Tarantino

Estúdio: Universal Pictures

Elenco: Brad Pitt, Diane Krueger, Christopher Waltz, Mélanie Laurent, Eli Roth.


Na França ocupada pelos nazistas, um Coronel alemão conhecido como o "caçador de judeus" assassina uma família inteira e planta a semente da vingança no coração da jovem judia Shosanna. Alguns anos depois, um grupo de militares americanos conhecido como "Bastardos Inglórios" está aterrorizando qualquer pessoa que apareça com um uniforme nazista. Estas duas histórias encontram um ponto em comum quando toda a liderança nazista, incluindo Hitler, Goebbls, Goering e Bormann, resolve ir a uma premiére do filme alemão "Orgulho da Nação".

Os filmes de Tarantino são, acima de tudo, escancarados. Nos créditos iniciais, muito similares aos de Kill Bill e Pulp Fiction, já se nota um toque da mente do diretor, toque que permanece durante todo o filme. A história também se adapta à costumeira "loucura" de Tarantino, que explora no melhor estilo do humor negro, um dos sentimentos mais controversos e primitivos tanto do cinema quanto da vida real: a vingança.

Ao contrário da maioria dos filmes de guerra, Bastardos não tem tanta ação embora tenha violência de sobra. Ao invés de priorizar grandes planos e imagens aéreas, Tarantino aposta no íntimo de cada personagem, se utilizando de muitos closes, diálogos longos, e cenas extensas. Os diálogos são densos e perfeitamente dosados em humor, ameaça e estilo. Os silêncios desconfortáveis de quando um assunto termina e a tensão provocada pelo medo na época do nazismo também estão presentes em quantidades absolutamente calculadas, conferindo realidade a um filme tão irrealista.

Logo no início, já percebemos que a realidade retratada no filme é paralela e alternativa à verdadeira realidade da Segunda Guerra Mundial. Hitler é um palhaço nas mãos dos grandes oficiais - e grandes atores - que o cercam. Brad Pitt está impecável como o ultra-americano Tenente Aldo Raine, que lidera os Bastardos. Seu ar de patriota primitivo é convincente e charmoso ao mesmo tempo. Todos os integrantes dos Bastardos tem presenças marcantes, ainda que possuam poucas falas. Diane Krueger brilha em sua aparição breve e mesmo sua beleza estonteante não é capaz de tirar o foco do seu talento.

O verdadeiro brilho no filme porém é o ator austríaco Christopher Waltz, que interpreta o "Caçador de Judeus" Cel. Hans Landa. Fluente em alemão, francês, inglês e italiano, tanto o ator quanto o personagem impressionam o público com as habilidades linguísticas e sua incrível capacidae de intimidar o inimigo sendo simpático e sorridente, em uma alegoria de um palhaço psicótico. Eu estragaria a surpresa se contasse mais detalhes da performance de Landa, mas basta dizer que mesmo o elenco de peso não foi capaz de distrair o público deste relativamente desconhecido ator.

Outro trunfo do filme é o respeito que Tarantino demonstra pela línguas locais. Uma mistura rápida de francês, inglês e alemão, Bastardos é bem sucedido em imergir o espectador na realidade criada por Tarantino, por mais desconexa e absurda que ela possa parecer. O filme é extremamente emocional, violento, político e bem.. Tarantino. Os cenários belíssimos e a fidelidade à paisagem de guerra da França ocupada ajudam a criar um pano de fundo para os dramas pessoais de cada personagem e todos estes elementos unidos são bem sucedidos em criar uma história inteligente, original, supreendente e divertida, ao mesmo tempo em que provoca choque e reflexão. Embora seja um retrato distorcido da Segunda Guerra, Bastardos Inglórios é um retrato perfeito do cinema inventado por Tarantino. Qualquer que este seja.


Fico por aqui hoje!

Até breve!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Pixar anuncia seu primeiro longa com protagonista feminina


A Pixar Animation Studios, propriedade da Walt Disney Company, anunciou o próximo longa metragem de animação a ser realizado pelo estúdio.

O anúncio aconteceu na D23 Expo, que terminou na semana passada. A D23 Expo é uma exposição que leva o nome da comunidade oficial de fãs Disney, e contou com a presença de grandes nomes da empresa e dos estúdios, além de celebridades e milhares de fãs.

John Lasseter, Diretor Criativo e co-fundador da Pixar, anunciou que, em Dezembro de 2011 eles lançarão o filme "The Bear and the Bow", que terá direção de Brenda Chapman, de "O Rei Leão" e "O Príncipe do Egito".

A história é sobre Merida, uma jovem escocesa que, embora seja filha da realeza, prefere se rebelar para se tornar uma arqueira. As escolhas de Merida acabam por colocá-la em perigo e ela deve lutar contra uma maldição que ameaça o reino dos seus pais.

O elenco terá Reese Witherspoon, Emma Thompson e Billy Connolly.

Já estão ansiosos?

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Up

Ficha Técnica:
Up - Altas Aventuras (Up) EUA 2009

Diretores: Pete Docter e Bob Peterson (co-diretor)

Escritores: Pete Docter e Bob Peterson

Estúdio: Walt Disney Pictures/Pixar Animation Studios

Elenco: Edward Asner, Christopher Plummer, Jordan Nagai, Bob Peterson, John Ratzemberger

Em Up, um velho senhor chamado Carl Fredericksen, resolve realizar o sonho de sua esposa e colocar sua casa no topo do paraíso das cachoeiras, na América do Sul. Para isso, Carl amarra sua casa a milhares de balões e inicia uma aventura muito além das proporções que ele tinha imaginado, na companhia de um escoteiro insistente, um cachorro falante e um pássaro gigante.

Nas palavras de Jon Favreau "está na hora da Disney ganhar um Oscar de melhor filme por Up". A Pixar conseguiu mais uma vez trazer à tona o talento extraordinário dos seus artistas, com mais uma história original, bela e surpreendente.

O estúdio manteve o padrão de heróis nada convencionais que passou por peixes, monstros, brinquedos, insetos e robôs, criando adoravelmente rabugento e obviamente humano Carl Fredericksen.

Pete Docter, o gênio por trás de Os Incríveis, se aliou a Bob Peterson (em sua primeira experiência como co-diretor) e ambos provaram que, como a Pixar sempre diz, investir em novos talentos vale a pena. Receosos de que, com tantos sucessos, o estúdio possa cair na "mesmice", os executivos da Pixar estão sempre dando cargos de direçaõ para novas pessoas, dando oportunidade para que todos executem suas idéias.
O resultado de Up é um espetáculo de cores, sons, sentimentos e humor. A história é, mais uma vez, sobre a superação dos próprios limites, a descoberta do amor e da amizade. E, por mais clichê que esta fórmula possa parecer, com a criatividade dos gênios da Pixar, ela adquire proporções épicas e fantásticas, elevando a animação às mesmas alturas da casa do protagonista.

Os primeiros minutos do filme são dedicados a fazer o espectador entender as razões do personagem, com uma sequencia delicada e emocionante e que acaba por se tornar a maior lição de todas: a vida é uma aventura. Mas, não fosse a obsessão de Fredericksen de realizar o sonho da esposa, ambos admiradores de um aventureiro do passado, nós não teríamos o prazer de presenciar a descoberta do velho senhor sobre as maravilhas ainda ocultas em sua vida.

Os pequenos detalhes tiram Up do setor "história divertida e bom motivo para ir no cinema" e a transformam em uma obra de arte. As posturas e prazeres típicos dos cães, os hábitos irritantemente rotineiros de Carl, a juventude incansável de Russel e a bizarra união destes elementos, nos dá a oportunidade de repensar a beleza da vida de todo dia. Embora Carl passe por uma aventura em tempestades, selvas e rios, é dentro da própria casa (literalmente) que ele descobre quais são as coisas mais importantes.

No seu décimo filme e décimo sucesso, a Pixar prova que tem as ferramentas necessárias para transformar o cinema com criatividade e ousadia. Longe de se preocupar com a concorrência, Jon Lasseter, Ed Catmull e toda a equipe, se mostram cada vez mais atentos ao que o público quer assistir, sem nunca perder a integridade e inteligência de uma das empresas mais bem sucedidas do século XXI.

OBS: Vale a pena prestar atenção no belíssimo curta que precede o longa, sobre cegonhas e as nuvens que criam os bebês.

Fico por aqui hoje!
Até breve!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Coraline


Ficha Técnica:

Coraline e o Mundo Secreto (Coraline) EUA 2009

"Be careful what you wish for"

Diretor: Henry Sellick

Escritores: Henry Sellick (roteiro)

Neil Gaiman (livro)

Estúdio: Laika Entertainment

Elenco: Dakota Fanning, Jennifer Saunders, Terry Hatcher


Coraline é uma menina aventureira e insatisfeita com seu tedioso estilo de vida. Os pais a ignoram ou ficam zangados com ela, sua nova casa é no meio do nada e seu vizinho não é exatamente o tipo com que ela gostaria de fazer amizade. Mas, certa noite, Coraline descobre um novo mundo dentro de sua própria casa, um mundo com todas as idealizações que ela sonhou. Mas este mundo prova ser muito mais sombrio do que Coraline pensava, e ela precisa lutar para escapar do próprio sonho de realidade.

Henry Sellick dirigiu e escreveu Coraline. Isso já era suficiente para uma boa perspectiva. Responsável por produções como "O Estranho Mundo de Jack" e "James e o Pessego Gigante", Sellick sempre foi capaz de transformar inocentes fantasias em obras de arte com um toque sombrio e nonsense. E autor nenhum seria melhor para complementar o seu talento do que o brilhante Neil Gaiman, autor de MirrorMask e Sandman.

A união destes dois grandes talentos criativos foi capaz de criar uma aventura como nunca vista desde Alice no País das Maravilhas (história na qual, Coraline se inspira e muito). A personalidade forte, amarga e marcante de Coraline cria simpatia imediata na tela e não há criança ou adulto que não se identifique com os seus devaneios de um mundo ideal. Mas, como a vida não pode ser sempre capaz de nos ensinar, Coraline se vê presa na própria armadilha e começa a imaginar o que havia de tão bom naquilo que ela tanto queria.

Visualmente, Coraline é um banquete. A obra de Neil Gaiman ganha vida em cores e sons exuberantes e espetaculares, arrastando o espectador para uma viagem a um mundo onde tudo é possível e nada é o que parece. A característica da atmosfera assustadora ganha uma nova conotação quando misturada à fantasia rebelde desta releitura de Alice. O Gato Risonho está lá, a rainha vermelha também, e mesmo a toca do coelho, mas com sutileza e originalidade que transformam Alice em coadjuvante.

Coraline é a Alice do século 21. Ao invés de sonhar com flores falantes e gatos de roupas, Coraline quer uma mãe e um pai que não a ignorem pelo trabalho, quer amigos e algo para levar sua vida ao limite do extraordinário. Mas a diferença principal entre elas é que Coraline é uma lutadora, capaz de correr atrás dos próprios objetivos. A primeira cena do filme, onde uma boneca é destrinchada e montada novamente, é tão assustadora que chega a dar arrepios e nos dá um resumo do que está por vir: loucura, aventura, beleza e tristeza, tudo misturado em uma fórmula de sucesso.

Longe de ser infantil, Coraline é uma viagem que merece ser vivida por todos os espectadores que procuram algo no infinito reino da animação, feito desta vez em stop-motion, e que admirem uma boa história com personagens complexos e deliciosos momentos completamente sem sentido.


Fico por aqui hoje!

Até breve!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

DVD Curtas Pixar


Depois de um sumiço muito longo eu estou voltando com um pedido de desculpas pela falta de tempo e com uma recomendação para os aficcionados da animação, como eu.


O DVD conta com todos os 13 curtas feitos pela Pixar desde seu primeiro André e Wally B. passando pelo primeiro ganhador do Oscar Tin Toy até chegar ao mais recente, exibido na estréia de Wall-E, Lifted. Também está presente o curta Luxo Jr. que deu origem à adorável luminária que hoje serve de símbolo para o estúdio de animação.


Além dos curtas, o DVD traz um bônus contando uma pequena história do estúdio e como os curtas o ajudaram a se transformar em um dos maiores e mais respeitados estúdios de animação do mundo. O bacana é que dá pra ver exatamente a evolução do estúdio, não só na tecnologia e na computação gráfica, como na complexidade das histórias, no tamanho da equipe e no crescimento do talento.


O DVD tem uma duração média de 55 minutos e está saindo por uma faixa de R$ 25,00 na maioria das lojas. Vale a pena conferir os talentos dos grandes animadores como Brad Bird e Andrew Stanton, além de ouvir em primeira mão um pouco da história de um dos gênios do cinema atual, John Lasseter.


Os meus favoritos, caso queiram observar, são Geri's Game, Knik Knack e Boundin'.


Espero que gostem!

Fico por aqui hoje e espero voltar em breve com mais críticas e notícias!

Só falta tempo!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Doubt


Ficha Técnica:

Dúvida (Doubt) EUA 2008

"There is no evidence. There are no witnesses. But for one, there is no doubt."

Diretor: John Patrick Shanley

Escritor: John Patrick Shanley (peça e roteiro)

Estúdio: Goldspeed Productions

Elenco: Meryl Streep, Philip Seymour Hoffman, Amy Adams, Viola Davis


Em 1964, em uma escola católica tradicional no Bronx, uma freira extremamente disciplinada levanta suspeitas sobre o envolvimento supostamente sexual de um padre com um aluno negro. O caso não tem provas, mas a irmã Aloysius alega ter certeza absoluta que seu superior cometeu um crime e ela inicia uma luta moral para derrubar o padre que revida com sermões e ameaças.

Dúvida. É com esta palavra que o Padre Flynn (interpretado por Philip Seymour Hoffman) inicia seu primeiro sermão, que é também a primeira cena do filme. Neste sermão, Flynn fala aos fiéis sobre os confrontos morais levantados pela dúvida, sobre como ela pode ser uma tortura para aqueles que buscam o caminho da justiça e de Deus. Independente das palavras, brilhantemente escritas por John Patrick Shanley, é o homem que as fala que já prende a atenção, com um carisma e força dignos de grandes líderes da história.

Mas de que homem estamos falando? Flynn ou Hoffman? O padre moderno ou o ator que lhe dá vida? A verdade é que um não seria capaz de existir sem o outro. E isso é verdade para os três papéis que compõe a trama de Dúvida. Amy Adams e Meryl Streep aparecem com uma série de contrastes, como atrizes e personagens. Enquanto a experiente Aloysius (Streep) já está marcada pelos horrores que viu na vida, James (Amy Adams) passa pelo sofrimento de defender uma ditadora ou um suspeito, ambos seus superiores e pessoas importantes na sua educação religiosa.

A própria história é capaz de despertar o interesse, deixando o espectador tão ansioso quanto os personagens que entram armados com cruzes e palavras neste combate deturpado sobre o certo e o errado. A dúvida que corrói o coração da inocente irmã James, parece ser incapaz de derrubar a certeza arrogante de sua companheira Aloysius e o espectador se vê confuso entre defender um lado ou outro.

Isso só acontece porque a situação é exposta de forma espetacular por John Patrick Shanley, mostrando os lados da história apenas de relance, deixando margem para o trabalho fantástico da imaginação daquele que assiste ao filme. O diretor se utiliza do recurso de completar as lacunas de uma história cheia de falhas e é capaz de dividir uma platéia ao meio. Se defendermos Aloysius, podemos estar condenando um menino excluído, que só tem como amigo o padre Flynn, à infelicidade. Mas se defendermos Flynn, podemos estar colaborando com um dos piores crimes que a humanidade conhece. E é neste instante de indecisão, quando já não sabemos quem defender, que se encontra a força do filme.

Dúvida é uma história sobre pessoas. Acima de tudo, sobre as fraquezas destas pessoas, sobre os demônios internos que elas tem que enfrentar e sobre as decisões difíceis que tem que tomar, nem sempre baseadas em algo sólido. Por esta razão é que o filme pode ser considerado uma obra prima: por retratar, com a competência de granedes atores, as complexas emoções da humanidade, especialmente quando enevoadas pela religião, pela sociedade e acima de tudo, pela incerteza.


Fico por aqui hoje!

Até breve!

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Trailer de The Lightning Thief


Caiu na rede o primeiro trailer do longa Percy Jackson and the Olympians: The Lightning Thief.

O filme é baseado no primeiro de uma série de cinco livros do autor americano Rick Riordan e figurou em primeiro lugar na lista de bestsellers do New York Times.

Os dois primeiros títulos da série O ladrão de raios e O Mar de Monstros já foram publicados no Brasil pela Editora Intrínseca, responsável também pela série Crepúsculo.

Os outros três livros, The Titan's Curse, The Battle of the Labyrinth e The Last Olympian ainda não tem previsão de lançamento no país.

O trailer mostra o protagonista da história, Percy Jackson, que descobre ser um meio-sangue, ou seja, filho de um Deus e um humano, e precisa recuperar os raios roubados de Zeus.

Para ver o trailer, basta clicar na imagem.

Trailer de Alice in Wonderland, de Tim Burton


A Apple publicou o primeiro trailer do longa de Tim Burton, Alice in Wonderland, exibido na Comic-Con de San Diego.
O trailer tem narração de Johhny Depp que interpreta o Chapeleiro Maluco na história e mostra um pouco do País das Maravilhas e da protagonista.
O filme tem estréia prevista para 16/04 de 2010 no Brasil.
Clicando na imagem você confere o trailer.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Harry Potter and the Half-Blood Prince


Ficha Técnica:

Harry Potter e o Enigma do Príncipe (Harry Potter and the Half-Blood Prince) RU/EUA 2009

"Once again, I must ask to much of you Harry"

Diretor: David Yates

Escritores: Steve Kloves (roteiro)

J.K. Rowling (livro)

Estúdio: Warner Brothers Pictures

Elenco: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Bonnie Wright, Michael Gambon, Jim Broadbent, Alan Rickman, Helena Bonham-Carter.


Neste sexto filme da série Harry Potter, os bruxos da escola de Hogwarts são forçados a encarar o desafio cada vez mais próximo da batalha com o Lorde das Trevas, Voldemort. Dumbledore incumbe o jovem Harry a uma missão de suma importância antes de revelar um segredo sobre o seu maior inimigo. Enquanto isso, Hogwarts é dominada pelo medo de uma invasão dos Comensais da Morte e mudanças pessoais drásticas ocorrem na vida dos personagens.

Posso dizer que sou fã dos livros de Harry Potter. Não fã alucinada e etc, mas uma grande admiradora que se apaixonou pelos detalhes de um mundo tão cativante. Com a troca de diretores, roteiristas e abordagens, os filmes não foram capazes de sempre fazer jus ao universo delicado e rico de J.K Rowling. Mas felizmente, assim como os livros, as produções foram melhorando, mostrando a capacidade de conquistarem todo tipo de público e de sair do lugar comum (se é que uma escola de bruxaria pode ser comum), para mostrar o lado sombrio, difícil e interessante de uma história que parecia já ter dado tudo o que tinha para dar.

É nesta nova abordagem que o diretor David Yates (que também dirigiu o anterior "A Ordem da Fênix) se apoia. Ele deixa de lado as expressões de assombro de um Harry deslumbrado para dar lugar à transparência das emoções de um menino perturbado pelo seu passado e diante de um futuro incerto e assustador. Harry é, pela primeira vez, confrontado com as verdadeiras dificuldades de ser "o menino que sobreviveu".

Além dos óbvios desafios de enfrentar as artes das trevas, os protagonistas devem lidar (também pela primeira vez) com as dores do amor. Fica mais do que óbvio o romance-que-sempre-esteve-lá, entre Hermione e Rony e, mais complexamente, Harry descobre sua paixão pela menina Weasley de uma forma mais brusca do que no livro, mas ainda assim, sutil o suficiente para encantar.

O filme, em uma mudança inesperada, não deixa de lado os pequenos detalhes que transformam o universo de Rowling em algo tão único, para dar lugar somente ao desespero. Muito pelo contrário. O diretor se esforçou para mostrar que a boa magia (no cinema e no livro) ainda estava lá, com cenas preciosas como a filmagem da loja de traquinagens dos gêmeos Weasley em meio a um beco em ruínas, ou os famosos jantares na torre e os livros flutuando para as prateleiras à medida que Hermione conversa displicentemente com Harry. São estas coisas que são capazes de lembrar ao espectador que ele está assistindo uma história única, sobre magia e beleza, embora todo o mundo pareça desmoronar em volta das figuras que todos aprenderam a amar.

O brilhantismo de David Yates está na dosagem perfeita deste novo lado negro de Hogwarts com romance e comédia moderada. Os encantos infantis, agora desaparecidos, deram lugar ao sarcasmo e à troca de diálogos afiados entre os adolescentes e professores. Surpreendentemente, o trio que sempre foi o mais fraco no quesito atuação, melhorou consideravelmente, deixando de lado a vontade de aparecer pela vontade de fazer o espectador acreditar nas complexas emoções que eles tem que vivenciar. É claro que, perto de talentos estupendos como Michael Gambon que vive Dumbledore, e Alan Rickman, que encarna o duvidoso professor Snape, a atuação dos jovens ainda fica apagada, mas cumpre o propósito de fazer corações novos suspirarem a crítica sorrir.

Mas é, sem dúvida, o lado negro desta nova produção que coloca Harry Potter em um patamar acima, para deixar de ser apenas um filme de fantasia e se transformar em um espetáculo de câmeras, falas, choros e risadas. Ele é extremamente bem sucedido em colocar o espectador dentro de Hogwarts, nas ruas apertadas do Beco Diagonal ou na -agora não tão alegre - Hogsmeade.

Este sexto filme deixa os espectadores e fãs com água na boca, ansiosos pela última parte da série que, para os desavisados, será dividida em duas: uma com a estréia prevista para 2010 e a outra para 2011. É hora de aguardar por Harry Potter e as Relíquias da Morte e comprovar se ele vai conseguir finalizar com a chave de ouro que acabou de ser apresentada ao mundo.


Fico por aqui hoje!

Até breve!

domingo, 26 de julho de 2009

Comme les autres


Ficha Técnica:

Baby Love (Comme Les Autres) França 2008

Diretor: Vincent Garenq

Escritor: Vincent Garenq

Estúdio: Canal +

Elenco: Lambert Wilson, Pascal Elbé, Pilar Lopez de Ayala, Anne Brochet


Philippe e Emannuele, ou Manu, são dois homossexuais levando uma vida perfeita. Moram juntos, se amam muito e tem muitos amigos. Mas nem tudo é tão perfeito quanto parece: Manu quer, mais do que tudo, um filho. Philippe defende que não é natural que dois gays tenham filhos. Manu decide se separar e tentar de todas as formas adotar uma criança. Quando tudo parece perdido, ele conhece a simpática Fina, que concorda em carregar sua criança se ele se casar com ela para que ela deixe de ser imigrante ilegal na França.

Comédia romântica à francesa. Moderna e irreverente, divertida e talentosa, esta obra prima do cinema tem tudo pra deixar qualquer um pensando e sorrindo. Esta é a grande diferença entre este e os outros filmes do gênero: ao invés de tentar fazer o espectador gargalhar, para no final oferecer uma cena clichê, ele se esforça para faze-lo sorrir e se emocionar aos poucos com uma história tão controversa e original como a de Manu.

Lambert Wilson, que já apareceu em superproduções americanas como Matrix, prova ser capaz de qualquer papel como o elegante, mas inseguro Manu. A maior qualidade do filme, porém, é essa discussão, que começa a ficar cada vez mais evidente, sobre os direitos dos homossexuais. Manu defende a visão de que todos tem o direito de ser pais, independente da opção sexual. Mas muitos, como o próprio Philippe, acreditam que não é natural e pode ser até traumático para uma criança ser criado por pais do mesmo sexo.

Fina, a jovem argentina, aparece para contrabalancear essa equação e para complicar ainda mais a vida já conturbada de Manu. Ela acredita e aceita o amor homossexual de Manu, mas acaba descobrindo uma nova forma de amor. As situações engraçadas não tem a exclusividade de fazer rir, mas de tentar colocar o espectador dentro da mente e do coração de seus personagens, com a dose de drama e romance necessária para fazer pensar.


Fico por aqui hoje!

Até breve!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

The Strangers


Ficha Técnica:

Os Estranhos (The Strangers) EUA 2008

"Lock the door. Pretend you're safe"

Diretor: Bryan Bertino

Escritor: Bryan Bertino

Estúdio: Rogue Pictures

Elenco: Liv Tyler, Scott Speedsman, Glen Howerton


Um casal de namorados vai passar a noite em um chalé isolado depois de uma noite cansativa e difícil. Os problemas começam a aparecer quando um grupo de mascarados surge nas janelas, tenta invadir a casa e se diverte aterrorizando o casal que faz de tudo para sobreviver.

Suspenses são feitos todos os dias. A grande maioria deles é basicamente um conjunto de salas escuras, barulhos altos e repentinos e atitudes previsíveis dos protagonistas. Os Estranhos começa a ganhar por fugir de tudo isso. Ou quase tudo, ele ainda tem alguns barulhos altos e repentinos.

O filme aposta quase todas as suas fichas no fato de ser baseado em fatos reais. Isso não é lá muito crível, mas ainda assim ele impressiona. Como a história já é batida e se passa dentro de uma casa, sem muito espaço para variar, o filme acaba tendo que confiar em dois elementos: a direção e as atuações. Liv Tyler cumpre com maestria a segunda parte desta equação, deixando o companheiro de tela ofuscado diante do seu brilho. Sua gentileza e calma se desfazem diante dos olhos do espectador a medida que sua personagem, Kristen, é submetida aos horrores das figuras psicóticas que cercam a casa.

A direção também ganha ao ser capaz de esconder do espectador as figuras claras dos seus vilões, até a conclusão da história. As máscaras ajudam a dar o ar bizarro e, o silêncio com que os criminosos executam suas ações, assusta mais do que o fato deles quebrarem a porta com machadadas. Kristen se vê cercada de três pessoas que parecem ser capazes de desaparecer e reaparecer, apenas lhe mandando a mensagem de que ela não tem para onde fugir.

Por tudo isso, Os Estranhos ganha. Mas perde quando tenta convencer o espectador da veracidade daqueles fatos quando tudo, e desculpe a franqueza, é uma boa chutação. O filme perde sua linha narrativa quando abandona as câmeras fechadas e o foco na respiração ofegante de Liv Tyler para dar lugar aos cenários abertos onde os criminosos desaparecem como fumaça. Este tipo de tratamento desnecessário da situação é o que puxa o filme para baixo, o impedindo de ser um suspense marcante, para ser apenas um bom filme.

Considerando que esta foi a estréia de Bryan Bertino na direção, o filme se sai bem. Bem melhor do que obras de diretores que estão envolvidos com o gênero há muitos anos. Mas, é melhor ficar de olho na carreira de Bertino, do que se deixar levar pela execução simples - embora satisfatória - de Os Estranhos.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Transformers: The Revenge of the Fallen


Bom eu não posso pedir desculpas o suficiente para mim mesma e para vocês para não estar atualizando o blog, mas antes tarde do que nunca. E agora, ao filme de hoje.


Ficha Técnica:

Transformers: A Vingança dos Derrotados (Transformers: Revenge of the Fallen) EUA 2009

"Revenge is coming"

Diretor: Michael Bay

Escritores: Ehren Kruger e Roberto Orci (história)

Estúdio: DreamWorks SKG

Elenco: Shia LaBeouf, Megan Fox, Josh Duhamel, Ramon Rodriguez.


Dois anos depois do combate travado entre os Decepticons e os Autobots no planeta Terra, uma vingança começa a ser planejada. Um grupo de Decepticons que permaneceu escondido procura um fragmento do cubo que foi destruído por Sam Witwicky para ressucitar uma arma lendária.

Sempre achei mais fácil falar mal de um filme do que falar bem. Talvez seja por isso que todos os críticos são tão chatos. Os defeitos são sempre mais berrantes do que as qualidades. Mas Transformers, embora tenha uma ENORME quantidade de defeitos, escapa das garras do público que já entra na sala de cinema tendo certeza que vai amar o filme que conquistou tantos em sua primeira versão.

Chega a ser difícil organizar a enormidade de fatores que tornam Transformers, no mínimo, fraco. O mais geral é a tentativa absolutamente ridícula de ter uma história para embasar os combates. O enredo não é nem um pouco convincente e faz uma tentativa fraca de engalobar o espectador enquanto lhe dá uma série de informações furadas para engolir.

Passando disso, vamos ao segundo defeito mais grave: a duração. E não estou me referindo a duração do filme no total embora esta também seja reprovável. Estou me referindo aos combates violentos e intermináveis entre cada meia dúzia de robôs a cada cinco minutos de filme. Em uma hora, mal é possível aguentar ver mais pedaços de metal voando e monumentos sendo arrebentados pelas criaturas gigantescas. As lutas são bem feitas, elaboradas e tudo que faz um bom filme de ação, mas são completamente assassinadas pela duração insuportável das mesmas. A última cena no deserto, literalmente dá vontade de levantar.

E falando em deserto, vamos falar de roteiro um pouco. Tudo bem, o ponto que vou levantar talvez não seja tão crucial em um filme onde a inteligência do roteiro não é levada em conta. Mas dizer que vão largar alguém no golfo de Aqaba, cair em cima das pirâmides e ir andando até Petra, é uma estupidez digna de amadores. Se você não entendeu, que ótimo. Se quer entender pegue um atlas e verifique bem a asneira.

Terceiro: nosso brilhante elenco e suas pífias tentativas de humor inteligente. Shia Labeouf é bom. Só bom. Mas infelizmente, depois de fazer tantos filmes, ele virou uma espécie de Hugh Grant de ação: seu papel é sempre de... Shia LaBeouf. O menino Ramon Rodriguez é simplesmente Shia LaBeouf-versão latino americana. E Megan Fox.. Ah Megan Fox. Completamente incapaz de atuar, mas talvez a única que cumpre o seu propósito no longa confuso e estapafúrdio: o de ser um acessório de cena, um mulherão que entende de carros e os conserta de short. Aliás, é assim que ela aparece na primeira cena, mas sua dobrada sobre o capô do Camaro em Transformers 1 ainda ganha o prêmio.

Michael Bay tem um talento extraordinário para dirigir filmes gigantescos de ação como Transformers. Mas este novo projeto em nada se assimila a outros como os brilhantes Armageddon e A Rocha. A impressão é que Bay teve dó de deletar algumas cenas que lhe custaram milhões de dólares e acabou fazendo uma salada, consciente de que seus espectadores, que tem Megan Fox suada e um monte de robôs se quebrando, não iam prestar atenção alguma no que estava acontecendo além disso.


NOVIDADES: Sim, Transformers 3 já está em produção e a previsão é de que saia por aqui em 2012. A expectativa aumenta...


Fico por aqui hoje!

Até breve!

terça-feira, 23 de junho de 2009

Primeiras Fotos de Alice In Wonderland








Qual não foi a minha felicidade ao ver, tão antes da data de estréia, as fotos do novo longa do meu diretor preferido, Tim Burton. Já estava louca para ver 9 e agora Alice me deixou com água na boca. Cartazes do longa também mostram o tom deliciosamente bizarro do filme, característica marcante de Burton.

As fotos mostram Johnny Depp, parceiro de longa data de Burton, como o Chapeleiro Maluco. Podemos ver também Anne Hathaway como a rainha Branca e a mulher de Burton, Helena Bonham Carter como a rainha vermelha.
Alice In Wonderland, baseado na lendária e bela obra literária de Lewis Carroll, estréia no Brasil em abril de 2010 e terá cenas em computação gráfica e live action. O elenco traz ainda Alan Rickman, Mia Wasikowska, Michael Sheen e Crispin Glover. O mais peculiar é: como Tim Burton ainda não tinha pensado em fazer um filme cuja história, de cogumelos gigantes e o intrigante Cheshire Cat, parecia ter sido feita para ele.

City of Ember


Ficha Técnica:

Cidade das Sombras (City of Ember) EUA 2008

"Lights out"

Diretor: Gil Kenan

Escritores: Caroline Thompson (roteiro)

Jeanne Duprau (livro)

Estúdio: Walden Media

Elenco: Saoirse Ronan, Harry Treadaway, Bill Murray, Tim Robbins, Lucinda Dryzek


Quando o mundo acabou, uma cidade subterrânea foi construída para durar apenas 200 anos. Mas a caixa que continha as instruções para sair de Ember se perdeu ao longo das gerações e os cidadãos se conformaram com o conforto de viverem seguros na cidade. Mas o tempo acabou e cabe a dois jovens Lina e Doon, descobrir a saída que pode salvar a população de Ember.

A Walden Media ganhou destaque quando lançou sob o seu selo o filme "As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa". O sucesso de Nárnia levou a Walden Media a definir uma linha para as suas produções que mais tarde viriam a incluir "Ponte Para Terabítia", "Meu Monstro de Estimação" e "Príncipe Caspian". O que todas estas histórias tem em comum? São protagonizadas por crianças que vivem aventuras e aprendem lições sobre a própria força. A fórmula pode ser exaustiva, mas funciona e muito bem. Todos os filmes são capazes de prender o espectador pela força das atuações mirins (ao contrário de filmes como Harry Potter) e pelos magníficos cenários do inimaginável.

A história não é diferente com Ember. A cidade é simplesmente hipnotizante e um pouco claustrofóbica e consegue imergir o espectador em seu universo logo nos primeiros minutos. As atuações de Saoirse Ronan, indicada ao Oscar por Desejo e Reparação e do novato Harry Treadaway roubam a atenção de atores muxoxos como Bill Murray. Ember é uma espécie de Zion infantil, onde a vida é regida pela eletricidade, mas relembra mais as ditaduras do passado quando castiga aqueles que questionam sua realidade, em uma alusão às religiões radicalistas.

Embora tenha bom cenário, bons atores e boa direção, Ember não consegue escapar de diversas falhas de roteiro. Os ângulos de câmera inusitados e interessantes tentam deixar a história mais movimentada e emocionante do que realmente é. A expectativa é alta no começo e ainda maior no meio, quando Lina e Doon são forçados a enfrentar a tirania de um governante que sempre teve a última palavra, mas ela desmorona mais para frente, quando o espectador finalmente percebe que a missão dos jovens não vai ser assim tão difícil.

É neste ponto que Ember se diferencia de outras produções da Walden Media. Não é necessária nenhuma superação pessoal ou embate moral para que os personangens descubram a solução para os seus problemas. O plano se apresenta como uma sucessão de coincidências e com uma única e patética tentativa de intervenção por parte do prefeito da cidade, o pífio vilão da história. Quando fica claro que não haverão mais tentativas de impedir a dupla, o filme se torna uma simples passagem do tempo, já que o conflito final foi solucionado praticamente na metade de sua duração.

Como aconteceu com filmes como Eragon, a história é corrida demais e não dá muito tempo para que o espectador se envolva com as emoções tão confusas dos personagens. Posso praticamente garantir que o livro funciona bem melhor em mergulhar o espectador na agonia óbvia da contagem regressiva, fator que, sem esforço nenhum, consegue ser aflitivo. Assim que o ler, confirmo para vocês minhas suspeitas. Ember é sim, um bom filme, repleto de qualidades que fazem valer a pena assisti-lo. Mas infelizmente desperdiça a sua capacidade de ser muito mais.


Fico por aqui hoje!

Até breve!


quinta-feira, 18 de junho de 2009

Vamos falar de traduções



Não tem muito tempo que eu descobri que a pessoa que traduz os títulos dos filmes não é a mesma que faz as legendas. O que quer dizer que eu tenho mais de uma pessoa pra matar no ramo cinematográfico brasileiro.

O que me fez pensar nisso foi o fato de que eu aluguei "Na Mira do Chefe" pra assistir e, bem, eu imagino que quem nunca ouviu falar do filme deve imaginar que é um puta filmezinho de sessão da tarde com uma "galerinha muito louca" certo?

Errado. O filme é genial e foi muito elogiado. Ele tem o título original In Bruges que traduziria bem fácil, e literalmente para Em Bruges em português. Mas aparentemente, o público brasileiro não é sofisticado o suficiente pra querer assistir um filme que chama Em Bruges.

Depois desse episódio eu fui pensando em nomes de filmes que tiveram boas traduções e outros nem tanto. Acabei chegando a três exemplos que ilustram bem como a criatividade é uma coisa totalmente relativa: primeiro, Watchmen. Tudo bem, os caras podiam ter chamado o filme de Vigilantes e GRAÇAS A DEUS não o fizeram. Mas porque tinha quer ter um O FILME depois? Já que o filme chama Watchmen, não pode deixar assim?

Segundo: Menina de Ouro. O filme chama Million Dolar Baby em inglês. Chamar o filme de Bebê de Um milhão de dólares é nada a ver e Garota de Um Milhão de Dólares ia ficar parecendo filme de prostituta então o cara arrumou um título bacana, da cabeça dele e que encaixou super bem com o filme sem ficar comprido demais.

Terceiro: Xeque-Mate. Esse pra mim é o maior exemplo de que tradução pode ser uma arte. O filme chama Lucky Number Slevin, um jogo de palavras com o personagem do filme Slevin e a expressão de sorte Lucky Number Seven. Impossível traduzir este título literalmente, mas quem quer que seja encontrou uma solução ideal. Pegou o momento precioso da partida de xadrez entre Ben Kingsley e Bruce Willis que não tem uma importância tão óbvia e utilizou a expressão Xeque Mate, que tem TUDO a ver com a história do filme e pronto! Fez um título novo, completamente diferente e quase melhor que o original.

E pra você que lê esse post completamente fora do normal pro blog, qual é a pior tradução de todos os tempos? E a melhor?

Como diria meu amigo: Se Poderoso Chefão fosse traduzido na década de 90, ia chamar Meu Padrinho é da pesada.
Amanhã voltamos ao normal com a crítica de "Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto"
Fico por aqui hoje!
Até breve!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Tropic Thunder


Ficha Técnica:

Trovão Tropical (Tropic Thunder) EUA 2008

"The movie they think they're making...isn't a movie anymore"

Diretor: Ben Stiller

Escritores: Ben Stiller, Ethan Cohen e Justin Theroux (roteiro)

Estúdio: DreamWorks SKG

Elenco: Ben Stiller, Jack Black, Robert Downey Jr., Tom Cruise, Mathew McConaughey, Mickey Rourke


Um elenco de grandes astros se une para filmar "o melhor filme de guerra já feito". Mas tudo dá errado quando um autor psicopata e um diretor estreante resolvem levar os atores para o meio da mata no Vietnã para que eles sintam o verdadeiro medo da guerra. A equipe se separa, e o que os atores acreditam ser um filme é, na verdade, um verdadeiro combate com os traficantes locais.

Tropic Thunder começa de um jeito inusitado. Antes mesmo dos créditos, do nome dos estúdios, ou de qualquer outra informação, o filme mostra tres trailers que pintam os retratos dos seus personagens. Ben Stiller é o ator de ação, em uma sátira clara aos tipos Vin Diesel e Van Damme. Jack Black é o comediante, rei do besteirol, como Eddie Murphy nos terríveis filmes do professor aloprado. E Downey Jr. é o vencedor do Oscar, exageradamente comprometido com os papéis e envolvido apenas com filmes dramáticos. Os trailers são surpreendentemente inteligentes e engraçados, pegando o que Holywood tem de pior e expondo dentro de sua própria obra, em uma espécie de metonímia às avessas.

A proposta que é iniciada nos trailers era a intenção de Ben Stiller para o filme todo. Mas ela não se sustenta por nem mais cinco minutos. Quando a verdadeira história se desenrola, o espectador tem suas expectativas frustradas ao ser atirado em mais um filme de piadas forçadas e óbvias em um filme com claras intenções de ser mais inteligente do que seu diretor permite que ele seja. Tropic Thunder cai logo no estereótipo americano do engraçado, que infelizmente inclui muito palavrão, bastante nojeira e Jack Black.

Já é difícil engolir a atuação sempre igual e sempre patética de Ben Stiller. A mistura fica ainda pior quando adicionamos a absoluta falta de criatividade e a irritante mania de ser escandaloso de Jack Black. Além disso, basta ver que o filme é dirigido, produzido, estrelado e escrito por Ben Stiller para saber que coisa boa não pode ser. Alguns momentos inteligentes como a sátira ao brilhante Apocalipse Now ainda mostram que o filme não foi um absoluto desperdício de dinheiro e tempo, mas passou bem perto.

Ironicamente, o único elemento positivo no filme é Robert Downey Jr. Recuperado da fossa pela qual passou antes do sucesso de Iron Man, o Downey mostra uma de suas melhores faces como o ator que se transforma em afro-americano e se mantém no papel o tempo inteiro, criticando os extremismos que as estrelas de Hollywood dizem fazer para garantir boas atuações. O papel rendeu uma indicação ao Oscar para Downey Jr. e é desnecessário dizer, que embora o filme seja um fracasso, o ator não deve ter se arrependido de se envolver nele.

Infelizmente, nem mesmo o brilhantismo de Robert Downey Jr, é suficiente para fazer de Tropic Thunder um must-see. O filme se arrasta por longas e repetitivas cenas que nem se esforçam para disfarçar que Ben Stiller é o elemento central em que todas as atenções devem se focar. As aparições de Mickey Rourke e Tom Cruise, muito elogiadas, não conseguem dar o sopro de ar fresco que tornaria o filme suportável ou ainda divertido. As boas falas se perdem na infinidade de baboseiras que recheiam o roteiro e no meio de toda a confusão não é possível apreciar os bons ângulos de câmera ou as músicas no mínimo divertidas, que poderiam salvar Tropic Thunder do colapso.


Fico por aqui hoje!

Até breve!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

La Môme


Ficha Técnica:

Piaf - Um Hino ao Amor (La Môme) França 2007

"The Extraordinary Life of Edith Piaf"

Diretor: Olivier Dahan

Escritores: Olivier Dahan e Isabelle Sobelman

Estúdio: Légende Films

Elenco: Marion Cotillard, Gérard Depardiéu, Sylvie Testud, Emmanuelle Seigner, Jean-Pierre Martins.


Piaf - Um Hino ao Amor conta a história da brilhante e controversa cantora francesa Edith Piaf. Da miséria ao estrelato, o filme passa por todos os obstáculos da vida da cantora que sacrificou tudo na vida em nome da sua paixão: a música.

Provavelmente existe um milhão de maneiras para se contar a trágica história da cantora Edith Piaf. Mas Olivier Dahan pensou na milionésima primeira. A começar pelas primeiras cenas, o diretor já apela para a curiosidade do espectador, ansioso por descobrir o que aconteceu para que a protagonista desabasse em pleno (e belíssimo) palco. Gravidez? Doença? Drogas? A mente de quem assiste ao filme já se enche de perguntas e quando a câmera viaja suavemente para um bairro pobre de Paris, muitos anos antes, a satisfação de compreender as causas do posterior comportamento da cantora já se instalam.

Mas, ao contrário da maioria dos filmes biográficos, Piaf... não segue um estilo narrativo linear, contrastando a todo tempo a infância da artista com seus abandonos e sofrimentos com a vida adulta regada a álcool e problemas de saúde. É justamente nesse jogo de cenas perfeitamente executado que se encontra a beleza de Piaf e o seu diferencial. Visões sobrepostas da glória dos palcos e da miséria das ruas tem como pano de fundo as canções que marcaram época e que ainda vivem na alma da França. A reconstrução da decadente região de Montmarte com seus bordéis e cabarés só pode ser descrita como genial, servindo como cenário para a problemática infância da menina Edith, criada entre prostitutas, trocando de lar e servindo como instrumento de trabalho para o pai.

Os ângulos usados para cercar a personagem Piaf, refletem essencialmente o seu estado de espírito, encurralado como o pássaro de quem é tirado o seu nome. O dramatismo é sutil, sem apelar para as lágrimas do espectador. Embora a história da cantora seja trágica e repleta de episódios quase inacreditáveis, o diretor escolheu focar o filme em seu talento, regando todas as cenas com as canções, normalmente alegres, de sucesso de Edith. Ironicamente, uma das cenas mais belas do filme mostra Piaf no palco, pela primeira vez em um Music Hall, mas nenhum som sai de sua boca quando ela canta. Presenciamos a linguagem corporal da cantora provocando risadas e reações de aprovação da platéia inicialmente exigente. É também neste momento que conseguimos perceber parte do talento da brilhante Marion Cotillard.

A compreensão da condição de vida de Piaf é essencial para que seu comportamento reprovável e antipático seja compreendido. E, embora seja brilhante em todos os aspectos técnicos, o filme tem seu maior trunfo na performance arrepiante de Marion Cotillard, que lhe rendeu um Oscar de Melhor Atriz em 2008. A bela moça teve que se transformar na semi-corcunda, esquelética e apavorada figura de Edith Piaf com muita maquiagem e muito talento, como tinha feito a outra bela, Charlize Theron, em Monster -Desejo Assassino. Desde a postura aos contidos gestos com as mãos, Cotillard é de fazer cair o queixo e aplaudir de pé, como a artista que encarna. A voz é trabalhada para parecer com o estilo "taquara rachada" da cantora francesa e representa uma das maiores vitórias da relativamente "estreante" atriz.

Durante toda a duração do longa, o espectador é fisgado para o mundo de derrotas e tragédia que cercou Edith Piaf, judiada, abandonada, sofrida, doente, alcoolatra e extremamente talentosa. Mas ao fim, graças a competência da execução e da beleza da obra em si, é capaz de compreender porque o único conselho que Edith Piaf dá a todas as pessoas é: ame.


Fico por aqui hoje.

Até a próxima.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Changeling


Ficha Técnica:

A Troca (Changeling) EUA 2008

"To find her son, she did what no one else dared"

Diretor: Clint Eastwood

Escritor: J. Michael Straczynski

Estúdio: Imagine Entertainment

Elenco: Angelina Jolie, Gattlin Grifith, Michael Kelly, John Malkovich


Na Los Angeles do fim da década de 20, um ano antes da grande depressão uma mãe amorosa vive um drama inacreditável. Seu filho, Walter Collins é raptado e supostamente localizado pela polícia de Los Angeles, meses depois. Quando a esperançosa Christine Collins se encontra com o garoto encontrado, ela percebe que a polica cometeu um erro. Mas é tarde e os policiais, desesperados por apoio, contradizem as informações da mulher que continua a afirmar que o menino encontrado não é seu filho. Christine inicia então uma luta desesperada contra a polícia corrupta, a mídia e todos aqueles que querem impedi-la de encontrar o filho.

Clint Eastwood não tem, na minha opinião, metade do talento como ator que tem como diretor. Os filmes que tem seu nome na direção, quase sempre cumprem o objetivo de emocionar com histórias sobre luta e resistência diante das adversidades. A Troca não é diferente. É como um daqueles filmes onde uma pessoa vê espíritos, mas o espectador fica aflito ao ver que ninguém acredita na história contada. Uma situação semelhante, mas muito pior, acontece com Christine Collins. Não bastasse passar pelo drama de perder o filho, a mulher é forçada a conviver com um menino que não conhece e que toda a sociedade acredita ser seu filho.

Obviamente, quando Christine começa a dar problemas, a polícia de Los Angeles usa do poder para chama-la de louca e desacredita-la, apoiada pela mídia e pelos cidadãos. E será que esta situação está tão longe da nossa? Uma voz, esmagada e silenciada pelo poder corrupto e deprimida pela falta de justiça no mundo. Angelina Jolie brilha como a Sra. Collins, com um atuação que lhe rendeu uma bem merecida indicação ao Oscar. Seu rosto, normalmente tão sensual e seguro, mostra uma face triste, capaz de transmitir os sentimentos mais profundos da personagem para os espectadores.

Dezenas de outros elogios técnicos podem ser feitos sobre A Troca. O talento de John Malkovich como o Reverendo que ajuda Christine, a maquiagem que complementou a doença proveniente da tristeza de Angelina Jolie, a fotografia maravilhosa e a direção de arte impecável de recriação de uma Los Angeles que nada tinha de glamourosa, com carros antigos e ruas escuras. As câmeras próximas, angustiantes e apertadas que transmitem a atmosfera de desespero e desolação de Christine. Embora todos estes aspectos chamem a atenção, o que faz A Troca especial é a história (baseada em fatos reais) de uma mulher cuja perseverança serviu de exemplo para a sociedade que acreditava que justiça não poderia ser feita.


NOTÌCIAS: Como eu não vou dar ao MTV Movie Awards o espaço de post inteiro, pelo simples fato de que não o respeito como prêmio, o mencionarei aqui. Posso levar pedradas na rua por dizer isso, mas todo bom cinéfilo, amante de cinema, profissional do ramo ou simplesmente uma pessoa com bom senso sabe que o prêmio reflete popularidade e não qualidade. Para provar, basta falar do prêmio principal da noite, de Melhor Filme que foi para o péssimo Crepúsculo, deixando para trás Slumdog Millionaire e O Leitor. Além desta atrocidade óbvia, os igualmente péssimos Kristen Stewart e Robert Pattinson também levaram suas pipocas de ouro, desbancando atrizes como Kate Winslet e Taraji P. Henson. Brincadeira.


Fico por aqui hoje!

Até breve!


terça-feira, 26 de maio de 2009

Trailer de Sherlock Holmes na Apple


Um trailer do novo filme do detetive mais famoso da história já está disponível no site da Apple.

O trailer mostra Robert Downey Jr de Iron Man, que fará o papel de Sherlock e Jude Law que interpretará o assistente do detetive, Watson.

Para ver o trailer basta acessar http://www.apple.com/trailers/wb/sherlockholmes/

terça-feira, 19 de maio de 2009

X-Men Origins: Wolverine

Ficha Técnica:

X-Men Origens: Wolverine (X-Men Origins: Wolverine)

Diretor: Gavin Hood

Escritores: David Benioff e Skip Woods (roteiro)
Stan Lee (quadrinho)

Estúdio: 20th Century Fox Film Corporation

Elenco: Hugh Jackman, Live Schreiber, Lynn Collins, Dominic Monaghan, Taylor Kirstch, Will.I.AM, Ryan Reynolds

O filme X-Men Origins conta a origem do amado personagem da Marvel, Wolverine. Depois que o garoto James Logan sofre uma tragédia e descobre que é mutante, ele e seu irmão Victor fogem e constroem uma vida juntos, sempre participando de guerras e combates. Quando o Coronel William Stryker convoca ambos para uma equipe composta somente por mutantes, James e seu irmão passam a ver uma oportunidade nos seus dons. A ilusão não dura e James, que posteriormente ficaria conhecido como Wolverine, inicia uma guerra com Victor e Stryker, que iria durar por muitos anos depois do fim desta história.

Wolverine sofre de um mal que acomete quase todas as grandes produções de hoje: a expectativa. Embora a publicidade excessiva e os olhos ansiosos dos fãs ajudem no faturamento, elas prejudicam a qualidade. Não no sentido de que o filme fique ruim, mas é extremamente difícil agradar a todas aquelas pessoas que querem ver seu herói de antigamente com glória e perfeição nas telas.

Primeiramente: cinema é diferente de quadrinho. Sou fã dos dois e embora já tenha me decepcionado com muitas produções, Wolverine não foi uma delas. Segundo: atores são pessoas e jamais poderão corresponder à visão que cada fã tem de um personagem. O truque então, é apostar na qualidade da produção (quase) independente de sua origem.
Wolverine é um filme de ação e não é de se esperar que ele ofereça jogos de câmera diferentes. Mas em uma de suas primeiras cenas, o longa surpreende e mostra uma qualidade técnica excepcional, mas que infelizmente não se mantém. Uma seqüência durante os créditos iniciais mostra a vida de James e do irmão evoluindo através das guerras civil, mundial, vietnã... Nestes poucos minutos de stills e cortes perfeitos, regados de efeitos bem dosados, o universo dos personagens é apresentado e nós presenciamos a construção de suas personalidades sobre panos de fundo extremamente atraentes.

Esta cena basta para fisgar o espectador, mas o restante é bastante óbvio. Algumas cenas de ação muito exageradas e dispensáveis além de tentativas excessivas de cenas “de efeito”, fazem cair a qualidade do filme. Ainda assim, o talento de Hugh Jackman, o charme do tão esperado Gambit e a fragilidade da situação dos mutantes ainda no principio consegue tirar o filme do fracasso e transforma-lo em uma diversão com muitas explosões e piadinhas. Nada soberbo ou original, mas puramente divertido.

Fico por aqui hoje!
Até breve!

Novo pôster de Lua Nova divulgado


Para os fãs da série Crepúsculo, a espera fica cada vez menor.

O novo longa da série, Lua Nova, com estréia prevista para novembro, acabou de soltar seu primeiro poster oficial.

A foto mostra os personagens Edward Cullen (Robert Pattinson), Bella Swan (Kristen Stewart) e Jacob Black (Taylor Lautner)

Neste novo filme, Bella é deixada por Edward que sai de Forks acreditando que isso é melhor para sua amada. Solitária e deprimida, Bella busca conforto no amigo Jacob, que também esconde diversos segredos que irão mudar a vida de Bella para sempre.


A Summit Entertainment ainda não confirmou os fatos de que Amanhecer, o último filme da série já estaria sendo rodado. O que é sabido é que Eclipse, o terceiro filme, já está em fase final de filmagens e a Summit confirmou que todos os filmes seriam rodados juntos.

Resta esperar e torcer para que Lua Nova supere seu predecessor.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Toy Story 3 chega aos cinemas em 2010


Para os fãs da Pixar, mais uma boa notícia.

Além da estréia bem recebida do novo longa "Up", a Pixar revelou o seu próximo grande projeto com estréia prevista para 18 de junho de 2010.

Toy Story 3 continua a história dos personagens que transformaram a Pixar em um gigante das animações e terá novamente os talentos vocais de Tom Hanks, Tim Allen, Joan Cusack e possivelmente Michael Keaton. A direção fica por conta de Lee Unkrich, co-diretor de Procurando Nemo, Monstros S.A e Toy Story 2.

Desta vez, Woody, Buzz e seus amigos são largados em uma creche depois que o dono anterior, Andy, vai para a faculdade.


No longa Up, é possível ver um novo personagem de Toy Story 3, um urso cor-de-rosa quando a câmera filma a casa cheia de balões passando por uma janela.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Deception

Ficha Técnica:

A Lista – Você está livre hoje? (Deception) EUA 2008

“When you're in this world, no one is who they seem, and everyone is playing the game”

Diretor: Marcel Langenegger

Escritores: Mark Bomback (roteiro)

Estúdio: Seed Productions

Elenco: Ewan McGregor, Hugh Jackman, Michelle Williams.

Jonathan McQuarry é um solitário contador que conhece o charmoso e bem sucedido advogado Wyatt Bose. Wyatt apresenta Jonathan a um mundo desconhecido de esportes, bebida e belas mulheres. Quando os celulares deles são trocados acidentalmente, Jonathan ganha acesso a uma privilegiada lista, onde encontros noturnos com mulheres maravilhosas estão a apenas alguns números de distância. Seduzido, Jonathan logo descobre que a lista lhe causará mais problemas do que ele podia imaginar.
A lista tem uma proposta interessante e dois grandes atores. Mas isso não o salva de ser apenas mais um filme medíocre. O personagem de Ewan McGregor, um belo desperdício do talento do ator, é óbvio, previsível e uma tentativa fútil de ganhar a simpatia do espectador. A vida de Jonathan, apresentada como algo tão patético e ordinário, não passa de um retrato perfeito da vida da maioria das pessoas que trabalham demais.
Em contrapartida, o estilo de vida tão charmoso que o personagem de Hugh Jackman vende, nada mais é do que uma visão idealizada de Hollywood que nem mesmo o espectador mais ingênuo é capaz de comprar como sendo verdadeira. O filme não tem os aspectos comuns que nos chamariam atenção para sua negatividade, mas erra imensamente em tentar vender uma idéia que só é concebível em filmes.
É este erro que o arrasta para baixo. A veracidade da história começa a ir por água abaixo com a amizade forçada e repentina de Jonathan e Wyatt e piora consideravelmente quando apresenta a lista: homens e mulheres estonteantes e bem sucedidos que fazem sexo sem compromisso, já que não tem tempo de ter uma relação normal como os outros pobres mortais. Michelle Williams, do enfadonho Dawson’s Creek, nem sequer merece ser mencionada por seu papel quase invisível e sua absoluta falta de capacidade em transformar sua presença em algo indispensável.
Longe de ser um suspense eficaz, A Lista é previsível e tenta, de forma nem um pouco sutil, forçar o espectador a se imergir em um mundo que simplesmente não existe. Ingrediente fundamental do filme de suspense, essa imersão falha, não simpatizamos com ninguém e a maior expectativa do filme é para que ele acabe.

Fico por aqui hoje!
Até breve!

sábado, 9 de maio de 2009

Star trek


Ficha Técnica:

Star Trek (Star Trek) EUA 2009

"The future begins"

Diretor: J.J Abrams

Escritores: Roberto Orci e Alex Kurtzman (roteiro)

Gene Roddenberry (série)

Estúdio: Bad Robot

Elenco: Zachary Quinto, Chris Pine, Eric Bana, Zoe Saldana, John Cho, Simon Peg, Karl Urban


Star Trek narra o princípio das histórias dos infames Capitão James T. Kirk, Spock e todos os outros membros da U.S.S Enterprise. Sob a ameça de um ataque romulano e a iminente destruição do planeta Vulcano, a nave U.S.S Enterprise parte para sua primeira e histórica missão com a equipe que conquistou milhões de fãs no mundo inteiro.

Como falar de Star Trek sem ferir a lenda? Os fãs da série, conhecidos como os maiores geeks da cultura norte americana certamente ficaram de olho nesta nova produção, com temor de que a ambição de Hollywood por ser sempre grande pudesse estragar a delicadamente construída reputação deste ícone da TV. Como pessoa que tem fé na capacidade do cinema de ressucitar grandes ícones, fiquei simplesmente estarrecida. Como conhecedora, mas não fã, de Star Trek, fiquei extremamente satisfeita.

Star Trek conquista nas primeiras cenas: agitadas, nobres, sensíveis e épicas. A introdução do universo e dos charmosos personagens ficam claras nas primeiras explosões e trocas de diálogo afiados. Impossível não se sensibilizar com a atitude heróica do Capitão George Kirk e não ficar abalado com aquela pequena figura de orelhas pontudas e olhos ferinos que demonstram um dilema que é construído de forma sutil e magnífica. Não fosse por estas grandes cenas que abrem a produção, talvez o impacto não seria o mesmo.

Mas, ao contrário de muitos filmes que apostam nas exaustivas cenas de efeito, Star Trek mantém a qualidade, transportando mesmo os espectadores alheios ao universo de Klingons e Vulcanos a uma aventura pelo espaço como somente Star Wars tinha conseguido. Esqueçam os clichês. Este novo Star Trek paralisa o olhar com cenas espetaculares e acima de tudo com personagens capazes de direcionar a atenção para eles, mesmo quando o universo está se desfazendo pela janela da imensa U.S.S Enterprise.

Spock é, sem dúvida alguma, o trunfo do filme. Com olhar penetrante e uma frieza que conquista, Zachary Quinto, conhecido por seu papel em Heroes, é o anti-herói ideal, torturado por uma indecisão que remonta ao seu nascimento e forçado constantemente a superar seus próprios limites. Kirk é o bonitão, mas nem por isso deixa de divertir. Suas constantes panacadarias e sua capacidade inacreditável de se colocar nas piores situações possíveis certamente redefinirão o padrão do personagem para todos. E se a complexidade dos personagens não bastasse, a execução de uma história não tão original para que fique brilhante certamente o faria. O visual do filme, com sua naves gigantescas e sua completa falta de compromisso com o real que conhecemos, é espetacular no sentido grandioso da palavra. Não falta diversão para quem simplesmente quer ver uma troca de tiros e muitas explosões.

Por todos os ângulos, Star Trek é brilhante. Ele consegue domar todos os rebeldes e sem dúvida alguma carregar mais alguns adeptos à cultura dos klingons que creio eu, depois de tão magnífica obra, não será mais tão geek.


Fico por aqui hoje!

Até a próxima!

sábado, 2 de maio de 2009

I Love You, Man


Ficha Técnica:

Eu te amo, cara (I Love You, Man) EUA 2009

"Are you man enough to say it?"

Diretor: John Hamburg

Escritores: John Hamburg e Larry Levine (roteiro)

Estúdio: Bernard Gayle Productions

Elenco: Paul Rudd, Rashida Jones, Jon Favreau, Jason Segel


As vésperas de seu casamento, Peter Klaven percebe que não tem nenhum candidato verdadeiro para ser seu padrinho, já que ele não tem nenhum amigo realmente próximo. Encorajado pela noiva, Peter começa a procurar um amigo e seu caminho acaba se cruzando com o do irreverente Sidney Fife. Juntos, eles descobrem as alegrias da amizade masculina e os problemas que vem com ela.

Esqueça as comédias românticas convencionais. Eu Te Amo, Cara é uma comédia romântica entre homens heterossexuais. Parece estranho? Pode ser, mas ainda assim o diretor John Hamburg conseguiu fazer a fórmula funcionar, e muito bem. O carismático e abestalhado personagem de Paul Rudd rende algumas risadas, mas é a espontaneidade absoluta do personagem Sidney Fife (Jason Segel) que consegue elevar o filme a um outro patamar.

Já cansamos de ser submetidos ao ritual de "encontro", idolatrado pelos americanos. Eles costumam ser sempre iguais: um restaurante, alguns diálogos afiados, momentos de falta de jeito seguidos por um sucesso absoluto ou um fracasso vergonhoso. Eu Te Amo, Cara se aproveita desta fórmula clichê para criar a mesma situação com homens que simplesmente querem ser amigos. E convenhamos, usar um serviço de internet para achar amigos é um tanto mais constrangedor do que fazê-lo para achar um par romântico.

Os jantares, supostos encontros e as outras tentativas estapafúrdias que Peter utiliza para achar amigos jogam para o espectador um misto de emoções que passa da pena à vergonha, tendo risadas e outros elementos diversos no recheio. Mas quando finalmente Peter acha sua "alma gêmea" em Sidney, o filme assume uma postura mais típica e mostra o quanto a amizade masculina, tão pouco explorada na telona, pode ser bonita em sua simplicidade. Claro que, sendo mulher, eu acredito que não sou completamente capaz de entender exatamente o quão verdadeiro é o retrato pintado no filme, mas como observadora acredito que é convincente o suficiente para agradar até o mais exigente dos espectadores.

O humor do filme é pensado, infelizmente recaindo várias vezes nas piadas de sexo que são excessivas no filme (faz parte do universo masculino? será?). Mas são os pequenos detalhes e a sutileza com que a amizade entre Sidney e Peter flui com naturalidade que transformam Eu Te Amo, Cara em um filme certamente diferente de todos os outros. Não é digno de prêmios, nem de grandes elogios pela parte técnica, mas é absolutamente brilhante e único na proposta de sua execução.


Fico por aqui hoje!

Até breve!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Knowing


Gente o blog está carente mesmo! Eu juro que estou tentando atualizar, mas eu mal mal tenho tido tempo de ver filmes!

Eu sinceramente espero que vocês tenham paciência né? Vamos tentar retomar em Maio porque Abril foi um fracasso! Ironicamente eu vi muitos filmes novos nos cinemas, na TV e em DVD, mas as críticas virão!

Então ao filme de hoje!


Ficha Técnica:

Presságio (Knowing) EUA 2009

"Knowing is Everything"

Diretor: Alex Proyas

Escritores: Ryne Douglas Pearson e Juliet Snowden (roteiro)

Estúdio: Escape Artists

Elenco: Nicolas Cage, Rose Byrne, Lara Robinson, Chandler Canterbury


Um grupo de alunos enterra uma cápsula com suas visões do futuro em 1959. Uma menina porém, Lucinda, não faz nada além de uma folha coberta por números na frente e no verso. 50 anos depois, a cápsula é aberta e o menino Caleb Koestler recebe a misteriosa folha de Lucinda. Seu pai, John, observa a folha e percebe que os números são datas e outros dados de catástrofes que já aconteceram e ainda vão acontecer em diversos lugares do mundo. Ele se encontra então em uma busca desenfreada pela verdade, que o irá levar a uma descoberta assustadora.

Presságio não é lá muito original na sua premissa: o fim do mundo. Este tópico já foi exaustivamente explorado, mas por motivos quase transcendentais, os espectadores continuam comprando as mirabolantes teorias da conspiração que levam à fantasia de sua própria destruição. Seja porque a humanidade gosta de se ver punida ou porque a boa e velha morte de alguns não satisfaz mais, a fórmula faz sucesso. E Presságio sabem bem disso, se utilizando de todo tipo de baboseira que puder encontrar para mostrar que os sinais estão bem na nossa frente.

E se há uma coisa que o espectador gosta mais do que o fim do mundo, é sua superioridade no conhecimento. As pessoas gostam de saber o que as outras não sabem, de participar daquilo que os mortais nem sabem que existe. Nicolas Cage interpreta justamente um homem fascinado com essa verdade. Ele vê em si mesmo a chance de se tornar um novo salvador da humanidade com seu interminável conhecimento de uma folha de papel. E aí começa o primeiro erro do filme: um homem relativamente descrente e desiludido, que, de uma hora para a outra passa a enxergar significado em uma folha que pessoas do seu tipo queimariam. E, inexplicavelmente, Cage passa a querer estar em todos os lugares onde as supostas tragédias vão acontecer. Não é um Messias muito inteligente.

Seu envolvimento inclui cenas desnecessárias como correr para dentro dos destroços de um avião, com um rosto estampado por um choque nada convincente, tirando vítimas do fogo. Como se isso fosse ajudar. Cage não tem sido feliz nas suas escolhas recentes de filme: Lenda do Tesouro perdido 2, Perigo em Bangkok, etc. Acho que o ator foi invadido por uma síndrome Sansão e perdeu a fonte dos seus poderes de discernimento depois que passou a usar implante (o que já é mais um reforço de sua falta de discernimento). O fato é que, Presságio não foge ao padrão.

O filme passa grande parte da sua extensão tentando convencer o espectador de um perigo iminente com jogos de câmera que lembram bem Bruxas de Blair ou Cloverfield e não é muito bem sucedido. A sensação de aflição é só para que o filme acabe e as coisas só ficam piores quando os roteiristas resolvem fazer uma bela salada entre Guerra dos Mundos, Independence Day e uma série de passagens bíblicas, desde Jesus à construção da arca de Moisés. Um sentimento de pena invade qualquer um ao constatar que o diretor Alex Proyas, do excelente "Eu, Robô", foi incapaz de criar o universo charmoso e inteligente como o fez com Will Smith.

Talvez o tópico de fim do mundo ainda mereça alguns filmes. Bons filmes como Armageddon ou Independence Day (embora os EUA continue tomando todas as decisões). Mas Presságio certamente não cumpre sua função de filme revolucionário e muito menos de uma boa aventura. Só mostra a crescente incompetencia de um ator que já fez filmes brilhantes e uma falta de originalidade para explorar um tema complexo.


Fico por aqui hoje

Até breve!

domingo, 12 de abril de 2009

Singin' In the Rain


Ficha Técnica:

Cantando na Chuva (Singin' In the Rain) EUA 1952

"What a glorious feeling!"

Diretores: Stanley Donan e Gene Kelly

Escritores: Adolph Green e Betty Comden (história)

Estúdio: Metro Goldwyn Mayer Pictures

Elenco: Gene Kelly, Debbie Reynolds, Donald O'Connor, Cyd Charisse, Rita Moreno


O elenco e a equipe de um filme mudo de sucesso percebe a nova tendência do cinema falante e resolve fazer um filme com vozes. O problema é que o filme fica péssimo e eles tem que refazê-lo como um musical. A atriz principal, que é bonita mas tem a voz terrivelmente fina, precisa ser dublada pela talentosa Kathy Selden, que é o amor do protagonista do filme.

Feito na época de ouro de Hollywood, quando os grandes musicais eram o estouro nos cinemas, Cantando na Chuva é um tributo à arte de fazer filmes. Talvez por isso seja tão brilhante. A equipe passa pelas dificuldades enfrentadas pelos estúdios quando os filmes começaram a ser falados e com muita desenvoltura e bom humor, contornam as situações adversas.

É difícil, para não dizer impossível, descrever a experiência de assitir ao filme no século 21, onde se tornou tão fácil criar grandes produções com a abundância de recursos e tecnologia. O charme, a beleza e tudo aquilo que torna o cinema uma arte de emoções está presente no longa, que tem uma facilidade imensa de deixar o espectador encantado e implorando por mais, mesmo depois que as letras muito antigas anunciam o fim daquele espetáculo por cima do letreiro da MGM.

Os personangens são adoráveis, carismáticos e mais apelativos graças aos mestres que os encarnam com tanta perfeição. Os grandes dançarinos da época, Gene Kelly e Donald O'Connor transformam cada cena em um banquete para os olhos, armados de roupas coloridas e sapatos brilhantes que marcam os sons sincronizados no belo sapateado. A famosa cena em que Gene Kelly dança na chuva é apenas uma das muitas em que o ator demonstra o talento que o deixou famoso, com um sorriso mais do que simpático estampado no rosto do que poderia ser um galã comum. Donald O'Connor é igualmente fascinante e fantástico e seu personagem tem exatamente o papel do ator naquela produção: um coadjuvante indispensável que conquista com seu jeito palhaço e, é claro, seu talento exímio para a dança. Cyd Charisse, dona das pernas mais bonitas de Hollywood, faz uma aparição marcante que começa (claro) por suas pernas e marca sua presença, ainda que por alguns minutos, na mente e no coração de quem assiste ao filme.

As músicas e coreografias de Cantando na Chuva, são seguramente eternas e transportam em uma viagem de primeira classe, o espectador deslumbrado, para os grandes musicais da Broadway, para o mundo glamouroso e cheio de possibilidades de Hollywood e para um universo onde tudo é possível, tudo é imperfeitamente perfeito e o fantástico é apenas rotina: o maravilhoso universo do cinema.


OBS: Bom pessoal, desculpem pela falta de atualizações, mas as coisas andam meio corridas e eu não tenho tido tempo de escrever. Tenho muito filmes na lista e eu gostaria também de receber sugestões para o Sétima Arte e para filmes que vocês acham que devem ser comentados. Obrigada!


Fico por aqui hoje!

Até breve!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Intolerable Cruelty


Ficha Técnica:

O Amor Custa Caro (Intolerable Cruelty) EUA 2003

"They can't keep their hands of each others assets"

Diretor: Joel Coen

Escritores: Robert Ramsey e Mathew Stone (história)

Joel e Ethan Coen (roteiro)

Estúdio: Universal Pictures

Elenco: Catherine Zeta-Jones, George Clooney, Geoffrey Rush, Billy Bob Thornton, Edward Herrman, Cedric The Entertainer.


Miles Massey é um advogado de divórcio que tem tudo. Uma impressionante lista de vitórias, dinheiro, sucesso, e o famoso pré nupcial Massey, dito infalível. Quando o tédio atinge sua vida bem sucedida, Massey vê em Marylin Rexroth a chance de um desafio. Depois do divórcio entre Marylin e o cliente de Miles, Rex, a moça acaba sem nada e coloca em prática um plano para se vingar do advogado responsável por arruinar sua meta perfeita de ser milionária dando o golpe do baú.

Em O Amor Custa Caro (tradução bem patética para o português), os irmãos Coen trazem de volta às telas o seu talento inigualável para o inteligente e satírico humor negro. Os personagens são inescrupulosos e interesseiros, mas ainda assim conseguem trazer um charme que nos faz torcer pelo sucesso de suas duvidosas empreitadas. George Clooney e Catherine Zeta-Jones tem uma química perfeita e trocam diálogos afiados, botando a prova a inteligência um do outro.

O Amor... é uma comédia romântica sim, mas muito, muito diferente do que estamos acostumados a ver. A situação já não tem nada de romântica: o mundo da advocacia do divórcio, com golpes e pré nupciais, é o ambiente perfeito para desiludir qualquer um da chance do amor. Mesmo com o dinheiro valendo tudo e Marylin pronta para derrubar Massey no primeiro golpe, a vida conspira a favor do atípico casal que descobre exatamente do que cada um precisa.

Com situações engraçadas como um matador que resolve mudar de vítima ou os tribunais que mais parecem circos, o filme traz estampado em cada detalhe a assinatura irreverente dos irmãos Coen e é uma garantia de diversão inteligente para os espectadores cansados de água com açucar.


Fico por aqui hoje!

Até breve!