sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Mad Max


Ficha Técnica:

Mad Max (Mad Max) Austrália 1979

"The Maximum Force of the Future"

Diretor: George Miller

Escritores: Geroge Miller e Byron Kennedy (história)

Estúdio: Kennedy Miller Productions

Elenco: Mel Gibson, Joanne Samuel, Hugh-Keays Burne, Steve Bisley


Em uma Austrália futurística, uma espécia de justiceiro sobre rodas chamado Mad Max está sempre a disposição para livrar a cidade de malucos fora-da-lei. Mas quando uma gangue de motoqueiros assassinos, mata sua mulher e o seu filho, Max se vê arremessado em uma espiral de ódio e sede de vingança e fará de tudo para ter sua justiça.

Primeiramente vamos começar pela lenda e depois vamos ao filme. Segundo críticos e notícias até hoje, Mad Max foi um filme que marcou época por sua inovação e capacidade de fazer um bom filme com um orçamento muito baixo. Além disso, é de conhecimento geral que o filme foi responsável por lançar Mel Gibson ao estrelato, tornando-o o astro internacional que é hoje.

Bem, a lenda que me perdoe, mas o orçamento parece ter afetado bem diretamente o resultado. O filme é uma união de cenas, não mal-feitas, mas mal explicadas, sem relevância alguma para a história que por algum acaso também é bem fraca. O elenco é simplesmente péssimo e tenta sem sucesso algum imitar a loucura dos personagens profundos e excelentes do brilhante "Laranja Mecânica" de Stanley Kubrick, o que gerou várias comparações. Se algum deles salva, é realmente Mel Gibson, mas continua sendo um mistério como Mad Max pode ter atraído atenção suficiente para lançar alguém ao estrelato.

Os diálogos são bem fracos, a história não é envolvente e tudo acontece com uma rapidez que não permite que o espectador acompanhe o desenvolvimento das emoções, mas com uma lentidão que o faz ter vontade de interromper o filme ali mesmo. Acredito realmente que Mad Max tenha sido capaz de chocar as pessoas na época em que foi feito, gerando inclusive duas continuações, mas hoje, sinceramente não o recomendo.


NOTÍCIAS: O esperado filme "Os Vingadores" que reúne diversos heróis da Marvel tem sua estréia prevista para 15 de julho de 2011. Samuel L. Jackson já confirmou sua presença no papel de Nick Fury, nesta e em outras oito produções da Marvel como "Iron Man 2", "Thor" e "Capitão América". Além dele, já estão confirmados os atores Robert Downey Jr, que fará novamente o papel do homem de ferro e Don Cheadle, que substituirá Terrence Howard como o Coronel Rhodes.


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Até breve!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

The Curious Case of Benjamin Button


Ficha Técnica:

O Curioso Caso de Benjamin Button (The Curious Case of Benjamin Button) EUA 2008

"Life isn't measured in minutes, but in moments"

Diretor: David Fincher

Escritores: Eric Roth e Robin Swicord (roteiro)

Estúdio: The Kennedy/Marshall Company

Elenco: Brad Pitt, Cate Blanchett, Tilda Swinton, Julia Ormond, Taraji P. Henson


No dia em que o furacão katrina atingiu Nova Orleans, uma velha senhora, Daisy, pede para que sua filha Caroline leia para ela o diário de um homem chamado Benjamin Button. Caroline começa então a contar a história de Benjamin que nasceu nas mais curiosas circunstâncias, com todos os sintomas de um homem velho. Mas o bebê que parece ter pouco mais do que alguns dias de vida se prova ainda mais extraordinário quando começa a rejuvenecer a medida que todos os outros envelhecem.

Benjamin Button foi indicado para treze Oscars este ano e levou para casa apenas três. Mas as indicações refletem a majestade e sensibilidade de um filme completamente original, surpreendente e emocionante. O filme se utiliza do melhor que a maquiagem e efeitos visuais tem a oferecer, aliando-os com a atuação impecável de grandes atores, uma direção brilhante e um roteiro original. O argumento já basta para fazer o espectador pensar: o que seríamos capazes de fazer se tivéssemos um corpo jovem com todas as experiências e a sabedoria da velhice? Sem dúvida, seria uma vantagem, mas o preço é alto demais para qualquer um suportar. Benjamin é forçado a enfrentar uma solidão imensurável, ainda que esteja rodeado de pessoas que o amem e de aventuras que o tornam cada dia mais jovem. Ele é afinal de contas o único remando contra a maré da natureza e a morte é uma presença constante.

Benjamin é, ainda por cima, criado em um asilo, o que lhe dá o testemunho em primeira mão de compreender as dificuldades da idade embora ele mesmo nunca vá sofrê-las. Ou melhor, ele não está indo em direção a elas. Brad Pitt é impecável e mostra mais uma vez sua capacidade de se adaptar a todo tipo de papel. O desafio que ele enfrenta nunca foi feito antes: interpretar o corpo de um velho, com a mente de uma criança. Sua situação sensibiliza o espectador desde o primeiro momento e torna impossível desviar os olhos de suas peripécias pelo mundo. As duas protagonistas femininas, Cate Blanchett e Taraji. P Henson não são ofuscadas por Pitt e dão também shows de atuação interpretando duas mulheres que vêem o curioso Benjamin de formas completamente diferentes. O sentimento maternal de Taraji é visto em cada olhar e movimento enquanto Blanchett exibe elegância, juventude e amor em cada cena.

As três horas de filme são cruciais para mostrar a lentidão do desenvolvimento da vida de Benjamin e para imergir o espectador nesta inacreditável história de vida. Outros aspectos como a fotografia brilhante e os diálogos perfeitamente escritos contribuem para fazer de Benjamin Button um filme inesquecível e uma experiência única como só o cinema pode trazer.


NOTÍCIAS: Cate Blanchett confirmou sua participação no novo longa "Robin Hood". O filme conta a história do infame príncipe dos ladrões e terá Russel Crowe no papel principal e Ridley Scott, de "Gladiador" na direção. O projeto tem previsão de lançamento para 2010.


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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

81st Academy Awards


Domingo, dia 22 de fevereiro ocorreu a cerimônia de entrega dos Academy Awards, mais popularmente conhecido como os Oscars. Assim como no BAFTA, o grande vencedor da noite foi Slumdog Millionaire que faturou oito prêmios, entre eles Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Canção.

O Oscar foi, como sempre, uma verdadeira festa, tendo este ano o galã Hugh Jackman como apresentador. Jackman quebrou o padrão recorrente da academia de ter comediantes como Chris Rock, Whoopi Goldberg e Ellen DeGeneres como hosts da festa. Mas ele se saiu muito bem, falando com desenvoltura impressionante e mostrando que tem outros talentos além de atuar. Ele se juntou a Anne Hathaway para cantar a abertura divertida da entrega, que incluiu uma apresentação de "baixo orçamento" de todos os indicados para melhor filme. E ainda fez piadas de classe.

O destaque deste ano foram as belas homenagens feitas na hora de entregar os prêmios de melhor atriz, ator, atriz coadjuvante e ator coadjuvante. Ganhadores anteriores das respectivas categorias, elogiaram individualmente a performance de cada um dos concorrentes, que responderam com agradecimentos silenciosos e emocionados. Os prêmios foram para:

-Penélope Cruz - Atriz Coadjuvante por Vicky Cristina Barcelona

-Heath Ledger - Ator Coadjuvante por The Dark Knight

-Sean Penn - Melhor Ator por Milk

-Kate Winslet - Melhor Atriz por The Reader

Alguns prêmios já esperados foram Wall-E da Pixar como melhor longa de animação, melhor maquiagem para The Curious Case of Benjamin Button e melhor figurino para The Duchess. O tema central da festa foi uma homenagem à arte de fazer filmes e terminou com uma bem recebida entrega de melhor filme para o grande e humilde vencedor da noite Slumdog Millionaire. Quem quiser conferir os melhores momentos, backstage, agradecimentos além da lista completa de ganhadores é só acessar http://www.oscar.com/.


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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

High School Musical 3: Senior Year


Ficha Técnica:

High School Musical 3: Ano de Formatura (High School Musical 3: Senior Year) EUA 2008

"High School Graduation"

Diretor: Kenny Ortega

Escritor: Peter Barsochinni

Estúdio: Walt Disney Pictures

Elenco: Zac Efron, Vanessa Hudgens, Ashley Tisdale, Lucas Grabeel, Corbin Bleu, Monique Coleman


Depois de dois anos de provações no ensino médio, é hora de se formar para a turma de High School Musical. Entre escolher faculdades, montar um musical de fim de ano e decidir para sempre que rumos tomar na vida, eles conseguem arrumar tempo para cantar e descobrir o quanto as amizades importam.

High School Musical é a cereja do bolo produzido pelo Disney channel nos últimos tempos. O canal começou a gerar sucessos teens com as meninas da banda Cheetah Girls e seguiu por este caminho até Hanna Montana, High School Musical e mais recentemente os Jonas Brothers. O mais surpreendente da séria HSM porém, foi o fato de que os dois primeiros filmes foram feitos com orçamento relativamente baixo e só transmitidos pelo Disney Channel. Com o sucesso inesperado e estrondoso da franquia, a Disney aproveitou tudo que podia gerando bastante marketing, paradas nos parques de Orlando e criou uma legião de fãs alucinados. O terceiro filme foi para os cinemas e provou ser o fim perfeito para uma criação de sucesso.

Que o espectador não se engane porém. A Disney, como é bem do seu feitio, criou todas as séries o mais politicamente correto possível. Desde os anéis de "pureza" da banda Jonas Brothers até o amor sem beijos dos queridinhos de High School Musical, a Disney conseguiu vender para os pré adolescentes uma idéia de diversão contida, coisa que, desnecessário dizer, simplesmente ganhou o coração dos pais preocupados com uma juventude cada vez mais precoce. O filme é bobo, os garotos são péssimos atores, mas excelentes dançarinos e a história é tão clichê quanto podia ser, mas por motivos simples como o reforço da idéia do "seja você mesmo" e essa liberação de identidade artística em uma fase onde os jovens são julgados por tudo, High School Musical se destacou e ganhou versões em todas as línguas e países e continua a provocar choros pelo fim da série.

Uma dica: não assista ao filme ao menos que esteja disposto a suportar cenas gigantescas de ladainha romântica por alguns segundos de belas coreografias. Ignore as vozes metálicas das cantoras e preste atenção nos pequenos detalhes qeu no fim das contas fazem a diferença. Mas lembre-se que High School Musical é extremamente firme em um ponto: ele tem idade para ser assistido.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Bride Wars


Ficha Técnica:

Noivas em Guerra (Bride Wars) EUA 2008

"Before the rings go on, the gloves come off"

Diretor: Gary Winick

Escritores: Greg dePaul e Casey Wilson (roteiristas)

Estúdio: Twentieth-Century Fox Film Corporation

Elenco: Kate Hudson, Anne Hathaway, Bryan Greenberg, Chris Pratt


Duas amigas de infância, sonham desde pequenas com o dia do seu casamento. Um dia, as duas assistem a um casamento no Plaza Hotel em NY, realizado em junho. Desde aquele dia, se fazem uma promessa de que farão seus próprios casamentos em junho, no Plaza. Quando ficam noivas praticamente no mesmo dia, as duas marcam imediatamente os casamentos para Junho, no Plaza, como sempre tinha sido o sonho. Mas devido a um mau entendido, o casamento de ambas é marcado para a mesma data e quando nenhuma delas dá sinais de ceder, começa uma série de sabotagens que envolve bronzeados exagerados e tinta de cabelo azul.

Noivas em Guerra não é nenhum original. Na verdade, é bem típico não fosse a história que finalmente não envolve a descoberta do amor. O filme é, em sua maioria, bobo, sem grandes surpresas, mas extremamente divertido graças as duas excelentes atrizes que contracenam com um talento impecável. Tanto Anne Hathaway quando Kate Hudson demoram segundos para conquistar de vez a simpatia do público que se sente praticamente obrigado a rir das peripécias das duas beldades. Hathaway faz o papel de Emma, a amiga carinhosa e que não consegue se impor enquanto Hudson é Liv, a bem sucedida e forte, mas que por isso desgrada a maioria das pessoas.

A história deixa uma lição, capaz de tocar apenas o coração das mulheres, pois só elas entendem a cumplicidade existente na amizade feminina. Embora passem o filme todo tentando se matar e destruir o casamento uma da outra, elas sabem que no fim de tudo, a única pessoa com quem realmente podem contar é sua melhor amiga. Os noivos são apenas coadjuvantes e o diretor fez questão de mostrar que eles estão ali cumprindo o sonho delas: de um casamento. Mas quem seria o homem nunca fez parte da história e tampouco faz parte do filme. Impossível se destacar perto de Hathaway e Hudson que provam em seus papéis bem executados que a amizade é realmente eterna.


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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

What Happens in Vegas


Ficha Técnica:

Jogo de Amor em Las Vegas (What happens in Vegas) EUA 2008

"Get Lucky"

Diretor: Tom Vaughan

Escritores: Dana Fox

Estúdio: Twentieth Century Fox Film Corporation

Elenco: Ashton Kutcher, Cameron Diaz, Lake Bell, Rob Corddry


Joy é uma mulher trabalhadora e que acaba de levar um fora. Jack é um rapaz inconsequente que acaba de ser despedido pelo próprio pai. Ambos encontram o mesmo remédio para curar os problemas: Las Vegas. A viagem porém toma rumos inesperados quando Jack e Joy se conhecem, afogam as mágoas no álcool e se casam. Decididos de imediato a se separar, tudo muda quando um prêmio de 3 milhões de dólares cai nas mãos do casal que é sentenciado a seis meses de casamento forçado para dividir o dinheiro. Ambos farão de tudo para transformar a vida um do outro em um verdadeiro inferno.

Jogo de Amor em Las Vegas não é ambicioso, tampouco inteligente ou original. É mais um daqueles filmes de amores que acontecem quando menos se espera e onde uma grande lição espera os protagonistas e o espectador de braços abertos no final. Mas por Cameron Diaz e Ashton Kutcher, ele consegue ser extremamente divertido. Os atores tem uma química hipnotizante nas telas e embora Kutcher seja o mesmo paspalho infantil de sempre, Cameron Diaz compensa todas as suas falhas com a graça abobalhada e adorável que lhe rendeu o posto de uma das queridinhas da América.

A história é no mínimo divertida: o jogo sujo de ambas as partes conta com armas que todos sabemos que só poderiam acontecer no cinema e justamente por isso conseguem arrancar risadas sinceras de uma platéia distraída. Uma comédia romântica mais comédia do que romântica, que conta com excelentes diálogos desenvolvidos com muita naturalidade tanto pelos protagonistas como pelos pequenos outros personagens que dividem a história como Queen Latifa no papel da terapeuta matrimonial e a estrela em ascensão Lake Bell. O filme ideal para uma tarde de diversão light.


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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Nights in Rodhante


Ficha Técnica:

Noites de Tormenta (Nights in Rodanthe) EUA 2008

"It's never to late for a second chance"

Diretor: George C. Wolf

Escritores: Ann Peacock e John Romano (roteiro)

Estúdio: DiNovi Pictures

Elenco: Richard Gere, Diane Lane, Viola Davis, James Franco


Um médico assombrad por lembranças faz uma viagem para tentar encontrar seu filho e restabelecer uma antiga relação com ele. No caminho, ele encontra uma pequena pousada na Carolina do Norte que está sendo administrada pela amiga da proprietária, a doce e mal casada Adrienne Willis. Devido ao anúncio de uma tempestade, Adrienne e Paul ficam presos na pousada e passam a se conhecer dia após dia, escutando e descobrindo as fraquezas um do outro, até que descobrem que não é tarde demais para se apaixonar.

Noites de Tormenta é diferente de qualquer romance bobo, justamente porque não envolve os costumeiros e confusos casais que experienciam o amor pela primeira vez. Não é sobre conversas afiadas e respostas prontas, nem mesmo sobre o charme do galã Richard Gere, mas sobre a humanidade de duas pessoas que já tinham abandonado o amor pela vida e por si mesmos, depois de cometerem erros que qualquer um podia sofrer. É sobre se apaixonar duas vezes e saber sentir o tipo de amor que faz com que acreditem que podem ser o que quiserem.

Os problemas que atormentam tanto Adrienne quanto Paul, podiam acontecer com qualquer um, mas a amargura de cada um os faz encara-los com dificuldade. O filme explora a beleza de solucionar os problemas dentro e fora de si, quando existe alguém que te ama ao seu lado. O amor vivenciado por Paul e Adrienne é tao necessário, carinhoso e intenso que derrete o coração dos mais duros e céticos. Tanto Diane Lane quanto Richard Gere conseguiram conferir aos personagens a intensidade que necessitavam para manterem o público de olhos colados na tela e com o coração apertado de emoção.

A beleza da história, da fotografia e das doces cenas de amor, fazem de Noite de Tormenta um filme de aprendizado profundo sobre as emoções humanas e sobre esperança nas surpresas da vida.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Interview with the Vampire


Ficha Técnica:

Entrevista com o Vampiro (Interview with the vampire) EUA 1994

"Drink from me and live forever"

Diretor: Neil Jordan

Escritora: Anne Rice (romance e roteiro)

Estúdio: Geffen Pictures

Elenco: Tom Cruise, Brad Pitt, Antonio Banderas, Kirsten Dunst, Christian Slater


Daniel Malloy é um repórter que se vê completamente arrebatado pela emocionante narrativa de um personagem mais do que peculiar. Ele ouve cuidadosamente a história de Louis de Pointe du Lac, um vampiro que conta sua história desde o instante em que se transformou em vampiro, por intervenção de um outro chamado Lestat de Lioncourt. A vida de Louis é modificada à medida que ele percebe a esmagadora e sanguinária realidade do que ele se tornou e quando ele transforma a criança Cláudia em mais uma caçadora da noite.

Entrevista com o Vampiro difere de forma extremamente sutil de qualquer outra história destas infames criaturas míticas. O sofrimento e o conflito de Louis não são nada típicos dos antigos romances sobre vampiros e contrastam a beleza e graça de ser diferente e perfeito, mas com o peso de precisar constantemente de tirar vidas humanas. Ambos Tom Cruise e Brad Pitt, estonteantes e marcantes, dão um show de interpretação. Mas o destaque do filme, e talvez o motivo para um espectador pouco apetecido por fantasia assistir ao filme é a simplesmente maravilhosa Kirsten Dunst.

Dunst hoje é uma atriz conhecida com inúmeros filmes no currículo, mas foi o seu trabalho em Entrevista com o Vampiro que lhe rendeu olhos do mundo todo. Com apenas doze anos, ela interpreta a deliciosa Cláudia, uma menina que é obrigada a ter a mente de uma adulta, ou melhor, de várias adultas, dentro do corpo de uma menina que nunca envelhece. Os conflitos de Cláudia entre querer crescer e não poder a enlouquecem a medida que ela evolui a mente, mas não é capaz de fazer seu corpo acompanhar. Ela dá performances de cair o queixo falando com a maturidade de uma mulher cruel e maliciosa pelo rosto angelical de Cláudia.

Louis, que não possui a sede de sangue dos companheiros, é aos poucos assolado por um série de perguntar e por uma sensação perturbadora de solidão que se aprofunda a medida que ele encara décadas sem morrer, sem sentir, em um torpor assombrado. Ele conhece a brutalidade de outros como ele e está determinado a mudar quem é, mas sua impossibilidade de morrer o assombra como um pesadelo para o resto da vida.

O filme quebra completamente o paradigma de criaturas charmosas e cruéis. Embora sejam sim, incrivelmente belos e poderosos, os vampiros sofrem de um pesadelo que jamais poderá perturbar nenhum mortal: a falta de sentido em se viver para sempre.


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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Post Especial: BAFTA


E hoje teremos um post especial ja que ontem foi a premiação da British Academy of Film and Television Arts, o famoso BAFTA. Os favoritos da noite eram “Slumdog Millionaire” que já faturou outros prêmios do cinema e o comentado “The Curious Case of Benjamin Button”, ambos com 11 indicações.
Slumdog Millionaire faturou 7 prêmios incluindo melhor filme e melhor diretor. Benjamin Button acabou levando somente três prêmios e agora precisa esperar o Oscar para tentar ganhar as glórias. Kate Winslet que já tinha levado pra casa dois Golden Globes e era indicada em duas categorias por “The Reader” e “Revolutionary Road” ganhou o prêmio de melhor atriz por “The Reader”.
Segue aí a lista completa dos ganhadores.


MELHOR FILME – Slumdog Millionaire – Christian Colson
FILME INGLÊS DE DESTAQUE – Man on Wire – Simon Chinn, James Marsh
PRÊMIO CARL FOREMAN – Steve McQueen (diretor de Hunger)
MELHOR DIRETOR – Danny Boyle – Slumdog Millionaire
ROTEIRO ORIGINAL – In Bruges – Martin McDonagh
ROTEIRO ADAPTADO – Slumdog Millionaire – Simon Beaufoy
FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA – I’ve loved you so long – Yves Marmion, Phillipe Claudel
FILME ANIMADO – Wall-E – Andrew Stanton
MELHOR ATOR – Mickey Rourke – The Wrestler
MELHOR ATRIZ – Kate Winslet – The Reader
MELHOR ATOR COADJUVANTE – Heath Ledger – Batman: The Dark Knight
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE – Penélope Cruz – Vicky Cristina Barcelona
MÚSICA – Slumdog Millionaire – A.R. Rahman
CINEMATOGRAFIA – Slumdog Millionaire – Anthony Dod Mantle
EDIÇÃO – Slumdog Millionaire – Chris Dickens
DESIGN DE PRODUÇÃO – The Curious Case of Benjamin Button – Donald Graham Burt, Victor J. Zolfo
MELHOR FIGURINO – The Duchess – Michael O’Connor
SOM – Slumdog Millionaire - Glenn Freemantle, Resul Pookutty, Richard Pryke, Tom Sayers, Ian Tapp
EFEITOS VISUAIS – The Curious Case of Benjamin Button - Eric Barba, Craig Barron, – Nathan McGuinness, Edson Williams
MAQUIAGEM – The Curious Case of Benjamin Button ­- Jean Black, Colleen Callaghan
CURTA DE ANIMAÇÃO – Wallace & Gromit: A Matter of Loaf and Death - Steve Pegram, Nick Park, Bob Baker
CURTA METRAGEM – September – Stewart Le Marechal e Ester May Campbell
PREMIO ORANGE RISING STAR – Noel Clarke
CONTRIBUIÇÃO INGLESA PARA O CINEMA DE DESTAQUE – Pinewood Studios e Sheperton Studios
SOCIEDADE DA ACADEMIA – Terry Gilliam


Vamos esperar pra ver se o Oscar corresponde à opinião dos britânicos sobre os melhores filmes de 2008.


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Ate breve!

Journey to the Center of the Earth


Ficha Técnica:
Viagem ao Centro da Terra (Journey to the Center of the Earth) EUA 2008
"Same Planet. Different World"
Diretor: Eric Brevig
Escritores: Michael D. Weiss e Jennifer Plackett
Estúdio: Walden Media
Elenco: Brendan Fraser, Josh Hutcherson, Anita Briem


Depois que um cientista desaparece, seu irmão Trevor Anderson parte para descobrir o que aconteceu com ele seguindo pistas de abalos sísmicos que o cientista investigava. A companhia inesperada de Trevor é a do filho adolescente do irmão, Sean, e juntos eles pedem a ajuda de uma guia de montanhas Hannah Asgeirsson que revela a eles que o desaparecido, assim como seu pai, era um Verniano, uma pessoa que acredita que as história do escritor Júlio Verne sejam verdadeiras. Seguindo as pistas do romance "Viagem ao Centro da Terra" o trio descobre as verdades e mitos deste mundo e se envolve em aventuras e perigos inimagináveis.

O diretor Eric Brevig realizou trabalhos brilhantes como supervisor de efeitos especiais da ILM em filmes como "Pearl Harbor", "A Ilha", "O dia depois de amanhã", "K-19" e muitos outros sucessos de crítica e público. Talvez fosse sensato então que permanecesse onde era seu território familiar. Em Viagem ao Centro da Terra, uma de suas poucas explorações no universo da direção, Brevig demonstrou juntamente com os roteiristas e aparentemente toda a equipe, exatamente o que fazer para fazer um filme dar errado.

O clássico do brilhante escritor Júlio Verne virou piada e filme de sessão da tarde, com direito a - ironicamente - efeitos visuais ridículos, explicações mirabolantes para uma história sem pé nem cabeça e diálogos tão fracos que dão vontade de chorar. A Walden Media, que vem apostando em filmes de fantasia como Nárnia e o maravilhoso "Ponte para Terabítia" errou feio neste longa exceto talvez pela escolha do ator mirim Josh Hutcherson que é o único sopro de ar fresco no filme. Brendan Fraser, que tem capacidade de atuar mas não de escolher os filmes em que o faz, é vítima mais uma vez de sua própria vontade de ser carismático demais e acaba exagerando.

O mundo que é encontrado no centro da Terra (depois de uma escorregada por um túnel praticamente infinito que é amortecido por um cobertor de água - sentiram o drama?) é bem fraco, sem imaginação e lembra mais as críticas feitas aos insetos gigantes de King Kong do que ao maravilhoso universo criado por Verne. Em benefício e por pena de todos os grandes nomes envolvidos na produção do desastre podemos ao menos tentar colocar a culpa na tendência recente de filmes 3D que estão entrando bastante na moda. Por acharem que o 3D é o suficiente para impressionar, a equipe acaba esquecendo que filmes não são feitos só de efeitos e esquecem de embasar a produção com uma boa história e pessoas competentes.


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Ate breve!

sábado, 7 de fevereiro de 2009

The Spirit


Ficha Técnica:

The Spirit (The Spirit) EUA 2008

"My city screams. She is my lover. And I am her spirit"

Diretor: Frank Miller

Escritores: Frank Miller (roteiro)

Will Eisner (quadrinhos)

Estúdio: Lionsgate

Elenco: Gabriel Macht, Scarlett Johansson, Eva Mendes, Samuel L. Jackson, Sarah Paulson, Jaime King, Dan Gerrity


The Spirit é baseada na famosa série de quadrinhos de Will Eisner sobre um policial, Denny Colt, que é assassinado mas volta a vida na forma do defensor de sua amada cidade cujo codinome é Spirit. A vida de Colt é cercada de belas mulheres incluindo sua musa Ellen, seu amor de infância Sand Saref e a própria morte, Lorelei, que anseia para ter o detetive em seus braços. Mas o único e verdadeiro amor de Spirit é sua cidade que lhe dá tudo que ele precisa e o abriga enquanto ele a protege. Spirit se envolve em uma troca poderosa entre Sand Saref e seu arquiinimigo, Octopus, e ele precisa descobrir o que cada um deles pretende.

Frank Miller foi aclamado por "Sin City" e posteriormente por "300" e mostrou ao mundo que ele possui uma forma única de fazer filmes, tornando seu estilo inconfundível. Ele também é responsável pelo quadrinho que deu origem ao filme "Batman Begins" e depois a "Batman: The Dark Knight". Miller constrói e dirige histórias politicamente incorretas, com um humor extremamente refinado, um certo nível de sensualidade e um toque noir no melhor estilo de filmes policiais da década de 50. Essa misturada toda pode parecer colidir, e realmente o faz, mas de uma forma surpreendente que não agrada a todo mundo, mas que é capaz de conquistar completamente outros.

Em The Spirit, Miller realiza seu melhor trabalho. O charme das muitas mulheres e a dureza porém sensibilidade do herói transformam o filme em uma deliciosa e irreverente viagem às paginas dos quadrinhos modernos. Scarlett Johansson como a bela Silken Floss é sem dúvida a melhor atriz do filme, mas ela tem a seu favor a interessante personalidade de Floss, uma mulher séria que não tem muita paciência para os teatros de seu soberano, Octopus. As brigas entre Octopus e Spirit são extremamente divertidas, com um "quê" de exagerado e uma pitada de épico.

O mais original dos filmes de Frank Miller porém é o visual. As cores são fracas, quase pretas e brancas no caso de The Spirit, com destaques para algumas cenas ou objetos de cores mais marcantes como a gravata vermelha do personagem principal - sua marca registrada - ou o brilho das jóias da sensual Sand Saref. Embora o tom seja de sobriedade, Miller arruma espaço suficiente para brincar e seduzir os espectadores com o constante jogo de palavras, o charme dos personagens e a simplicidade da história.


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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Twilight

Ficha Técnica:

Crepúsculo (Twilight) EUA 2008

"When you can live forever, what do you live for?"

Diretor: Catherine Hardwicke

Escritoras: Stephenie Meyer (romance)
Melissa Rosenberg (roteiro)

Estúdio: GoldCrest Films

Elenco: Kristen Stewart, Robert Pattinson, Billy Burke, Nikki Reed, Taylor Lautner
De volta estamos! Depois de uma longa ausência vamos retomar com força total porque este ano vem cheio de novidades.

Bella Swann é uma jovem comum que se muda para a pequena e chuvosa cidade de Forks no interior de Washington. Uma surpresa porém espera por ela na forma do atraente e misterioso Edward Cullen que desperta em Bella sentimentos fortes e potencialmente perigosos. Edward e Bella se apaixonam, mas ela logo descobre que as coisas não são tão simples quanto parecem: Edward é um vampiro que precisa resistir ao impulso e a tentação geradas pelo sangue de Bella e uma história de amor irreverente e inesperada se inicia, com a contribuição de outros perigos para desafiar o jovem casal.

Para falar de Crepúsculo é preciso compreender primeiro o fenômeno gerado pela série que gerou o filme. A estreante Stephenie Meyer conseguiu o chamado "sucesso do dia para a noite" com este Romeu e Julieta moderno e sobrenatural. O livro é excelente, embora eu deva admitir que apela muito mais para o sexo feminino. A história se apropria dos personagens criados pelas lendas, mas desconstrói todos os clichês a seu respeito como o medo de crucifixos ou a repulsa por alho.

A marca principal porém está lá: a alimentação controversa dos vampiros. Edward, como sua simpática e perfeita família de jovens lindos e misteriosos, segue um regime diferente: eles não se alimentam de sangue humano por questões simplesmente morais. Como animais porém, eles são tentados e precisam lutar para resistir a este instinto básico de sua espécie. O que realmente atrai em Crepúsculo é este contraste feito de formas diferentes entre Bella e Edward. Enquanto ele é estonteante, charmoso, inteligente, sem falar nos superpoderes, Bella é comum, estabanada e não muito popular. A grande jogada é justamente essa: fazer com que todas as meninas do mundo sejam Bellas Swann e que todas elas desejem ter o romântico e protetor Edward ao seu lado.
O filme porém transmite poucas das qualidades do livro. O elenco é bem fraco, composto principalmente por atores na escalada para a fama e que não dão aos personagens a força psicológica que Meyer construiu tão cuidadosamente no romance. Os efeitos especiais são impossíveis de se ignorar e é quase ridículo pensar que em uma geração onde é tão fácil fazer filmes, uma superprodução como esta não tenha se dado ao trabalho de se esforçar no quesito visual. Robert Pattinson é a encarnação visual perfeita do vampiro Edward Cullen, mas sua atuação deixa a desejar e o espectador acaba perdendo o efeito principal de sentir a paixão insuportavelmente forte entre os dois personagens, elemento principal para que resistir à tentação tenha mérito na história.

O filme, como o romance, é politicamente correto e apresente alusões claras à responsabilidade de Edward e Bella no quesito sexual. Nem mesmo beijos apaixonados são trocados entre eles e os sentimentos tentam ser transmitidos por olhares intensos e diálogos engasgados. A história, embora corra demais na tela, apresentou uma boa qualidade não existente no livro: a de introduzir os "vilões", os vampiros inimigos, ao longo do filme e gerar uma expectativa que o romance falhou em conseguir.

Com um pouco de prática e algumas mudanças na aplicação do orçamento, é possível que a sequencia "Lua Nova", prevista para este ano, consiga ser mais feliz em agradar os milhões de leitores apaixonados por esta original história de amor impossível.

PRÊMIOS: Fevereiro é O mês do cinema e para provar, este domingo será a premiação oficial dos British Academy Film Awards, o BAFTA. E é claro, todos estão ansiosos pelos famosos Oscars que acontece no dia 22 de fevereiro. A academia já soltou os indicados e quem quiser conferir é só ir em www.oscar.com/nominees e ver a lista completa. O grande vencedor deste ano é o maravilhoso "The Strange Case of Benjamin Button" que foi indicado a treze estatuetas, incluindo melhor filme, ator, atriz coadjuvante e diretor. Concorrem com Benjamin Button para melhor filme: Frost/Nixon, Milk, The Reader e Slumdog Millionaire. Vamos esperar!
Fico por aqui hoje!
Até breve!