segunda-feira, 30 de junho de 2008

1408


Ficha Técnica:

1408 (1408) EUA 2007

Diretor: Mikael Hafström

Estúdio: Dimension Films

Elenco: Jonh Cusack, Samuel L. Jackson, Tony Shalhoub, Mary McCormack


Mike Enslin é um investigador de eventos paranormais em estabelecimentos dos Estados Unidos, mas suas buscas são constantemente frustradas pelas fraudes que descobre e Enslin se torna incrédulo e desapontado por nunca ter verdadeiramente presenciado um evento paranormal. Uma dica porém, acaba por levá-lo ao hotel Dolphin, que ao contrário de todos os outros que investiga, procura esconder sua maior vergonha, um quarto de número 1408 que é a degraça e o medo do hotel. Enslin é atraído por este lugar e contra todas as recomendações do proprietário Gerald Olin, resolver se hospedar no quarto, apenas para decobrir que os rumores eram verdadeiros.

1408 é baseado em um livro do mestre do suspense Stephen King, que tem o hábito de tornar objetos inanimados em coisas verdadeiramente terríveis, como acontece em "Rose Red" onde uma casa é responsável por assassinatos. De todos que já vi, 1408 é de longe o mais assustador e agonizante das adaptações de suas obras. O filme deixa o espectador absolutamente sem fôlego, com cenas aflitivas que não dependem da existência de monstros ou assombrações. Como o próprio protagonista diz, quartos de hotel são naturalmente horripilantes e 1408 comprova essa teoria, especialmente por já ter presenciado diversas mortes. Cusack não sai muito de seus papéis normais, mas felizmente a personalidade de Mike Enslin é perfeita para o ator e seu desespero é absolutamente genuíno e convincente.

Filmes como 1408 provam que o gênero de suspense e terror pode ser feito sem perder o bom gosto como acontece com "Jogos Mortais". O terror não depende de violência sem sentido ou de sangue exagerado e são os bons filmes que provam isso para nós. Não uma aposta certa para todos, mas sem dúvida uma excelente escolha para os fãs do gênero!


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domingo, 29 de junho de 2008

Wall-E


Ficha Técnica:

Wall-E (Wall-E) EUA 2008

Diretor: Andrew Stanton

Estúdio: Pixar Animation Studios/Walt Disney Pictures

Elenco: Ben Burt, Elissa Knight, John Ratzemberger, Sigourney Weaver


Wall-E é um robô, que no ano de 2700 tem a função de compactar e limpar o espaço terrestre, abandonado 700 anos antes pela raça humana. Wall-E passa todos os seus dias fazendo seu trabalho e juntando relíquias que ele julga interessantes para levá-las à sua pequena casa no meio do nada. Quando uma nave de reconhecimento deixa na Terrra a destemperada robô EVA, Wall-E vê seu mundo virado de cabeça para baixo, ao se apaixonar por EVA e descobrir o verdadeiro propósito de sua existência.

Desde "Toy Story", a Pixar tem demonstrado talento extraordinário para fazer animações, com enredos espetaculares que atingem ambos crianças e adultos além do elemento principal que diferencia a companhia de outras: sua originalidade incontestável. Responsável por grandes produções como "Procurando Nemo" e "Ratatouille", a Pixar jamais desapontou em nenhum de seus filmes e parece nunca esgotar as idéias da brilhante equipe de animação, que segundo depoimento do diretor Andrew Stanton, teve a idéia de várias de suas produções (incluindo Wall-E) em um almoço em 2000. Wall-E, como tantas outras, tem um foco crítico sem ser apelativo e sendo (como a Disney exige) politicamente correto. Mas nem por isso deixa de lado a inteligência ou o humor de muito bom gosto que tempera o longa de maneira perfeita.

Wall-E alterna entre humor, romance e drama explorando todos os gêneros com a genialidade que ambas Disney e Pixar já provaram ser capazes. Nunca um robô foi tratado de forma tão humana, e ironicamente o suficiente, é justamente o robô que ensina os humanos a redescobrirem as belezas e os sentimentos da vida. O amor de EVA e Wall-E é responsável por quebrar os padrões altamente automáticos que regem a vida dos homens em uma nave chamada Axiom, uma espécie de resort espacial, crítica ferrenha à atual sociedade (em especial) norte-americana. Wall-E é ainda apaixonado pelo musical Hello Dolly, ao qual assiste todos os dias e que prova ser o símbolo máximo de seu sentimento pelo desconhecido. Como em todos os filmes da Pixar, Wall-E apresenta uma lição profunda e que desta vez não é sobre ser diferente.

Uma super empresa Buy N Large (outra crítica aos hipermercados americanos) explorou a terra ao seu limite, como tantos ambientalistas nos alertam hoje, e vêem nas suas mãos um problema, uma vez que a Terra se tornou inviável para o crescimento de vida. Wall-E é a o próprio simbolismo da esperança, mostrando aos humanos sedentários da Axiom, que basta eles romperem barreiras ao simplesmente se mexerem para mudar uma realidade sem esperanças. Mais uma vez, não foram poupados esforços para os sons e gestos que fazem parte da realidade de Wall-E. O responsável pelos sons dos robôs de Star Wars está por trás do blips e blops do adorável robozinho, e os poucos diálogos realizados por humanos, são perfeitamente necessários e inteligentes. O filme conta ainda com alusões

É impossível traduzir toda a genialidade de Wall-E em palavras (especialmente porque o próprio filme conta com poucas). É preciso presenciar a perfeição da animação, a expressão dos personagens tão carismáticos e a direção impecável de um estúdio visionário que continua a inovar e surpreender de maneiras cada vez mais diferentes e embora tenha histórias passadas no fundo do mar ou 700 anos no futuro, possui tramas muito atuais.


NOVIDADES: Bem uma novidade meio velha. Prevista para maio de 2009 a estréia do filme X-Men Origins: Wolverine que conta a trajetória do solitário e misterioso X-Men, o passado do herói em um projeto chamado Arma X e o contato com seus inimigos. (Fonte: Revista Monet).


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sexta-feira, 27 de junho de 2008

Bee Movie


Ficha Técnica:

Bee Movie - A história de uma abelha (Bee Movie) EUA 2007

Diretores: Steve Hickner e Simon J. Smith

Estúdio: DreamWorks Pictures

Elenco: Jerry Seinfeld, Reneé Zelwegger, Matthew Broderick, Patrick Warburton, John Goodman, Chris Rock, Megan Mulally


Barry B. Benson é uma abelha recém formada na faculdade que fica desiludida ao descobrir que seu futuro é apenas trabalhar para produzir mel durante o resto de sua vida. Barry resolve entao fazer um último e único tour fora da colméia para conhecer a vida do lado de fora. Depois de quase ser morto por um jornal, Barry é salvo por uma florista em Nova York e eles se tornam excelentes amigos, até que um dia ele descobre que os humanos estão roubando o mel das abelhas e resolve processá-los.

Embora seja um filme que possa parecer infantil, Bee Movie, assim como Shrek (da mesma produtora) tem um humor que certamente não é direcionado às crianças e critica diversos valores da indústria americana incluindo ícones da música e da mídia, como Sting, Larry King e Oprah Winfrey (que cedem suas vozes a personagens do filme). Em filmes como Bee Movie, é fácil dizer que os dubladores tem um papel quase tão importante quanto o roteiro e o longa não decepciona na escolha de seus atores. O engraçadíssimo Jerry Seinfeld dá sua voz ao personagem principal enquanto Reneé Zelwegger empresta a sua a humana Vanessa por quem Barry nutre uma amizade preciosa. Chris Rock tem pouquíssimas falas, mas é garantia de risada quando seu personagem, um pernilongo de personalidade questionável aparece. E mesmo os menores papéis nao deixam a desejar na dublagem ou na construção perfeita da personalidade de cada abelha ou humano.

Bee Movie é mais um filme que demonstra a tendência da DreamWorks de fazer filmes que satirizam a realidade em especial norte americana ou de contos de fadas tradicionais. E essa fórmula tem provado ser de muito sucesso desde o primeiro Shrek, passando por Madagascar, Os Sem Floresta e tantos outros. Resta esperar que a DreamWorks continue impressionando, especialmente com a força que a concorrente Disney ganhou depois de se fundir com a empresa de animação de maior sucesso de hoje, a Pixar.


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quinta-feira, 26 de junho de 2008

El Orfanato


Ficha Técnica:

O Orfanato (El Orfanato) México/Espanha 2007

Diretor: Juan Antonio Bayona

Estúdio: Esta Vivo! Laboratorio de Nuevos Talentos

Elenco: Belén Rueda, Fernando Cayo, Roger Príncep, Montserrat Carulla


Uma mulher resolve levar sua família para morar no antigo orfanato que lhe serviu de lar quando criança e lá ela pretende abrir um novo orfanato para crianças com deficiência física. Os problemas começam quando seu filho, que já tinha amigos imaginários, começa a conversar mais com um novo amigo e sua mãe resolve investigar quem é a criança, apenas para descobrir que ele tem uma forte ligação com o antigo orfanato. Quando seu filho desaparece em uma inocente brincadeira, Laura faz de tudo para tê-lo de volta, indo contra todos os conselhos e seguindo apenas seus instintos e as lembranças que tem do antigo lar.

O Orfanato começa em um ritmo um tanto tedioso e dá pouca impressão de que vai surpreender. Apesar disso, a história é envolvente e o final é interessante e inesperado. Filmes de suspense tem sempre um fator a seu favor em relação aos de terror. Ao invés de concentrarem sua tensão nos fantasmas, ou monstros, eles dedicam a trama à investigação dos elementos sobrenaturais do filme. O Orfanato é deste tipo, apesar de ter cenas altamente dispensáveis, mas que alguns diretores julgam necessárias para chocar.

Mesmo com as qualidades de um bom filme de suspense, O Orfanato não chega a impressionar. O ritmo tedioso acaba por deixar a expectativa baixa e ele é um desses filmes que poderia ter facilmente meia hora a menos de duração. Filmes de suspense muito extensos (ou que parecem muito extensos) exaurem o espectador e dispersam a atenção. Para fãs do gênero porém, vale a pena conferir o filme, mesmo que seja para comparar a produção latina com a americana.


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terça-feira, 24 de junho de 2008

The Thief Lord


Ficha Técnica:

O Senhor dos Ladrões (The Thief Lord) EUA 2006

Diretor: Richard Claus

Estúdio: Theme Production

Elenco: Aaron Johnson, Jasper Harris, Rollo Weeks, Caroline Godall.


Prosper e Bo são dois irmãos separados depois da morte dos pais, por uma tia que só quis adotar o menino mais novo, Bo de oito anos. Seu irmão Prosper porém o rapta da casa dos tios e foge com ela para Veneza, a cidade em que, segundo sua mãe, coisas mágicas acontecem. Lá eles são abrigados por um jovem ladrão mascarado Scipio que se intitula o Senhor dos Ladrões e passam a viver com mais outras três crianças sob o cuidado de Scipio em um velho cinema. A oportunidade de uma aventura surge quando um cliente oferece ao Senhor dos Ladrões 50 mil dólares por uma peça de um misterioso carrossel.

O Senhor dos Ladrões é um filme feito para o público infantil. E embora eu tenha um fraco por histórias fantásticas, é impossível não reconhecer a produção bem feita do longa. Além do cenário deslumbrante de Veneza, a história é cativante e as crianças são nada mais do que crianças, mas com sede de aventura e coragem para fazer seus sonhos acontecerem. De fato, os dois rapazes principais são os melhores. Aaron Jonhson que interpreta Prosper é uma excelente adição ao elenco e demonstra as habilidades necessárias para se tornar um grande ator no futuro. Já o rapaz qu interpreta Scipio Rollo Weeks, tem um charme adulto absolutamente hipnotizante, e interpreta um jovem ladrão com todas as características que este deve ter.

A história é envolvente mas acima de tudo é a situação em que as crianças se encontram que torna o filme interessante. Como tantos outros antes dele, O Senhor dos Ladrões apresenta a oportunidade de ser feliz para crianças sofridas, órfãs ou pobres. E dessa vez, não há drama na situação deles. Eles são felizes e vivem a vida com o máximo de intensidade possível, não dando tanta importância aos acontecimentos que os tornam diferentes.

Senhor dos Ladrões não atrair por seus efeitos especiais ou pela inteligência surpreendente de seu roteiro. Atrai pela fascinação que é gerada pelas crianças que demonstram mais coragem e discernimento do que muitos adultos e o que isso representa na vida de cada uma. Além disso, é uma aventura com um toque de magia, o que torna qualquer filme irresistível.


NOVIDADES: Prevista para 1° de julho de 2009 a estréia da terceira parte do longa dirigido pelo brasileiro Carlos Saldanha, Ice Age 3: Dawn of the Dinosaurs. Saldanha já tinha dirigido o segundo filme e feito parte da equipe no primeiro. Agora basta esperar e ver se ele irá continuar agradando pela comédia que conquistou o mundo desde Era do Gelo 1.


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segunda-feira, 23 de junho de 2008

The Happening


Ficha Técnica:

Fim dos Tempos (The Happening) EUA 2008

Diretor: M. Night Shyamalan

Estúdio: Barry Mendel Productions

Elenco: Mark Wahlberg, Zooey Deschanel, John Leguizamo, Ashlyn Sanchez


Quando um evento inexplicável começa a acontecer no Central Park, um alerta é dado para toda a região nordeste dos Estados Unidos. Uma aparente toxina no ar faz com que todas as pessoas que entrem em contato com ela cometam suicídio e ao que tudo indica, os alvos são as populações maiores e as cidades principais. Sabendo disso, o professor de ciências Elliot Moore, foge com a mulher e outro pequeno grupo para o interior e o evento se torna cada mais mais presente, quando começa a atacar cidades menores e mesmo as estradas no campo.

M. Night Shyamalan demonstrou seu talento em filmes como "O Sexto Sentido" e "Sinais", provando que tem o dom de fazer o sangue gelar em suas produções, deixando o espectador aflito e atento. O problema é que depois disso o diretor escorregou com "A Vila" e o péssimo "A Dama na Água" ambos fracassos de público e crítica. Em Fim dos Tempos, Shyamalan felizmente se restringiu a elementos digamos mais "naturais" procurando se controlar mesmo quando tem a perceptível vontade de extrapolar para o inacreditável. Os primeiros momentos do filme, quando as pessoas começam a se suicidar, são de fato responsáveis pela respiração ofegante daqueles que acompanham a história nos momentos seguintes. Em especial porque os suicídios são cometidos como se fossem algo trivial, simples, como atravessar uma rua, dando um tom ainda mais sombrio a uma morte já assustadora.

O filme desenvolve a curiosidade do espectador sobre as razões dos acontecimentos que assolam a costa leste dos Estados Unidos, mas não satisfazem essa curiosidade como deveriam. O ritmo se torna um pouco sonolento e as surpresas param de acontecer, deixando quem o assiste apenas ansioso pelo final. A atuação de Mark Wahlberg só poder ser descrita como inexplicável. O ator é excelente, mas de uma forma ironicamente assustadora, ele parece nem mesmo estar convencido do papel que representa. As falas de raiva ou tristeza são ditas com a mesma intensidade e expressão de qualquer outra e fato incômodo no filme é que todos os personagens parecem ser loucos. E não conseguimos discernir se é atuação ruim, má direção ou simplesmente a bizarra visão de Shyamalan em ação.

Em resumo, os momentos iniciais são excelentes. Mas ao longo do filme, as cenas se tornam desnecessariamente sanguinárias e o enredo fica monótono, fazendo de Fim dos Tempos no máximo um filme "bom" com desânimo. Mas esperamos que isto seja um sinal de recuperação de Shyamalan e que possamos ver seu antigo dom para o inexplorado voltar com tudo em sua próxima produção.


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domingo, 22 de junho de 2008

Get Smart


Ficha Técnica:

Agente 86 (Get Smart) EUA 2008

Diretor: Peter Segal

Estúdio: Warner Bros Pictures

Elenco: Steve Carell, Anne Hathaway, Alan Arkin, Dwayne "The Rock" Jonhson, Terrence Stamp


E estreou esta sexta-feira no Brasil o filme Agente 86, inspirado na série de 1965 criada pelo infame Mel Brooks. Um agente tático, Maxwell Smart, responsável apenas por relatórios e gravações tem sua chance de trabalhar como agente de campo quando todos os rostos dos agentes de sua organização C.O.N.T.R.O.L.E são comprometidos. Ele tem como sua parceira a bela Agente 99 que recentemente passou por uma cirurgia plástica, tornando seu rosto impossível de reconhecer. A missão de Smart, Agente 86 e da Agente 99 é investigar uma instituição maligna que se acreditava ter acabado a mais de 20 anos, a K.A.O.S.

Eu posso dizer que sou exigente até demais para comédias. E é porque este gênero é um dos mais difíceis de fazer, especialmente hoje quando comédia para os americanos se resume a sexo. Agente 86 é exatamente como a série era a 40 anos atrás, se alimentando da comédia simples sem ser pastelão. A incompetência da organização C.O.N.T.R.O.L.E é igual a da inimiga K.A.O.S tornando a briga entre as duas motivo garantido de risadas. Steve Carell já provou seu potencial para comédia antes, e em Agente 86 ele encarna com perfeição o homem interpretado perfeitamente por Don Adams em 65 e o filme conserva muitos dos elementos originais da série, como o Sapatofone e o estúpido Cone do Silêncio.

Alan Arkin também está excelente como o chefe do C.O.N.T.R.O.L.E tendo muitas das falas mais engraçadas do filme e dando força ao seu personagem que deveria ser coadjuvante. O filme ainda conta com alusões engraçadíssimas ao presidente Bush, como um homem alienado e burro que não faz a menor idéia do que está acontecendo com ele. O mais incrível porém, é que além da comédia perfeita de Agente 86, o filme também conta com boas cenas de ação, aliadas às falas inteligentes dos personagens como Anne Hathaway e Carell.

Mel Brooks é um gênio da comédia. Mas o novo Agente 86 não deixa a desejar em relação a versão original, prendendo o espectador do começo ao fim e arrancando risadas mesmo dos mais sérios. Aproveitem os cinemas, vale muito a pena conferir!


Na lista de filmes mais esperados, temos aí chegando aos cinemas o novo longa da Pixar Wall-E, o novo Batman, o espetacularmente sacado filme Wanted entre outros. Sem dúvida 2008 têm sido um bom ano para o cinema! Espero ver Kung Fu Panda em breve e espero mais ainda que seja bom!


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sábado, 21 de junho de 2008

Little Miss Sunshine


Ficha Técnica:

Pequena Miss Sunshine (Little Miss Sunshine) EUA 2006

Diretores: Jonathan Dayton e Valerie Faris

Estúdio: Big Beach Films
Elenco: Toni Collete, Steve Carell, Paul Dano, Abigail Breslin, Greg Kinnear, Alan Arkin.


Uma família extremamente problemática vê em um concurso de beleza infantil, a única chance de buscar a felicidade de um de seus membros, a menina mais nova Oliver. Com o pouco dinheiro que tem, eles viajam para a Califórnia em uma Kombi velha que literalmente precisa de um empurrão, para participar do concurso Pequena Miss Sunshine. Uma série de eventos que ocorrem durante a longa viagem, faz cada membro da família questionar seus próprios valores, enquanto a pequena Oliver aguarda pacientemente.

Pequena Miss Sunshine é um filme barato. E isso não é ruim. Mas isso torna ele um filme absolutamente dependente de seus atores, uma vez que ele é quase que completamente passado dentro de uma Kombi em movimento. Transformar situações cotidianas que raramente fogem do ordinário em algo que captura a atenção não é uma tarefa fácil. Mas o filme é bem escrito e os atores interpretam seus papéis com perfeição. A produção conta com grandes nomes como Toni Colette e Steve Carell e antes de assistir ao filme ouvi diversos comentários que diziam que a menina Oliver (Abigail Breslin) era a melhor coisa de Pequena Miss Sunshine. Reconheço o talento de Breslin, não só por esta produção, mas por outras, mas não concordo que ela é a melhor. E devo dizer que embora Steve Carell seja a SEGUNDA melhor coisa do filme, o que realmente me impressionou foi o menor nome na capa do filme Paul Dano. O garoto representa um menino que fez um voto de silêncio e odeia a vida, como muitos dos jovens de hoje. Mas mesmo sem falar em quase todo o filme, Paul Dano consegue representar muito melhor suas emoções, através apenas de olhares e linguagem corporal. Para mim, em todas as cenas que ele aparece, a atenção do espectador vai diretamente para ele, e impressiona cada vez mais.

Embora Pequena Miss Sunshine tenha cenas engraçadas, o filme não é de comédia. É um drama, e um bom drama sem ser apelativo demais. O que acontece com a família é uma enorme junção de circunstâncias que os fazem questionar a justiça da vida, mas para apenas descobrirem depois que enquanto estiverem juntos, ainda existe alguma coisa para se agradecer.


CURIOSIDADES: Pequena Miss Sunshine foi indicado a 4 Oscars e ganhou dois. Uma destas indicações foi de melhor atriz coadjuvante para Abigail Breslin. Além do Oscar, o filme foi indicado para 46 outras categorias e ganhou 41 prêmios.


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Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street


Ficha Técnica:

Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet (Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street) EUA 2007

Diretor: Tim Burton

Estúdio: DreamWorks Pictures

Elenco: Johnny Depp, Helena Bonham-Carter, Timothy Spall, Alan Rickman


Sweeney Todd é baseado no famoso musical da Brodway de mesmo nome. Um homem volta a Londres depois de ficar preso por 15 anos, devido a um golpe de um juiz que desejava se casar com sua esposa. Quando ele retorna, sedento de vingança, descobre que sua filha está na posse do seu maior inimigo e monta uma barbearia na parceria da fabricante de tortas Sra. Lovett. Juntos eles dão início a um negócio sinistro que prospera inesperadamente.

Sem nenhuma intenção de favorecer está aí outro brilhante filme de Tim Burton e novamente com Johnny Depp e Helena Bonham-Carter. Sweeney Todd lembra muito o filme "Lenda do Cavaleiro sem Cabeça" pela quantidade de sangue um tanto destacado na paisagem cinza e bege que ilustra toda a produção. Embora seja de fato violento, o filme não depende do assassinato em si para ilustrar o desejo cego de vingança de Todd. Os atores contribuem muito para este fato, no caso de Depp, seu olhar permanece o mesmo em todo o filme, um olhar que só um excelente ator saberia representar com perfeição e a sempre descabelada Helena Bonham-Carter já representa o papel de uma mulher tranquila e aparentemente inocente, mas que não hesita em matar como se fosse algo cotidiano.

Embora o responsável musical Danny Elfman (outro aliado de Burton) não esteja presente na produção, o musical é impecável. As músicas tem um certo tom de ironia, uma vez que falam de coisas sanguinárias ou de vingança, mas sempre com um ritmo alegre, e os duetos de Carter e Depp apenas reforçam a química perfeita que os atores tem na tela, já vista em outras tantas produções.

Mesmo que tenha adorado Sweeney Todd, sou obrigada a admitir que, como qualquer outro filme um tanto violento ele não seja para todos. Mas o importante é focar na arte que é feita em cada cena e em cada figurino e na impecável atuação de todos os atores, mesmo os que parecem menos importantes.


CURIOSIDADES: Sweeney Todd foi indicado a 3 Oscars este ano e levou um. Além disso ganhou 15 outros prêmios e 25 outras indicações.


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quarta-feira, 18 de junho de 2008

Bad Boys II


Ficha Técnica:

Bad Boys II (Bad Boys II) EUA 2003

Diretor: Michael Bay

Estúdio: Columbia Pictures Corporation

Elenco: Will Smith, Martin Lawrence, Gabrielle Union, Joe Pantoliano, Jordi Mollà


O diretor Michael Bay de "A Ilha" não deixa a desejar no quesito ação no longa Bad Boys II. O filme narra a história de dois policiais de Miami, Mike e Marcus que são amigos e parceiros há muitos anos. No meio das brigas dos dois policiais, eles tem que provar e prender um dos maiores traficantes de Cuba, Johny Tapia, mas a irmã de Marcus que é também namorada de Mike está trabalhando como agente de narcóticos disfarçada, tornando o caminho até o traficante muito mais difícil.

A combinação entre Michael Bay e o produtor Jerry Bruckheimer já provou dar certo nas bilheterias e na crítica em inúmeras produções como "Pearl Harbor" e "Armageddon" e o forte da dupla é sem dúvida a ação. Ação é o que não falta em Bad Boys II, mas ao contrário dos anteriores, este longa faz uma aliança perfeita entre cenas explosivas e muitas (MUITAS) perseguições furiosas com comédia inteligente, vindas em especial do excelente Martin Lawrence (Marcus). Will Smith, como já sabemos, não escolhe filmes ruins para fazer e dá sempre o melhor de si, sabendo ser um galã simpático, comediante ou excelente ator dramático.

Bad Boys não impressiona no enredo. Mas quem precisa de enredo com um ritmo tão alucinante e atuações tão brilhantes? Sem dúvida um must see para os fãs de filmes de ação!


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segunda-feira, 16 de junho de 2008

National Treasure


Ficha Técnica:

A Lenda do Tesouro Perdido (National Treasure) EUA 2004

Diretor: John Turteltaub

Estúdio: Walt Disney Pictures

Elenco: Nicolas Cage, Diane Kruger, Justin Bartha, Sean Bean, Jon Voight


Um caçador de tesouros chamado Benjamin Gates, busca com a ajuda de seu sócio Ian Howe, um tesouro que segundo a lenda foi escondido pelos maçons nos Estados Unidos. A família de Gates passou o segredo deste tesouro de geração em geração e por nunca tê-lo achado, mas por continuar a defendê-lo, ela foi rotulada como louca e perdeu a reputação que tinha. Quando Ian trai o sócio, Gates se vê em uma busca desenfreada por pistas deixadas em locais diversos que levam ao tesouro misterioso, na companhia do amigo Riley e da determinada Abigail Chase que se une de forma inesperada à aventura de Ben.

Ben Gates é uma espécie de Robert Langdon de "O Código da Vinci". Tudo que ele precisa saber nas situações que ele se encontra ele sabe, mesmo os dados mais absurdos e praticamente impossíveis de serem aprendidos e muito menos guardados por uma mente humana normal. Esse fator estraga o filme em muitos de seus momentos, mas é um filme de ação, então estamos prontos a aceitar que estes deslizes serão cometidos. Fora esse defeito, A Lenda do Tesouro Perdido também é patriótico além da conta e a justificativa de honra familiar não consegue explicar o comportamento de um homem que vive de caçar tesouros.

O filme não é ruim. Também não é excelente. Mas cumpre bem o propósito de deixar o espectador colado na cadeira com a respiração presa a cada segundo. Os obstáculos que ficam no caminho da equipe de Ben são bem mais convincentes que suas miraculosas intervenções intelectuais e o ritmo do longa é sem dúvida eletrizante. Jerry Bruckheimer "o midas do cinema" dá o seu selo a esta produção, assim como a sua sequência (terrível) e prova que tem tato para ação, mas o enredo de seus filmes anteriores como Armageddon costumava ser mais inteligente.

Apesar de tudo recomendo A Lenda do Tesouro Perdido por seu ritmo alucinante, suas breves lições de história em meio aos inúmeros tiros e em especial por Nicolas Cage e Justin Bartha, sendo este último responsável por todas as risadas do filme. E elas não são poucas.


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domingo, 15 de junho de 2008

The Incredible Hulk


Ficha Técnica:

O Incrível Hulk (The Incredible Hulk) EUA 2008

Diretor: Louis Leterrier
Estúdio: Marvel Enterprises

Elenco: Edward Norton, Liv Tyler, Tim Roth, William Hurt, Lou Ferrigno


Este ano tem sido um ano de muitas expectativas e quase todas elas cumpridas muito bem. Não posso dizer que sou fã de Hulk, apesar de ser fã de quadrinhos, mas o novo filme do monstro verde não me decepcionou.

Depois de um acidente com radiação Gama, o cientista Bruce Banner se vê forçado a fugir das garras do General Ross, que quer transformar o sangue alterado de Banner em uma arma militar. O homem naturalmente conhece a natureza de sua transformação e sabe que ela não pode ser facilmente controlada. Em meio as dificuldades de sua fuga, está o amor de sua vida Dra. Elizabeth Ross, filha do General que o caça com tanta determinação.

Fiquei surpresa com a crítica da revista Veja que desmereceu a história do herói por sua falta de habilidades, digamos mais, articuladas. De fato a essência de Hulk é ficar grande e quebrar coisas, mas seu dilema não é reduzido somente a isso. A história deste novo filme assumiu um caráter de ação e não de drama e melancolia como o anterior e cumpre esse papel com perfeição. Edward Norton demonstra mais uma vez sua excelência como ator, assim como Tim Roth que representa um soldado obstinado que acaba se tranformando em uma versão psicopata de Hulk. O General interpretado por William Hurt, lembra exatamente o dos quadrinhos e convence muito na sua obsessão em capturar Banner.

Como brasileira, tenho que comentar a passagem da favela da rocinha, logo no início do filme, onde Banner fica refugiado por vários dias. Eu ESTAVA contente em ver que eles usaram atores brasileiros, e de fato na rocinha ao contrário de filmes como "Bem vindo a selva" onde os atores tem bigodes negros e sotaque de mexicanos. Mas esse contentamento foi por água abaixo quando vi um dos "encrenqueiros" da fábrica onde Banner trabalha sendo dublados, e pior, por um dublador MUITO ruim. Esse tipo de coisa enfurece os espectadores brasileiros ou ao menos, como pude constatar arranca boas risadas, o que definitivamente não era a essência.

Fora essa afronta, sou obrigada a discordar da Veja e achei o filme muito bom e infinitamente superior ao seu antecessor embora seja também obrigada a admitir que para os não-fãs ele possa parecer um tanto cansativo.


CURIOSIDADES: O nosso amado Iron Man, Tony Stark, faz uma aparição no filme, já introduzindo um fato que foi também introduzido no seu próprio filme. A Iniciativa dos Vingadores. Reza a lenda que tem um filme a caminho sobre esta Iniciativa que une heróis da Marvel como Hulk, Iron Man, SpiderMan, Capitão América e alguns outros não confirmados. Espero duas coisas: que o boato seja verdadeiro e que o filme saiba unir grandes nomes, sem transformar a história em pretexto para bilheteria.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Mr. Magorium's Wonder Emporium


Ficha Técnica:
A loja mágica de brinquedos (Mr. Magorium's Wonder Emporium) EUA 2007
Diretor: Zach Helm
Estúdio: Mandate Pictures
Elenco: Dustin Hoffman, Natalie Portman, Zach Mills, Jason Bateman.


Em A Loja Mágica de Brinquedos, Molly Mahoney uma gerente confusa com a música que compõe tem que lidar com o dia a dia de um lugar muito especial. Uma loja de brinquedos onde tudo tem vida, especialmente o seu dono, Mr. Magorium. Magorium tem um jeito muito especial de ver a vida e quando percebe que a sua própria vai acabar depois de muitos e muitos anos, ele precisa convencer a imaginativa Molly a tomar as rédeas da loja. Para isso ele conta com a ajuda do garoto que é funcionário e colecionador de chapéus, Eric Apllebaum.

A Loja Mágica de brinquedos começa a ganhar pelas atuações excelentes de Natalie Portman e Dustin Hoffman (não que isso seja surpresa). Ambos retratam com perfeição pessoas diferentes e que não se importam em enxergar coisas que as vezes parecem um tanto lunáticas para homens sérios como o contador interpretado por Jason Bateman. Mas o mais especial contudo é a maneira com que a história é narrada, de forma adoravelmente louca, em capítulos com nomes muito interessantes e títulos dados a todas as pessoas como Jessica, que comprou um chapéu de cowboy ou Andy, o garoto que gosta de colorir. Assim é a vida de Mahoney e Magorium, magia em cada canto, em cada brinquedo, em cada pessoa. Há também outro detalhe especial, o fato de a loja ter vida e temperamento, como uma pessoa de verdade, que quando fica nervosa ou triste perde todas as suas cores para dar lugar a um cinza velho e esfumaçado.

Naturalmente, A Loja Mágica de Brinquedos não possui uma trama inteligente ou política, mas tem a intenção de provocar reflexão como tantos outros filmes do gênero sobre as pessoas que perdem a magia da vida, que vivem em um mundo cinza e sem música. E essa reflexão é feita na base da simplicidade de uma loja de brinquedos. Pois segundo Magorium, é preciso acreditar para ver.


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quinta-feira, 12 de junho de 2008

Bridge to Terabithia


Ficha Técnica:

Ponte para Terabítia (Bridge to Terabithia) EUA 2007

Diretor: Gabor Csupo

Estúdio: Hal Lieberman Company

Elenco: Josh Hutcherson, Anna Sophia Robb, Robert Patrick, Zooey Deschanel


Em Ponte para Terabítia, Jess, um garoto pobre e um tanto solitário tem sua vida virada de ponta cabeça ao conhecer a imaginativa Leslie. Para fugir dos problemas da escola e de casa, Leslie e Jess criam juntos um mundo fantástico chamado Terabítia. Jess resiste a princípio, não acreditando nas coisas que Leslie diz ver, mas a imaginação da garota é tão espetacular que ele começa a enxergar Terabítia em cada detalhe, como se ela fosse de fato real.

Não há uma maneira certa de começar a descrever a beleza e perfeição que é Ponte para Terabítia. A história é simplesmente mágica e ao contrário de outros filmes do mesmo gênero, Terabítia se aproveita mais das excelentes atuações de Anna Sophia Robb (Leslie) e Josh Hutcherson (Jess) do que da computação gráfica ou da verdadeira criação de um mundo novo. Anna Sophia é uma agradabilíssima surpresa, uma menina que transmite vivacidade e especialmente a energia positiva e imaginação de sua personagem. O mesmo acontece com Josh, que interpreta com perfeição as dificuldades de uma quase-adolescência. A amizade entre Leslie e Jess é pura, simples e perfeita. Ela imagina, ele desenha e juntos eles descobrem o poder de ter um ao outro mesmo nas horas mais difíceis.

Ponte para Terabítia é um drama, e como todo bom drama tem uma lição a nos passar. Leslie vê o potencial em todas as coisas, o potencial de se tornarem coisas boas e de ver a vida como uma aventura a ser descoberta. E esse é o segredo de sua felicidade. A lição principal que ela passa porém é "fechar os olhos, mas manter a mente bem aberta". Em um mundo onde tudo é entregue pronto, brinquedos, filmes e jogos, Ponte para Terabítia destaca a importância da imaginação e o poder que ela tem na mente de quem realmente acredita.

Um filme absolutamente brilhante em todos os seus aspectos e devo dizer, um dos meus favoritos. Vale mesmo a pena conferir.


Fico por aqui hoje!

Até breve!

terça-feira, 10 de junho de 2008

Charlie and the Chocolate Factory


Ficha Técnica:

A Fantástica Fábrica de Chocolate (Charlie and the Chocolate Factory) EUA 2005

Diretor: Tim Burton

Estúdio: Warner Bros Pictures

Elenco: Johnny Depp, Helena Bonham-Carter, Freddie Highmore, David Kelly, Deep Roy, Christopher Lee.


A Fantástica Fábrica de Chocolate, remake do filme de Mel Stuart de 1971, conta a história de Charlie, um menino simples e de bom coração que vê uma oportunidade imperdível ao ser um dos ganhadores do bilhete de ouro do doceiro mais famoso do mundo, Willy Wonka. O bilhete, dá direito a um dia de visita acompanhado por um responsável, tendo como guia o próprio misterioso e controverso Wonka e ao fim deste dia será dado a uma das crianças um presente especial.

A Fantástica Fábrica de Chocolate é visualmente deslumbrante. Todas as cenas em cores vivas e personagens cômicos foram inspirados nas verdadeiras ilustrações do livro e capturam a imaginação como nunca fora feito antes. Tim Burton (como já mencionei um dos meus diretores preferidos) entendo de imaginação como ninguém mais e não deixa a desejar em cada mínimo detalhe do filme.

O elenco (que Burton gosta de manter) conta com três nomes já presentes em outras produções do diretor: Johnny Depp que interpreta Wonka, Freddie Highmore que interpreta Charlie e Helena Bonham-Carter que interpreta a mãe de Charlie. É claro pela atuação sem falhas dos três, em especial de Depp e Highmore, que Tim Burton sabe escolher os atores de seus filmes, pois ninguém mais poderia ter dado vida ao excêntrico Willy Wonka da maneira com que o (também excêntrico) Johnny Depp o fez. E Highmore já é famoso por seu charme infantil e excelente atuação sem apelar para o "ser bonitinho". Além disso, as crianças que contracenam com Freddie também são excelentes e ofuscam os adultos em muitas das cenas.

Embora o elenco e o visual do filme sejam livres de crítica, o que realmente difrerencia A Fantástica Fábrica de Chocolate de um filme bobo e sem propósito são os ensinamentos que o filme traz para os pais e não para as crianças. O longa mostra as consequências de comportamento comum nos pais modernos que criam seres humanos abomináveis que tem que aprender da pior forma possível. Mimar, incentivar a obsessão por vitória, não cuidar da alimentação e deixar que a criança largue livros e atividades ao ar livre por televisão e videogames o tempo todo são os problemas retratados por cada criança que vai a fábrica. E cada uma delas, sofre as consequencias dessa educação falha, passando por humilhação e derrota.

A Fantástica Fábrica de Chocolate vale por todos estes fatores unidos. A trilha sonora brilhante de Danny Elfman, a direção espetacular de Tim Burton, o brilho individual dos atores, o visual impecável e a história completamente imaginativa, mas pertinente aos valores reais e atuais tornam o longa um must see na lista de qualquer pessoa.


Fico por aqui hoje!

Até breve!

sábado, 7 de junho de 2008

The Thomas Crown Affair


Ficha Técnica:

Thomas Crown - A Arte do Crime (The Thomas Crown Affair) EUA 1999

Diretor: John McTiernan

Estúdio: United Artists

Elenco: Rene Russo, Pierce Brosnan, Denis Leary, Ben Gazzara


Thomas Crown, um playboy milionário se diverte roubando obras de arte de galerias famosas e tem tudo que pode querer, exceto um desafio. Ele conhece então a detetive Catherine Banning, que investiga o caso de um roubo feito no Metropolitan Museum of Art de Nova York, roubo este, naturalmente feito por ele. O que Crown não esperava é que, assim como ele, a sensual detetive sente prazer na caçada além de ser inteligente e obstinada, muito mais do que seus colegas de trabalho.

O filme é uma história de amor. Mas em nada se parece com os romances batidos que surgem todos os dias em Hollywood. A história é envolvente, o ritmo rápido e os personagens extremamente charmosos. Catherine e Crown são aquele casal que nós sabemos que nunca vai existir, com todo o sex appeal e inteligência que têm, mas justamente por isso são tão divertidos. Pierce Brosnan e Rene Russo são excelentes atores e que tem uma química inigualável em Thomas Crown. O roubo que dá base para o enredo é surpreendente e misterioso, como todo bom filme de ladrões deve ser e a cena final do filme é simplesmente perfeita. Talvez o melhor desfecho que já vi.

Thomas Crown vale a pena por seu fator de possibilidade, por seus diálogos, por seus atores e mesmo pelo romance irresistível dos personagens. Um filme que une dois universos em perfeita harmonia e não deixa de ser movimentado e divertido.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

The Last Samurai


Ficha Técnica:

O Último Samurai (The Last Samurai) EUA 2003

Diretor: Edward Zwick

Estúdio: Warner Bros Company

Elenco: Tom Cruise, Ken Watanabe, Billy Connolly, Timothy Spall, Masato Harada, Koyuki.


Um sobrevivente da famosa batalha (ou massacre) de Little Bighorn, Capitão Nathan Algren, é contratado para treinar um exército japonês que irá guerrear contra os samurais, guerreiros do Japão feudal. A história acontece durante a Era Meiji, onde o Japão estava em conflito entre se modernizar e deixar a civilização ocidental interferir ou permanecer com as tradições antigas, como a dos samurais. Em um primeiro e precipitado ataque contra os guerreiros feudais, o exército japonês é derrotado e Nathan é levado para viver em cativeiro com os samurais. Lá ele estuda a origem e o estilo de vida dos guerreiros que outrora foram chamados de selvagens e aprende o significado da honra, da lealdade e do serviço.

Tudo bem, Tom Cruise (Nathan Algren) não poderia aprender a lutar como um samurai que passa a vida aprendendo as artes da espada no tempo que ele aprendeu, mas são pequenos deslizes que estamos prontos a aceitar em nome do bem maior de Hollywood. Afora este pequeno fato, O Último Samurai é um filme absolutamente brilhante e devo acrescentar, com uma fotografia de tirar o fôlego, mostrando o melhor do país nipônico. Tom Cruise pode ser galã, mas nem por isso deixa de ser bom ator. Ken Watanabe, que já participou de inúmeras produções de sucesso como "Memórias de uma Gueixa", "Cartas de Iwo Jima" e "Batman Begins", é perfeito para o papel do samurai honroso ávido por aprender sobre seu adversário; Katsumoto.

O filme traz uma lição de vida sobre o preconceito e sobre as dores da guerra que assombram o capitão Algren. Com os samurais, ele aprende a ser cuidadoso, a lutar com arte e a executar cada tarefa do seu dia com perfeição e embora os japoneses tenham fama de ser um tanto sistemáticos, lições tiradas do mundo dos samurais são extremamente necessárias nos dias de hoje e não há nenhuma classe guerreira no mundo que lutasse com o espírito de batalha dos samurais.

O Último Samurai traz excelentes atores mesmo nos menores papéis, uma fotografia maravilhosa, uma história interessante e cenas de ação aliadas com maestria à arte delicada dos japoneses. Uma aposta certa para qualquer pessoa que queira assistir a um bom filme!


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segunda-feira, 2 de junho de 2008

Marie Antoinette


Ficha Técnica:

Maria Antonieta (Marie Antoinette) EUA 2006

Diretora: Sofia Coppola

Estúdio: Columbia Pictures Corporation

Elenco: Kirsten Dunst, Jason Schwartzman, Judy Davis, Rip Torn


O reinado da mais controversa e famosa rainha da França é retratado de forma pouco convencional em Maria Antonieta, de Sofia Coppola. A rainha que se casa aos 15 anos se cansa da vida tediosa da corte e dos boatos que correm em torno de sua pessoa e resolve se render aos prazeres da realeza, dando festas, apostando e comprando sapatos enquanto o povo passa fome. Ela tem que enfrentar os olhares furiosos da nobreza e eventualmente a fúria do povo que provoca sua morte.

Kirsten Dunst está como sempre adorável e convincente no papel da rainha que a princípio está perdida, mas logo encontra seu lugar entre os nobres e o rei Luís também não desaponta, mesmo fazendo o papel de um homem "peso morto" que tem as atitudes ditadas pelas pessoas que o cercam. O diferencial de Maria Antonieta é a maneira com que Sofia Coppola retratou a vida do século dezesseis na França. Ela faz um paralelo com as festas adolescentes e o pensamento superficial e consumista das sociedades atuais. Embora esta visão seja interessante, há momentos em que o filme parece perder o foco e fica um tanto tedioso e pouco relacionado com a verdadeira história de Maria Antonieta. A trilha sonora é boa, mas eu compreendo que possa insultar àqueles que desejam ver um contexto histórico respeitado e que certamente não inclui rock'n'roll.

De uma maneira geral, Maria Antonieta é mais crítico do que histórico e decisões como fazer todo o elenco (em especial a rainha) ser americano insultou os franceses e outros admiradores da fidelidade histórica. O filme é para os admiradores da visão artística de Sofia Coppola e impressiona nos fatores figurino e fotografia.


Fico por aqui hoje!

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domingo, 1 de junho de 2008

The Chronicles of Narnia: Prince Caspian


Ficha Técnica:

As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian (The Chronicles of Narnia: Prince Caspian)

Diretor: Andrew Adamson

Estúdio: Walt Disney Pictures

Elenco: Ben Barnes, Anna Popplewel, Georgie Henley, Skandar Keynes, William Moseley


Até que gostaria de ter falado um pouco de O Leão, a Feiticeira e o Guarda Roupa (o primeiro filme de Nárnia) antes, mas nao tendo sido possível vou contextualizar brevemente. No primeiro filme da série baseada nos sete livros de C.S. Lewis, As Crônicas de Nárnia, quatro irmãos ingleses são transportados a um reino mágico, de onde descobrem serem os futuros reis e rainhas, depois de travarem batalhas com forças malignas. Neste segundo filme, os irmãos Pevensie são chamados de volta a Nárnia por um príncipe refugiado das terras vizinhas, Caspian. Juntos, eles devem lutar contra o tio de Caspian, que quer o sobrinho morto para ter direitos sobre o trono e cuja nação, Telmar, dizimou as criaturas mágicas de Nárnia e os mantém sobre constante vigilância.

C.S Lewis é junto com Tolkien meu autor preferido. E Nárnia é sua obra prima. Desnecessário dizer que os filmes não chegam perto de traduzir toda a beleza e magia dos livros de Lewis, mas isso não quer dizer que não sejam excelentes. Já ouvi mais de uma vez "Ué, mas Nárnia não é pra crianças?" Eu responderia que não embora compreendesse quem pensa de forma diferente. O primeiro filme é mais infantil que o segundo, mas é igualmente brilhante. As crianças de Nárnia ao contrário dos atores mirins de filmes como Harry Potter, transmitem maturidade e ao mesmo tempo inocência para o espectador.

A surpresa maior para mim foi o personagem Edmund. Tratado nos filmes como típico assistente de herói, Edmund impressiona muito mais que Peter e Caspian que são os mais bonitos, mais fortes e principais. Edmund luta melhor, é melhor ator, tem os diálogos mais interessantes e o ar mais convincente. Caspian é bom também, mas talvez certinho demais para uma guerra e Peter sofre tantos conflitos internos que se perde no filme. A menina Georgie Henley que interpreta Lucy, a mais nova, está adorável e corajosa como no primeiro e é o maior trunfo do filme. Sua irmã, Susan (Anna Popplewel) melhorou consideravelmente do primeiro filme e está mais adulta, mais treinada e simplesmente perfeita nas cenas de combate.

O enredo do novo filme está melhor, os atores amadureceram e as cenas de luta são espetaculares sem serem exageradas. Sou fã de Nárnia (agora mais ainda) e aguardo ansiosa para os próximos filmes!


CURIOSIDADES: Bem para quem não sabe, Nárnia é composta de sete livros. O primeiro filme da série é o segundo livro. E o segundo (Principe Caspian) é o quarto. Na verdade creio que o estúdio tenha escolhido os livros onde os irmãos Pevensie aparecem e estes são somente quatro. Em cada livro, crianças diferentes vivem aventuras e no último, TODAS a exceção de Susan voltam a Nárnia juntas. Quem gosta de ler, não perca a oportunidade de ler os sete livros!


Fico por aqui hoje!

Até breve!