segunda-feira, 30 de março de 2009

The Sixth Sense


Ficha Técnica:

O Sexto Sentido (The Sixth Sense) EUA 1999

"I see dead people"

Diretor: M. Night Shyamalan

Escritor: M. Night Shyamalan (roteiro)

Estúdio: Barry Mendel Productions

Elenco: Bruce Willis, Haley Joel Osment, Tony Collete, Mischa Barton, Donnie Wahlberg


Um psicólogo infantil sofre um atentado de um dos pacientes que ele não conseguiu curar. Anos depois ele vê em Cole, um menino com os mesmos sintomas de seu antigo paciente, a chance de se redimir. Cole é recluso, anti-social e acima de tudo ele possui um segredo que só divide com o psicólogo Malcom Crowe: ele vê espíritos que não sabem que estão mortos e continuam seguindo suas vidas como se nada tivesse acontecido.

É desnecessário dizer que uma das coisas que mais atrai em O Sexto Sentido é o final surpreendente (que eu obviamente não irei revelar), mas mesmo para quem já conhece o final, vale a pena assistir o filme mais uma vez, apenas para contemplar e observar a perfeição com que foi executado, tendo agora informações adicionais.

Shyamalan, diretor um tanto instável, fez sucesso com este longa sobre o perturbado menino Cole. Mas ao contrário de outros suspenses que Shyamalan viria a dirigir, Sexto Sentido é ao mesmo tempo tenso e belo. As cenas são pensadas em seus mínimos detalhes, pequenas coisas assustadoras como portas de armários se abrindo em questão de segundos sem a menor explicação. O fato de que os "fantasmas" possam machucar Cole só torna o suspense um tanto pior a medida que o espectador começa a compreender as estranhezas do universo do menino e sentir na pele sua aflição.

As revelações perturbadoras de Cole e as cenas de pânico do garoto são frutos de um bom roteiro e boa direção, mas acima de tudo de uma excepcional atuação do menino Haley Joel Osment, que foi indicado ao Oscar pelo seu papel em o Sexto Sentido. A inocência de uma criança, com o rosto tão angelical como o de Cole, se mescla com a força do psicológico que o atinge, transformando-o em um menino com olhos de adulto transtornado.

A força do suspense se encontra também na completa solidão de Cole que tem plena consciência de que terá de lidar com tudo sozinho, já que não há ninguém (como normalmente acontece em filmes do gênero) que acredite na sua habilidade de falar com os mortos, quase sempre violentos. O melhor filme de Shyamalan, o Sexto Sentido vale a pena por todos os seus aspectos unidos de forma a deixar o espectador tão angustiado quanto seu protagonista.


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Até breve!

quinta-feira, 26 de março de 2009

Gone with the wind


Ficha Técnica:

...E o vento levou (Gone with the wind) EUA 1939

"The most magnificent picture ever"

Diretor: Victor Fleming

Escritores: Margaret Mitchell (romance)

Sidney Howard (roteiro)

Estúdio: Selznick International Pictures

Elenco: Vivian Leigh, Clark Gable, Hattie McDaniel, Leslie Howard, Olivia de Havilland


Em meio ás dores da guerra da secessão nos EUA, a jovem Scarlett O'Hara tem planos próprios. Embora seja o objeto de desejo de todos os homens, ela quer apenas um que não a ama: Ashley Wilkes, prestes a se casar com a bondosa Melanie. Mas a surpresa vem para Scarlet na forma do visitante de Charleston, um homem diferente e um tanto rude chamado Rhett Butler. Forçada a enfrentar a realidade dura da guerra, Scarlet se transforma de jovem mimada em fazendeira trabalhadora, amante de sua terra de Tara. Rhett e Scarlett criam então uma vida a dois cheia de amor escondido e ressentimento.

...E o Vento Levou é um clássico. Isso não pode ser debatido. Mas mesmo depois de 70 anos, ele continua tão espetacular e de tirar o fôlego como sempre foi. Poucos filmes, hoje ou há 70 anos podem se igualar à fotografia perfeita do romance, repleta de paisagens belas do campo americano. A guerra de secessão se transforma em pano de fundo para uma história de vida espetacular, e Scarlett O'Hara se tornou uma das primeiras heroínas da história do cinema. Sua força, paixão e vivacidade a transformavam numa personagem muito a frente do seu tempo, interpretada com maestria pela belíssima Vivian Leigh.

Esqueçam o romance do século 21. Embora antiquado, o romance do filme é extremamente apelativo ainda hoje e o casal Scarlett e Rhett parece ter sido inspirado na megera domada de Shakespeare, com os melhores toques do Sul dos EUA. A música que serve de trilha sonora para o filme é uma das mais belas já compostas para a sétima arte e pode ser apreciada mesmo anos depois de sua criação. Preparem-se, porém: três horas e meia de duração para um filme da década de 30 não é exatamente o esperado, mas vendo o longa com olhos para apreciar sua beleza, é garantia de que as três horas passarão muito normalmente. Uma belíssima obra prima com grandes nomes do cinema e um clássico para ser apreciado por muitas gerações ainda por vir.


CURIOSIDADES: Na famosa cena de beijo entre Scarlett e Rhett, a atriz que interpretou Scarlett, Vivian Leigh, declarou ter detestado o beijo do ator Clark Gable devido ao seu mau hálito. Mas a cena não perdeu nada com isso.


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Até breve!

quinta-feira, 19 de março de 2009

The Fugitive


Ficha Técnica:

O Fugitivo (The Fugitive) EUA 1993

"A murdered wife. A one-armed man. An obsessed detective. The chase begins"

Diretor: Andrew Davis

Escritores: Roy Huggins (personagens)

David Twohy (história)

Estúdio: Warner Bros Pictures

Elenco: Harrison Ford, Tommy Lee Jones, Julianne Moore, Sela Ward, Joe Pantoliano


O médico-cirurgião, Dr. Richard Kimble, é injustamente acusado do assassinato de sua esposa. Quando Kimble vai ser transferido para outra prisão, o veículo que o transporta sofre um acidente e ele se vê engajado em uma fuga alucinada do agente Sam Gerard enquanto tenta provar sua inocência, caçando o verdadeiro culpado.

O Fugitivo é prova de que um filme de ação não precisa ter "sacação" para ser bem sucedido. A trama de Kimble é envolvente do início ao fim, muito graças às atuações brilhantes de Harrison Ford e Tommy Lee Jones.

O Fugitivo não foi o primeiro e nem será o último a trabalhar com a trama do personagem que é acusado de um crime que não cometeu, mas a fórmula funciona: o espectador permanece angustiado, ansiando a cada minuto para que justiça seja feita na tela. Obviamente, Kimble é o personagem que todos amamos: um médico amoroso e dedicado, que mesmo no ritmo mais alucinante de fuga, arruma maneiras de ajudar os outros, ou de se ajudar sem prejudicar ninguém.

O ritmo frenético não remonta a filmes do estilo Michael Bay, onde o público mal tem tempo de respirar, mas é brilhante justamente por sua execução dosada, no limiar entre desnortear e entediar o espectador. Tommy Lee Jones, que ganhou um Oscar por seu papel como Sam Gerard, é um policial encantador embora seja clichê: durão, persistente, mas capaz de admitir quaisquer erros que ele possa cometer em sua volúvel profissão. Cenas eletrizantes, bons atores, um roteiro bem montado e parte técnica impecável: O Fugitivo faz sua entrada de honra na lista de filmes que nunca vão envelhecer.


NOVIDADES: Tom Cruise revelou para a imprensa japonesa que está trabalhando na continuação de sua série de sucesso, Missão: Impossível 4. A Paramount, responsável sobre os outros filmes da franquia, não se pronunciou sobre o assunto.


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Até breve!

segunda-feira, 16 de março de 2009

The Code


Ficha Técnica:

Jogo Entre Ladrões (The Code) EUA 2009

"Never trust a thief"

Diretora: Mimi Leder

Escritor: Ted Humphrey

Estúdio: Nu Image Films

Elenco: Morgan Freeman, Antonio Banderas, Rhada Mitchell, Robert Forster


Um veterano nos roubos de arte seleciona um ajudante para o auxiliar no roubo de dois ovos Fabergé de uma joalheria chamada "Romanov". Os chamados "ovos misteriosos" só são conhecidos pelos russos e uma complicada teia de relações da máfia se revela aos poucos para os dois ladrões que precisam planejar o golpe e escapar da polícia.

Acho que é seguro dizer que filme de roubo virou moda. Moda mesmo. Infelizmente, as inspirações como "Thomas Crown", "Golpe de Mestre" ou "Onze Homens" não inspiraram tambpem a qualidade. Este é bem o caso de Jogo entre Ladrões que estreou sexta feira aqui no Brasil. O filme parte de um argumento, bem, comum: o roubo de obras de arte valiosas. O problema não é a trama ser batida, mas a forma completamente sem sentido com que ela é executada.

O filme começa com uma série de diálogos incompreensíveis e transforma relações de desconhecidas a íntimas em segundos. O espectador não tem tempo de entender como todas as pessoas se conhecem e muito menos o que todas pretendem. Antonio Banderas dá, provavelmente, a pior atuação de sua carreira e parece bem um adolescente estreante ao invés do ator maduro que é há tantos anos. Morgan Freeman salva um pouco, mas seu papel é tão pobre que não convence nem mesmo o próprio Freeman.

O roubo não é destes inteligentes que esperamos ver depois de tantos filmes surpreendentes. É bem comum, como o restante do filme, e o seu desenrolar é ainda mais enfadonho. Ao que tudo indica, a diretora de seriados Mimi Leder, não sabia muito bem como preencher o tempo do filme e o empanturrou com uma série de acontecimentos aleatórios, cenas de sexo desnecessárias e uma boa porção de bobagem. Um filme feito para deixar o espectador exatamente como ele entrou na sala: neutro.


NOTíCIAS: Em uma entrevista concedida ao site IGN, Sam Raimi revelou novidades sobre o quarto filme da franquia Homem-Aranha.
O diretor afirmou que, atualmente, ele e o roteirista estão trabalhando na história do filme. Sobre o vilão, o cineasta afirmou que não criará nenhum personagem. O vilão presente na continuação será das histórias em quadrinhos.
Segundo Raimi, o quinto filme ainda não está sendo desenvolvido, mesmo depois da Sony ter afirmado que as continuações iriam ser rodadas ao mesmo tempo.
Ao ser questionado sobre a participação de Kirsten Dunst, Raimi afirmou que está esperançoso de que atriz possa estar presente no filme. “Haverá uma história para ela, não seria um longa do Homem-Aranha sem sua presença”, afirmou o diretor em uma entrevista concedida ao site da MTV.

FONTE: CINEMA EM CENA


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quinta-feira, 12 de março de 2009

Fargo


Ficha Técnica:

Fargo (Fargo) EUA 1996

"And ordinary place, an extraordinary thriller"

Diretor: Joel Coen

Escritores: Joel e Ethan Coen (roteiro)

Estúdio: PolyGram Filmed Entertainment

Elenco: William H. Macy, Frances McDormand, Steve Buscemi.


Jerry Lundergaard traça o que ele acredita ser o plano perfeito. Mandar raptar sua mulher para conseguir o dinheiro do resgate do sogro. Mas quando seus parceiros no esquema matam três pessoas e a inteligente chefe de polícia Marge Gunderson fica encarregada da investigação, a vida de Lundergaard vira de pernas para o ar.

Fargo, Dakota do Sul. Exatamente quanta ação e mistério alguém poderia esperar desta minúscula cidade no Norte dos EUA? Joel e Ethan Coen mostraram que aparentemente, muita. Os brilhantes roteiristas de estilo único e irreverente impressionam nesta comédia/suspense, feita para ser apreciada em qualquer época. O crime é simplesmente estúpido. Os criminosos, bem, vamos dizer que eles nada tem de charmosos. E a policial não podia ser mais simpática. Em um golpe brilhante, eles ainda colocaram a personagem da incrível Frances McDormand, grávida, para aumentar ainda mais a sensação de rotina de cidade pequena.

Embora os crimes sejam brutais, os irmãos Coen, tendo Joel na direção, os transformaram em algo quase cômico, no humor negro que somente eles poderiam transmitir, como fizeram em "Queime Depois de Ler". A inesperada virada dos eventos e as arrebatadoras consequencias de uma mentira, cativam o espectador cena após cena, mantendo-o alerta, mas nunca ao ponto da tensão que se sente nos filmes mais pesados de suspense. Uma direção brilhante, um roteiro impecável e atores de tirar o fôlego: Fargo é mais um filme feito para a apreciação cuidadosa dos amantes da sétima arte.


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terça-feira, 10 de março de 2009

Watchmen


Chegamos a mais uma marca no Sétima Arte gente! Mais de 150 postagens no ar! UHUUU!! Obrigada a todos vocês que tiraram minutos do dia pra ler minhas tentativas de crítica e espero que vocês continuem a aproveitar o cinema com tudo que ele oferece. A escritora que vos fala está fazendo um curso de crítica e teoria cinematográfica e eu espero brevemente poder dar relatos mais detalhados sobre os filmes que rolam por ai!

E agora ao nosso filme de hoje


Ficha Técnica:

Watchmen (Watchmen) EUA 2009

"Justice is coming to all of us. No matter what we do"

Diretor: Zack Snyder

Escritores: David Hayter e Alex Tse (roteiro)

Alan Moore (graphic novel)

Estúdio: Warner Bros Pictures

Elenco: Malin Akerman, Billy Crudup, Jackie Earle Haley, Stephen McHattie


Depois do assassinato de um dos vingadores, um grupo de justiceiros da década de 70, Rorshac, um dos únicos remanescentes heróis parte em uma busca por vingança e esclarecimento sobre o que está fazendo com que todos os seus amigos desapareçam e deixem de atuar como os justiceiros que um dia foram.

Watchmen foi votado em 2008 como o filme mais esperado de 2009. Não que isso faça alguma diferença no resultado final, mas filmes que tem um marketing tão pesado e adiantado como o de Watchmen acabam tendo que preencher expectativas que o público nem sequer sabia que possuía. O diferencial do filme e da história, porém, é a completa ausência deste duelo entre o bem e o mal, tão comum nas histórias em quadrinhos. Os heróis não são bem heróis e os vilões são aqueles com os quais todos os mortais, reais ou não, precisam lidar todos os dias: guerra, destruição, violência e o apelo emocional da mídia.

O filme é inteiramente focado nos fortes e inúmeros distúrbios emocionais dos antigos justiceiros que veem suas vidas reduzidas a uma rotina anti-natural, incapazes de fazer aquilo que nasceram para fazer. Afinal de contas, como alguém pode deixar de ser um super-herói? Passar de combater o crime para declarar o imposto de renda? É nestas mudanças e nesta crítica sobre como a sociedade é patética, imersa em sua própria rotina infeliz, que o filme se sustenta. Embora tenha um argumento inteligente e original, Watchmen deixa a desejar no quesito ação (que é de se esperar em um filme do seu estilo, ainda que em proporções pequenas) e em alguns personagens que não tiveram suas personalidades trabalhadas pelos atores ou pelo diretor.

O duelo moral e interno de personagens complexos como Rorshac ou o incrível Dr. Manhattan conquista o espectador, mas infelizmente, depois de quase duas horas de duração, ele já não convence mais e o público aguarda ansioso por uma mudança no cenário repetitivo, ansiando por algo inesperado e desesperado para sair das cabeças perturbadas dos personagens que o acompanham.


DICA: Então pessoal, pra ser justa eu recentemente descobri um site muito interessante sobre cinema e o tenho acompanhado durante um tempo. Tem muito material, novidades, críticas e mais um monte de bobagenzinhas para nós cinéfilos. O endereço é http://www.cinemaemcena.com.br/. Aproveitem!


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terça-feira, 3 de março de 2009

Tropa de Elite


Ficha Técnica:

Tropa de Elite (Elite Squad) Brasil 2007

"Nas ruas do Rio de Janeiro, só a elite sobrevive"

Diretor: José Padilha

Escritores: André Batista (livro)

Bráulio Mantovani (roteiro)

Estúdio: Zazen Produções

Elenco: Wagner Moura, Caio Junqueira, André Ramiro, Fernanda Machado, Fábio Lago


Em Tropa de Elite, o Capitão Nascimento do batalhão de operações especias do Rio, o BOPE, precisa achar um substituto para ele, as vésperas da visita do papa ao Brasil. Ele é designado para treinar uma nova turma para o BOPE e passa a observar de perto dois aspirantes a agentes: André Matias e Neto.

Tropa de Elite chegou no momento certo para chamar a atenção do mundo para o crescimento do cinema brasileiro. Excelentes atores, cenários impecáveis e uma história cativante já eram suficientes para colocar o filme no topo das listas de críticos e de público. Mas a originalidade da abordagem sobre o crime nas favelas e a fiel retratação da realidade transformam Tropa de Elite em uma experiência política e social que gerou questionamentos em diversos países sobre a situação da "guerra civil" no Rio de Janeiro.

O carisma do implacável Capitão Nascimento o transformou em um ídolo nacional e ajudou o já bem sucedido e talentoso Wagner Moura a mostrar do que era capaz para aqueles que ainda não tinham tido a oportunidade de observar sua atuação. O filme é repleto de conflitos morais extremamente discutíveis, mas que mostra apenas o lado dos policiais, fato pelo qual foi muito criticado. Um dos únicos filmes brasileiros que mostram um elenco não tão "estrela", mas que impressiona na hora de mostrar serviço desde o principal até o figurante.

O cenário do Rio contribuiu para o sucesso do filme e é mais um exemplo de como a realidade que retrata pode tocar muito mais aqueles que estão cientes dela do que aqueles que nem sequer sabiam de sua existência. O filme serviu para mostrar que embora o cinema dê prioridade aos conflitos civis na África ou a guerra no Oriente Médio, o Brasil possui um drama pessoal do tipo mais perigoso: um poder paralelo, escondido dos olhos do globo.


NOVIDADES: A Walden Media em parceria com a FOX definiram a data de estréia do terceiro "As Crônicas de Nárnia" para 10 de dezembro de 2010. Desde que a Disney anunciou que não iria financiar o projeto, rumores correram sobre o cancelamento da produção, mas a Fox se apressou em apanhar as sobras e agora está na cabeça das filmagens que começam no verão americano.


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domingo, 1 de março de 2009

Slumdog Millionaire


Ficha Técnica:

Quem Quer Ser um Milionário? (Slumdog Millionaire) RU/França 2008

"Do you believe in destiny?"

Diretor: Danny Boyle

Escritores: Simon Beaufoy (roteiro)

Vikas Swarup (romance)

Estúdio: Pathé

Elenco: Dev Patel, Freida Pinto, Ankur Vikal, Madhur Mittal


Jamal Malik é morador de uma favela em Mumbai, na Índia. Quando ele participa de um programa de TV e ganha 10 milhões de rúpias, a polícia suspeita de fraude e o leva para um interrogatório. Jamal precisa então explicar como é possível que ele tenha acertado respostas que médicos, advogados e outros muito mais educados não teriam acertado.

Slumdog Millionaire chamou a atenção do mundo ao conquistar oito Oscars na cerimônia dos Academy Awards este ano, incluindo melhor filme, melhor diretor e melhor roteiro adaptado. Preciso dizer que fiquei curiosa, mas o que vi não é nada perto do que eu esperava. Com um elenco desconhecido de astros indianos e uma história que poderia facilmente ter se tornado maçante, o filme é uma verdadeira obra prima, desde a inesquecível trilha sonora até a maneira extremamente interessante e inusitada de contar a vida de Jamal.

Um dos pontos fortes do filme é justamente a definição de cultura e inteligência, abordada com maestria pelo diretor Danny Boyle. Quando perguntado como é possível que tenha acertado tantas respostas, Jamal fornece à polícia uma narrativa completa e real de sua vida, mostrando com detalhes como cada resposta chegou a sua vida. Sua cultura, embora fosse de um favelado (como é chamado o tempo todo), era melhor que a de outros por um truque do destino. As perguntas que foram sorteadas para ele eram exatamente as que ele sabia responder.

A idéia de destino por sua vez é o argumento central do filme. Tudo na vida de Jamal parece ter convergido na direção que ele tomava naquele momento. Sua vida, embora seja miserável e dramática, em momento algum transparece com o choque excessivo que vemos nos filmes brasileiros como "Cidade de Deus" e etc. O clima é de felicidade e bem estar e é uma garantia infalível que o espectador sairá da sala de cinema tocado, satisfeito e feliz. A beleza da história está impregnada em cada diálogo e cena e a originalidade da produção se reflete na impecável qualidade técnica. Simplesmente imperdível.


NOTÍCIAS: Está confirmada a data de estréia do filme do herói Lanterna Verde da DC Comics, para 17 de dezembro de 2010. Quem está na direção é Martin Campbell de "Cassino Royale" e segundo rumores, Campbell teria convidado o ator Anton Yelchin de "Apha Dog" para participar da produção. Este rumor ainda não é confirmado.


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