segunda-feira, 13 de julho de 2009

The Strangers


Ficha Técnica:

Os Estranhos (The Strangers) EUA 2008

"Lock the door. Pretend you're safe"

Diretor: Bryan Bertino

Escritor: Bryan Bertino

Estúdio: Rogue Pictures

Elenco: Liv Tyler, Scott Speedsman, Glen Howerton


Um casal de namorados vai passar a noite em um chalé isolado depois de uma noite cansativa e difícil. Os problemas começam a aparecer quando um grupo de mascarados surge nas janelas, tenta invadir a casa e se diverte aterrorizando o casal que faz de tudo para sobreviver.

Suspenses são feitos todos os dias. A grande maioria deles é basicamente um conjunto de salas escuras, barulhos altos e repentinos e atitudes previsíveis dos protagonistas. Os Estranhos começa a ganhar por fugir de tudo isso. Ou quase tudo, ele ainda tem alguns barulhos altos e repentinos.

O filme aposta quase todas as suas fichas no fato de ser baseado em fatos reais. Isso não é lá muito crível, mas ainda assim ele impressiona. Como a história já é batida e se passa dentro de uma casa, sem muito espaço para variar, o filme acaba tendo que confiar em dois elementos: a direção e as atuações. Liv Tyler cumpre com maestria a segunda parte desta equação, deixando o companheiro de tela ofuscado diante do seu brilho. Sua gentileza e calma se desfazem diante dos olhos do espectador a medida que sua personagem, Kristen, é submetida aos horrores das figuras psicóticas que cercam a casa.

A direção também ganha ao ser capaz de esconder do espectador as figuras claras dos seus vilões, até a conclusão da história. As máscaras ajudam a dar o ar bizarro e, o silêncio com que os criminosos executam suas ações, assusta mais do que o fato deles quebrarem a porta com machadadas. Kristen se vê cercada de três pessoas que parecem ser capazes de desaparecer e reaparecer, apenas lhe mandando a mensagem de que ela não tem para onde fugir.

Por tudo isso, Os Estranhos ganha. Mas perde quando tenta convencer o espectador da veracidade daqueles fatos quando tudo, e desculpe a franqueza, é uma boa chutação. O filme perde sua linha narrativa quando abandona as câmeras fechadas e o foco na respiração ofegante de Liv Tyler para dar lugar aos cenários abertos onde os criminosos desaparecem como fumaça. Este tipo de tratamento desnecessário da situação é o que puxa o filme para baixo, o impedindo de ser um suspense marcante, para ser apenas um bom filme.

Considerando que esta foi a estréia de Bryan Bertino na direção, o filme se sai bem. Bem melhor do que obras de diretores que estão envolvidos com o gênero há muitos anos. Mas, é melhor ficar de olho na carreira de Bertino, do que se deixar levar pela execução simples - embora satisfatória - de Os Estranhos.

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