quinta-feira, 30 de julho de 2009

Harry Potter and the Half-Blood Prince


Ficha Técnica:

Harry Potter e o Enigma do Príncipe (Harry Potter and the Half-Blood Prince) RU/EUA 2009

"Once again, I must ask to much of you Harry"

Diretor: David Yates

Escritores: Steve Kloves (roteiro)

J.K. Rowling (livro)

Estúdio: Warner Brothers Pictures

Elenco: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Bonnie Wright, Michael Gambon, Jim Broadbent, Alan Rickman, Helena Bonham-Carter.


Neste sexto filme da série Harry Potter, os bruxos da escola de Hogwarts são forçados a encarar o desafio cada vez mais próximo da batalha com o Lorde das Trevas, Voldemort. Dumbledore incumbe o jovem Harry a uma missão de suma importância antes de revelar um segredo sobre o seu maior inimigo. Enquanto isso, Hogwarts é dominada pelo medo de uma invasão dos Comensais da Morte e mudanças pessoais drásticas ocorrem na vida dos personagens.

Posso dizer que sou fã dos livros de Harry Potter. Não fã alucinada e etc, mas uma grande admiradora que se apaixonou pelos detalhes de um mundo tão cativante. Com a troca de diretores, roteiristas e abordagens, os filmes não foram capazes de sempre fazer jus ao universo delicado e rico de J.K Rowling. Mas felizmente, assim como os livros, as produções foram melhorando, mostrando a capacidade de conquistarem todo tipo de público e de sair do lugar comum (se é que uma escola de bruxaria pode ser comum), para mostrar o lado sombrio, difícil e interessante de uma história que parecia já ter dado tudo o que tinha para dar.

É nesta nova abordagem que o diretor David Yates (que também dirigiu o anterior "A Ordem da Fênix) se apoia. Ele deixa de lado as expressões de assombro de um Harry deslumbrado para dar lugar à transparência das emoções de um menino perturbado pelo seu passado e diante de um futuro incerto e assustador. Harry é, pela primeira vez, confrontado com as verdadeiras dificuldades de ser "o menino que sobreviveu".

Além dos óbvios desafios de enfrentar as artes das trevas, os protagonistas devem lidar (também pela primeira vez) com as dores do amor. Fica mais do que óbvio o romance-que-sempre-esteve-lá, entre Hermione e Rony e, mais complexamente, Harry descobre sua paixão pela menina Weasley de uma forma mais brusca do que no livro, mas ainda assim, sutil o suficiente para encantar.

O filme, em uma mudança inesperada, não deixa de lado os pequenos detalhes que transformam o universo de Rowling em algo tão único, para dar lugar somente ao desespero. Muito pelo contrário. O diretor se esforçou para mostrar que a boa magia (no cinema e no livro) ainda estava lá, com cenas preciosas como a filmagem da loja de traquinagens dos gêmeos Weasley em meio a um beco em ruínas, ou os famosos jantares na torre e os livros flutuando para as prateleiras à medida que Hermione conversa displicentemente com Harry. São estas coisas que são capazes de lembrar ao espectador que ele está assistindo uma história única, sobre magia e beleza, embora todo o mundo pareça desmoronar em volta das figuras que todos aprenderam a amar.

O brilhantismo de David Yates está na dosagem perfeita deste novo lado negro de Hogwarts com romance e comédia moderada. Os encantos infantis, agora desaparecidos, deram lugar ao sarcasmo e à troca de diálogos afiados entre os adolescentes e professores. Surpreendentemente, o trio que sempre foi o mais fraco no quesito atuação, melhorou consideravelmente, deixando de lado a vontade de aparecer pela vontade de fazer o espectador acreditar nas complexas emoções que eles tem que vivenciar. É claro que, perto de talentos estupendos como Michael Gambon que vive Dumbledore, e Alan Rickman, que encarna o duvidoso professor Snape, a atuação dos jovens ainda fica apagada, mas cumpre o propósito de fazer corações novos suspirarem a crítica sorrir.

Mas é, sem dúvida, o lado negro desta nova produção que coloca Harry Potter em um patamar acima, para deixar de ser apenas um filme de fantasia e se transformar em um espetáculo de câmeras, falas, choros e risadas. Ele é extremamente bem sucedido em colocar o espectador dentro de Hogwarts, nas ruas apertadas do Beco Diagonal ou na -agora não tão alegre - Hogsmeade.

Este sexto filme deixa os espectadores e fãs com água na boca, ansiosos pela última parte da série que, para os desavisados, será dividida em duas: uma com a estréia prevista para 2010 e a outra para 2011. É hora de aguardar por Harry Potter e as Relíquias da Morte e comprovar se ele vai conseguir finalizar com a chave de ouro que acabou de ser apresentada ao mundo.


Fico por aqui hoje!

Até breve!

Um comentário:

Thaís disse...

luiza, ia soltar um palavrão desses que estamos super acostumadas a trocar em nossas conversas, mas ia ficar feio.
ele ia ser usado pra falar o QUANTO essa crítica ficou foda! sério, digna de uma revista especialista no assunto!
ai, que orgulho e você! hahahaha.
se o blog tem como principal objetivo apenas exercer sua escrita e suas percepções sobre essa arte que você gosta tanto, eu só te falo que o aproveitamento está sendo de 100% =D

ainda gosto mais do Cálice de Fogo, mas realmente os meninos melhoraram muito e, para mim, o Rupert Grint, em especial, está óoootimo nesse filme. Muito engraçado o amor não correspondido da Hermione e o Ron tentando lidar com a "fama" com as mulheres.

xoxo