quarta-feira, 13 de maio de 2009

Deception

Ficha Técnica:

A Lista – Você está livre hoje? (Deception) EUA 2008

“When you're in this world, no one is who they seem, and everyone is playing the game”

Diretor: Marcel Langenegger

Escritores: Mark Bomback (roteiro)

Estúdio: Seed Productions

Elenco: Ewan McGregor, Hugh Jackman, Michelle Williams.

Jonathan McQuarry é um solitário contador que conhece o charmoso e bem sucedido advogado Wyatt Bose. Wyatt apresenta Jonathan a um mundo desconhecido de esportes, bebida e belas mulheres. Quando os celulares deles são trocados acidentalmente, Jonathan ganha acesso a uma privilegiada lista, onde encontros noturnos com mulheres maravilhosas estão a apenas alguns números de distância. Seduzido, Jonathan logo descobre que a lista lhe causará mais problemas do que ele podia imaginar.
A lista tem uma proposta interessante e dois grandes atores. Mas isso não o salva de ser apenas mais um filme medíocre. O personagem de Ewan McGregor, um belo desperdício do talento do ator, é óbvio, previsível e uma tentativa fútil de ganhar a simpatia do espectador. A vida de Jonathan, apresentada como algo tão patético e ordinário, não passa de um retrato perfeito da vida da maioria das pessoas que trabalham demais.
Em contrapartida, o estilo de vida tão charmoso que o personagem de Hugh Jackman vende, nada mais é do que uma visão idealizada de Hollywood que nem mesmo o espectador mais ingênuo é capaz de comprar como sendo verdadeira. O filme não tem os aspectos comuns que nos chamariam atenção para sua negatividade, mas erra imensamente em tentar vender uma idéia que só é concebível em filmes.
É este erro que o arrasta para baixo. A veracidade da história começa a ir por água abaixo com a amizade forçada e repentina de Jonathan e Wyatt e piora consideravelmente quando apresenta a lista: homens e mulheres estonteantes e bem sucedidos que fazem sexo sem compromisso, já que não tem tempo de ter uma relação normal como os outros pobres mortais. Michelle Williams, do enfadonho Dawson’s Creek, nem sequer merece ser mencionada por seu papel quase invisível e sua absoluta falta de capacidade em transformar sua presença em algo indispensável.
Longe de ser um suspense eficaz, A Lista é previsível e tenta, de forma nem um pouco sutil, forçar o espectador a se imergir em um mundo que simplesmente não existe. Ingrediente fundamental do filme de suspense, essa imersão falha, não simpatizamos com ninguém e a maior expectativa do filme é para que ele acabe.

Fico por aqui hoje!
Até breve!

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