sábado, 2 de maio de 2009

I Love You, Man


Ficha Técnica:

Eu te amo, cara (I Love You, Man) EUA 2009

"Are you man enough to say it?"

Diretor: John Hamburg

Escritores: John Hamburg e Larry Levine (roteiro)

Estúdio: Bernard Gayle Productions

Elenco: Paul Rudd, Rashida Jones, Jon Favreau, Jason Segel


As vésperas de seu casamento, Peter Klaven percebe que não tem nenhum candidato verdadeiro para ser seu padrinho, já que ele não tem nenhum amigo realmente próximo. Encorajado pela noiva, Peter começa a procurar um amigo e seu caminho acaba se cruzando com o do irreverente Sidney Fife. Juntos, eles descobrem as alegrias da amizade masculina e os problemas que vem com ela.

Esqueça as comédias românticas convencionais. Eu Te Amo, Cara é uma comédia romântica entre homens heterossexuais. Parece estranho? Pode ser, mas ainda assim o diretor John Hamburg conseguiu fazer a fórmula funcionar, e muito bem. O carismático e abestalhado personagem de Paul Rudd rende algumas risadas, mas é a espontaneidade absoluta do personagem Sidney Fife (Jason Segel) que consegue elevar o filme a um outro patamar.

Já cansamos de ser submetidos ao ritual de "encontro", idolatrado pelos americanos. Eles costumam ser sempre iguais: um restaurante, alguns diálogos afiados, momentos de falta de jeito seguidos por um sucesso absoluto ou um fracasso vergonhoso. Eu Te Amo, Cara se aproveita desta fórmula clichê para criar a mesma situação com homens que simplesmente querem ser amigos. E convenhamos, usar um serviço de internet para achar amigos é um tanto mais constrangedor do que fazê-lo para achar um par romântico.

Os jantares, supostos encontros e as outras tentativas estapafúrdias que Peter utiliza para achar amigos jogam para o espectador um misto de emoções que passa da pena à vergonha, tendo risadas e outros elementos diversos no recheio. Mas quando finalmente Peter acha sua "alma gêmea" em Sidney, o filme assume uma postura mais típica e mostra o quanto a amizade masculina, tão pouco explorada na telona, pode ser bonita em sua simplicidade. Claro que, sendo mulher, eu acredito que não sou completamente capaz de entender exatamente o quão verdadeiro é o retrato pintado no filme, mas como observadora acredito que é convincente o suficiente para agradar até o mais exigente dos espectadores.

O humor do filme é pensado, infelizmente recaindo várias vezes nas piadas de sexo que são excessivas no filme (faz parte do universo masculino? será?). Mas são os pequenos detalhes e a sutileza com que a amizade entre Sidney e Peter flui com naturalidade que transformam Eu Te Amo, Cara em um filme certamente diferente de todos os outros. Não é digno de prêmios, nem de grandes elogios pela parte técnica, mas é absolutamente brilhante e único na proposta de sua execução.


Fico por aqui hoje!

Até breve!

Um comentário:

Thaís disse...

concordo em gênero, número e grau com a crítica do filme. as conversas que temos depois de ir ao cinema são sempre ótimas e eu sempre aprendo alguma coisa nova, um novo ponto de vista. o filme é gostoso, atraente e, com certeza, é um forte candidado às nossas tardes de feriado, sentadas no sofá comendo pizza.
como já falei, esse é foi um dos melhores textos que você postou por aqui.
continuo sempre na sua platéia.
xoxo