quarta-feira, 3 de junho de 2009

Changeling


Ficha Técnica:

A Troca (Changeling) EUA 2008

"To find her son, she did what no one else dared"

Diretor: Clint Eastwood

Escritor: J. Michael Straczynski

Estúdio: Imagine Entertainment

Elenco: Angelina Jolie, Gattlin Grifith, Michael Kelly, John Malkovich


Na Los Angeles do fim da década de 20, um ano antes da grande depressão uma mãe amorosa vive um drama inacreditável. Seu filho, Walter Collins é raptado e supostamente localizado pela polícia de Los Angeles, meses depois. Quando a esperançosa Christine Collins se encontra com o garoto encontrado, ela percebe que a polica cometeu um erro. Mas é tarde e os policiais, desesperados por apoio, contradizem as informações da mulher que continua a afirmar que o menino encontrado não é seu filho. Christine inicia então uma luta desesperada contra a polícia corrupta, a mídia e todos aqueles que querem impedi-la de encontrar o filho.

Clint Eastwood não tem, na minha opinião, metade do talento como ator que tem como diretor. Os filmes que tem seu nome na direção, quase sempre cumprem o objetivo de emocionar com histórias sobre luta e resistência diante das adversidades. A Troca não é diferente. É como um daqueles filmes onde uma pessoa vê espíritos, mas o espectador fica aflito ao ver que ninguém acredita na história contada. Uma situação semelhante, mas muito pior, acontece com Christine Collins. Não bastasse passar pelo drama de perder o filho, a mulher é forçada a conviver com um menino que não conhece e que toda a sociedade acredita ser seu filho.

Obviamente, quando Christine começa a dar problemas, a polícia de Los Angeles usa do poder para chama-la de louca e desacredita-la, apoiada pela mídia e pelos cidadãos. E será que esta situação está tão longe da nossa? Uma voz, esmagada e silenciada pelo poder corrupto e deprimida pela falta de justiça no mundo. Angelina Jolie brilha como a Sra. Collins, com um atuação que lhe rendeu uma bem merecida indicação ao Oscar. Seu rosto, normalmente tão sensual e seguro, mostra uma face triste, capaz de transmitir os sentimentos mais profundos da personagem para os espectadores.

Dezenas de outros elogios técnicos podem ser feitos sobre A Troca. O talento de John Malkovich como o Reverendo que ajuda Christine, a maquiagem que complementou a doença proveniente da tristeza de Angelina Jolie, a fotografia maravilhosa e a direção de arte impecável de recriação de uma Los Angeles que nada tinha de glamourosa, com carros antigos e ruas escuras. As câmeras próximas, angustiantes e apertadas que transmitem a atmosfera de desespero e desolação de Christine. Embora todos estes aspectos chamem a atenção, o que faz A Troca especial é a história (baseada em fatos reais) de uma mulher cuja perseverança serviu de exemplo para a sociedade que acreditava que justiça não poderia ser feita.


NOTÌCIAS: Como eu não vou dar ao MTV Movie Awards o espaço de post inteiro, pelo simples fato de que não o respeito como prêmio, o mencionarei aqui. Posso levar pedradas na rua por dizer isso, mas todo bom cinéfilo, amante de cinema, profissional do ramo ou simplesmente uma pessoa com bom senso sabe que o prêmio reflete popularidade e não qualidade. Para provar, basta falar do prêmio principal da noite, de Melhor Filme que foi para o péssimo Crepúsculo, deixando para trás Slumdog Millionaire e O Leitor. Além desta atrocidade óbvia, os igualmente péssimos Kristen Stewart e Robert Pattinson também levaram suas pipocas de ouro, desbancando atrizes como Kate Winslet e Taraji P. Henson. Brincadeira.


Fico por aqui hoje!

Até breve!


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