terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Interview with the Vampire


Ficha Técnica:

Entrevista com o Vampiro (Interview with the vampire) EUA 1994

"Drink from me and live forever"

Diretor: Neil Jordan

Escritora: Anne Rice (romance e roteiro)

Estúdio: Geffen Pictures

Elenco: Tom Cruise, Brad Pitt, Antonio Banderas, Kirsten Dunst, Christian Slater


Daniel Malloy é um repórter que se vê completamente arrebatado pela emocionante narrativa de um personagem mais do que peculiar. Ele ouve cuidadosamente a história de Louis de Pointe du Lac, um vampiro que conta sua história desde o instante em que se transformou em vampiro, por intervenção de um outro chamado Lestat de Lioncourt. A vida de Louis é modificada à medida que ele percebe a esmagadora e sanguinária realidade do que ele se tornou e quando ele transforma a criança Cláudia em mais uma caçadora da noite.

Entrevista com o Vampiro difere de forma extremamente sutil de qualquer outra história destas infames criaturas míticas. O sofrimento e o conflito de Louis não são nada típicos dos antigos romances sobre vampiros e contrastam a beleza e graça de ser diferente e perfeito, mas com o peso de precisar constantemente de tirar vidas humanas. Ambos Tom Cruise e Brad Pitt, estonteantes e marcantes, dão um show de interpretação. Mas o destaque do filme, e talvez o motivo para um espectador pouco apetecido por fantasia assistir ao filme é a simplesmente maravilhosa Kirsten Dunst.

Dunst hoje é uma atriz conhecida com inúmeros filmes no currículo, mas foi o seu trabalho em Entrevista com o Vampiro que lhe rendeu olhos do mundo todo. Com apenas doze anos, ela interpreta a deliciosa Cláudia, uma menina que é obrigada a ter a mente de uma adulta, ou melhor, de várias adultas, dentro do corpo de uma menina que nunca envelhece. Os conflitos de Cláudia entre querer crescer e não poder a enlouquecem a medida que ela evolui a mente, mas não é capaz de fazer seu corpo acompanhar. Ela dá performances de cair o queixo falando com a maturidade de uma mulher cruel e maliciosa pelo rosto angelical de Cláudia.

Louis, que não possui a sede de sangue dos companheiros, é aos poucos assolado por um série de perguntar e por uma sensação perturbadora de solidão que se aprofunda a medida que ele encara décadas sem morrer, sem sentir, em um torpor assombrado. Ele conhece a brutalidade de outros como ele e está determinado a mudar quem é, mas sua impossibilidade de morrer o assombra como um pesadelo para o resto da vida.

O filme quebra completamente o paradigma de criaturas charmosas e cruéis. Embora sejam sim, incrivelmente belos e poderosos, os vampiros sofrem de um pesadelo que jamais poderá perturbar nenhum mortal: a falta de sentido em se viver para sempre.


Fico por aqui hoje!

Até breve!

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