segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Journey to the Center of the Earth


Ficha Técnica:
Viagem ao Centro da Terra (Journey to the Center of the Earth) EUA 2008
"Same Planet. Different World"
Diretor: Eric Brevig
Escritores: Michael D. Weiss e Jennifer Plackett
Estúdio: Walden Media
Elenco: Brendan Fraser, Josh Hutcherson, Anita Briem


Depois que um cientista desaparece, seu irmão Trevor Anderson parte para descobrir o que aconteceu com ele seguindo pistas de abalos sísmicos que o cientista investigava. A companhia inesperada de Trevor é a do filho adolescente do irmão, Sean, e juntos eles pedem a ajuda de uma guia de montanhas Hannah Asgeirsson que revela a eles que o desaparecido, assim como seu pai, era um Verniano, uma pessoa que acredita que as história do escritor Júlio Verne sejam verdadeiras. Seguindo as pistas do romance "Viagem ao Centro da Terra" o trio descobre as verdades e mitos deste mundo e se envolve em aventuras e perigos inimagináveis.

O diretor Eric Brevig realizou trabalhos brilhantes como supervisor de efeitos especiais da ILM em filmes como "Pearl Harbor", "A Ilha", "O dia depois de amanhã", "K-19" e muitos outros sucessos de crítica e público. Talvez fosse sensato então que permanecesse onde era seu território familiar. Em Viagem ao Centro da Terra, uma de suas poucas explorações no universo da direção, Brevig demonstrou juntamente com os roteiristas e aparentemente toda a equipe, exatamente o que fazer para fazer um filme dar errado.

O clássico do brilhante escritor Júlio Verne virou piada e filme de sessão da tarde, com direito a - ironicamente - efeitos visuais ridículos, explicações mirabolantes para uma história sem pé nem cabeça e diálogos tão fracos que dão vontade de chorar. A Walden Media, que vem apostando em filmes de fantasia como Nárnia e o maravilhoso "Ponte para Terabítia" errou feio neste longa exceto talvez pela escolha do ator mirim Josh Hutcherson que é o único sopro de ar fresco no filme. Brendan Fraser, que tem capacidade de atuar mas não de escolher os filmes em que o faz, é vítima mais uma vez de sua própria vontade de ser carismático demais e acaba exagerando.

O mundo que é encontrado no centro da Terra (depois de uma escorregada por um túnel praticamente infinito que é amortecido por um cobertor de água - sentiram o drama?) é bem fraco, sem imaginação e lembra mais as críticas feitas aos insetos gigantes de King Kong do que ao maravilhoso universo criado por Verne. Em benefício e por pena de todos os grandes nomes envolvidos na produção do desastre podemos ao menos tentar colocar a culpa na tendência recente de filmes 3D que estão entrando bastante na moda. Por acharem que o 3D é o suficiente para impressionar, a equipe acaba esquecendo que filmes não são feitos só de efeitos e esquecem de embasar a produção com uma boa história e pessoas competentes.


Fico por aqui hoje.

Ate breve!

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