quinta-feira, 20 de novembro de 2008

I, Robot


Ficha Técnica:

Eu, Robô (I, Robot) EUA 2004

"What will you do with yours?"

Diretor: Alex Proyas

Escritor: Jeff Vintar

Estúdio: Canlaws Productions

Elenco: Will Smith, Bridget Moynahan, Allan Tudyk, James Cromwell


No ano de 2034, a grande maioria das funções simples do dia-a-dia são realizadas por robôs. Estes robôs possuem um sistema supostamente infalível de segurança: as Três Leis. A primeira estipula que um robô jamais pode ferir um ser humano. A segunda, que um um robô deve sempre obedecer as ordens um ser humano se não for entrar em conflito com a primeira lei e a terceira, que um robô deve sempre se defender se isto não entrar em conflito com a primeira ou segunda leis. Tudo parece perfeito e seguro. Mas existe um detetive, Del Spooner, que não confia tanto assim nos homens de metal. Quando o criador das três leis Dr. Lanning morre por um aparente suicídio, Spooner é indicado para investigar uma trama que começa com um assassinato, mas que o leva a caminhos nunca imaginados e ele deve correr contra o tempo para salvar os humanos da perda total de sua liberdade.

Nos filmes de hoje, o futuro é retratado com um pouco mais de bom senso, não sendo nunca exibido em anos distantes demais ou mostrando coisas que são tão impossíveis que deixam o espectador alienado. Na década de 50, os filmes mostravam o ano 2000 como o ano dos carros voadores e das comidas em cápsulas. O Det. Spooner de Eu, Robô é exatamente uma crítica a esta imaginação ou desejo automatizado demais. Ele é viciado no seu All-Star (uma relíquia da época), seu som é igual ao que temos hoje, e ele ainda dirige manualmente um carro movido a - vejam só - gasolina. Embora Eu,Robô seja um filme majoritariamente de ação, ele levanta questões cada vez mais presentes no mundo globalizado.

O que é um robô? Do que a chamada Inteligência Artificial é capaz? Um cérebro é suficiente para que um robô assegure o bem estar dos humanos, dotados de princípios éticos e sentimentos que influenciam na tomada de decisões? A resposta para todas as perguntas ainda não existe e justamente por isso fornece material suficiente para Hollywood se esbaldar e criar todo tipo de personagem com conflitos internos ou tramas que mostram a falha das máquinas. Como feito em "Matrix", o diretor Jeff Vintar mostrou o único resultado lógico para um sistema que é mais inteligente e desenvolvido do que o de seu próprio criador: a revolução. Embora um robô não se revolucione por insatisfação, ele pode muito bem fazê-lo por uma associação lógica, puramente consttuída de números que lhe indique que aquela é de fato a melhor opção. Mas o problema da intêligencia artificial está justamente no discernimento que os humanos conseguem fazer: nem sempre o mais lógico é o mais correto.

Os diálogos inteligentes, o enredo instigante, a arte visual brilhante e a atuação sempre impecável do astro Will Smith rendem um lugar a Eu, Robô na prateleira de "filmes pensantes" embora ele não seja pretensioso o suficiente para exigir apenas um público "super gênio". Recheado com ação e pitadas de originalidade.


Fico por aqui hoje!

Até breve!

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