quarta-feira, 14 de maio de 2008

Ratatouille



Ficha Técnica:

Ratatouille (Ratatouille) EUA 2007

Diretor: Brad Bird

Estúdio: Pixar Animation Studios

Elenco: Ian Holm, Peter O'Toole, Janeane Garofalo, Brad Garret, John Ratzenberger.


Sou verdadeiramente fã de carteirinha de animações, sejam elas de computação gráfica ou não. E de animação a Pixar e a Disney entendem. Não me levem a mal, sou, como qualquer mortal, uma das grandes adoradoras do monstro verde Shrek, mas a Pixar executa todos os seus projetos sem falhas, até mesmo os curta metragens.

Ratatouille é um desses projetos bem realizados. O que pode ser mais charmoso e inusitado do que a história de um rato que sonha em cozinhar? Remy é um rato, e não daqueles brancos bonitinhos de laboratório. Um verdadeiro camundongo de rua. Ele é parte de um enorme clã e filho de um pai que, em suas próprias palavras, "nunca se impressiona". Mas Remy tem um dom que o perturba. Ele tem um paladar e um olfato muito aguçados e se recusa a comer do lixo que seus companheiros devoram com tanta voracidade. Além disso, o pequeno rato não teme os humanos que o pai diz serem seus inimigos naturais. Ele os admira, admira sua capacidade de criar e de descobrir. Essa paixão acaba por levar Remy ao seu restaurante preferido, em Paris, o famoso Gusteau's. Lá ele encontra seu par perfeito, um faxineiro desastrado chamado Linguini, que não tem a menor aptidão para cozinhar. Juntos eles formar uma dupla: Remy sabe cozinhar e Linguini sabe aparecer em público. Mas um ambicioso chef de cozinha está de olho em cada movimento de Linguini e de seu companheiro e o famoso crítico Anton Ego, também está ansioso por derrubar o restaurante.

Ratatouille tem belíssimas canções, belíssimos cenários, comédia na dose certa e personagens mais do que cativantes. Remy tem o hábito de lavar as mãos com a gota que sobra da pia e só anda nas patas de trás, para não sujar a comida que mexe. Linguini é um bom rapaz, mas confuso e pouco confiante. Sua parceira Collete, a cozinheira durona do Gusteau's também é uma alusão exageradamente adorável das mulheres francesas que entram nesse mundo. O próprio Gusteau é dono de uma filosofia muito especial, base da receita do filme. Qualquer um pode cozinhar. E é justamente disso que Remy se alimenta. O crítico Anton Ego é perfeito em todos os detalhes, desde o corpo ao seu escritório em forma de caixão. Nada em Ratatouille é simplesmente o que parece. O filme esconde grandes lições, como as origens não limitam o potencial e nunca se é pequeno demais para sonhar.

Impossível traduzir todas as qualidades do longa em uma única crítica. Mas espero que tenham ficado com água na boca para assistir esta brilhante animação. E para vocês relutantes, não se enganem: as animações hoje, raramente são feitas para as crianças. Shrek está aí para provar isso, assim como tantos outros.


CURIOSIDADES: Ratatouille ganhou o Oscar de melhor animação em 2008 e ganhou outros 39 prêmios e 21 indicações.


Fico por aqui.

Até breve.


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