sábado, 6 de setembro de 2008

Hellboy II - The Golden Army


Ficha Técnica:

Hellboy II - O Exército Dourado (Hellboy II - The Golden Army) EUA 2008

"Saving the world is a hell of a job"

Diretor: Guillermo del Toro

Estúdio: Dark Horse Entertainment

Elenco: Ron Perlman, Selma Blair, Doug Jones, Luke Goss, Anna Walton.


E direto das salas dos cinemas, vamos falar do novo filme do demônio herói que estreou ontem em todo o país.

A elite secreta do FBI composta pelo demônio Hellboy e companheiros, é convocada para uma missão de suma importância, quando um príncipe elfo rouba uma peça da lendária coroa de Bethmoora de um leilão. A coroa, dividida em três partes, dará ao príncipe Nuada o controle sobre o lendário e indestrutível exército dourado, e como ele, Nuada pretende travar a guerra contra os humanos. A última peça porém está na posse da irmã gêmea do príncipe, Nuala, que procura ajuda de Hellboy, Abe e Liz para lutar contra o irmão.

Por onde começar? Bem, melhor começar dizendo que não ouso comparar este filme com o desastre que foi o primeiro, e que merece ser esquecido. Em segundo lugar, devo apontar para mim, o defeito principal de Hellboy: o filme não consegue se aprofundar muito na história, não consegue criar aquela expectativa de quem será vitorioso, pois é extremamente previsível. Afora este fato, é um bom filme. Não excelente. Mas bom. O elemento de trama mais interessante é a maneira com que o "vilão", o temido príncipe Nuada é apresentado. Ele não tem um coração ruim, não quer dominar o mundo, não quer destruir tudo que vê pela frente. Ele simplesmente quer justiça para o seu povo que foi destruído pelos humanos tantas vezes antes. Nuada é uma espécie de ambientalista radical, que pela enésima vez no cinema, explicita a necessidade do homem de sempre ter mais, e sua falta de limites para saber quando parar e principalmente, sua total incapacidade de aceitar o diferente.

As criaturas mágicas que Nuada defende são "feias" como o próprio Hellboy, e por isso temidas pelos humanos. Temidas e caçadas. O próprio demônio enfrenta um dilema ao decidir de qual lado ele realmente está, uma vez que é desprezado pelos humanos. E estes dilemas morais tornam o filme mais forte do que seria com apenas um vilão movido pela ganância. E agora, ao principal: com Guillermo del Toro na direção, o filme adquiriu proporções épicas no quesito efeitos visuais. A imaginação de Del Toro não tem limites e suas criações mantém o espectador fascinado, deslumbrado pela originalidade dos cenários, personagens e histórias. Del Toro eleva o conto de fadas a um nível nunca visto antes e deixa no chinelo criadores de criaturas estranhas como George Lucas.

Afora a atuação de Ron Perlman como Hellboy que é simplesmente impecável, o restante do elenco não impressiona muito. Selma Blair está apagada como sempre, e Doug Jones que interpreta Abe está bem, mas nada digno de um Oscar. No geral, Hellboy impressiona. Ainda não é páreo para os colegas heróis como Batman e Iron Man, mas para um personagem tão complexo e tão pouco conhecido, este segundo filme lhe dá um bom começo para uma melhor reputação.


Fico por aqui hoje!

Até breve!

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