domingo, 29 de junho de 2008

Wall-E


Ficha Técnica:

Wall-E (Wall-E) EUA 2008

Diretor: Andrew Stanton

Estúdio: Pixar Animation Studios/Walt Disney Pictures

Elenco: Ben Burt, Elissa Knight, John Ratzemberger, Sigourney Weaver


Wall-E é um robô, que no ano de 2700 tem a função de compactar e limpar o espaço terrestre, abandonado 700 anos antes pela raça humana. Wall-E passa todos os seus dias fazendo seu trabalho e juntando relíquias que ele julga interessantes para levá-las à sua pequena casa no meio do nada. Quando uma nave de reconhecimento deixa na Terrra a destemperada robô EVA, Wall-E vê seu mundo virado de cabeça para baixo, ao se apaixonar por EVA e descobrir o verdadeiro propósito de sua existência.

Desde "Toy Story", a Pixar tem demonstrado talento extraordinário para fazer animações, com enredos espetaculares que atingem ambos crianças e adultos além do elemento principal que diferencia a companhia de outras: sua originalidade incontestável. Responsável por grandes produções como "Procurando Nemo" e "Ratatouille", a Pixar jamais desapontou em nenhum de seus filmes e parece nunca esgotar as idéias da brilhante equipe de animação, que segundo depoimento do diretor Andrew Stanton, teve a idéia de várias de suas produções (incluindo Wall-E) em um almoço em 2000. Wall-E, como tantas outras, tem um foco crítico sem ser apelativo e sendo (como a Disney exige) politicamente correto. Mas nem por isso deixa de lado a inteligência ou o humor de muito bom gosto que tempera o longa de maneira perfeita.

Wall-E alterna entre humor, romance e drama explorando todos os gêneros com a genialidade que ambas Disney e Pixar já provaram ser capazes. Nunca um robô foi tratado de forma tão humana, e ironicamente o suficiente, é justamente o robô que ensina os humanos a redescobrirem as belezas e os sentimentos da vida. O amor de EVA e Wall-E é responsável por quebrar os padrões altamente automáticos que regem a vida dos homens em uma nave chamada Axiom, uma espécie de resort espacial, crítica ferrenha à atual sociedade (em especial) norte-americana. Wall-E é ainda apaixonado pelo musical Hello Dolly, ao qual assiste todos os dias e que prova ser o símbolo máximo de seu sentimento pelo desconhecido. Como em todos os filmes da Pixar, Wall-E apresenta uma lição profunda e que desta vez não é sobre ser diferente.

Uma super empresa Buy N Large (outra crítica aos hipermercados americanos) explorou a terra ao seu limite, como tantos ambientalistas nos alertam hoje, e vêem nas suas mãos um problema, uma vez que a Terra se tornou inviável para o crescimento de vida. Wall-E é a o próprio simbolismo da esperança, mostrando aos humanos sedentários da Axiom, que basta eles romperem barreiras ao simplesmente se mexerem para mudar uma realidade sem esperanças. Mais uma vez, não foram poupados esforços para os sons e gestos que fazem parte da realidade de Wall-E. O responsável pelos sons dos robôs de Star Wars está por trás do blips e blops do adorável robozinho, e os poucos diálogos realizados por humanos, são perfeitamente necessários e inteligentes. O filme conta ainda com alusões

É impossível traduzir toda a genialidade de Wall-E em palavras (especialmente porque o próprio filme conta com poucas). É preciso presenciar a perfeição da animação, a expressão dos personagens tão carismáticos e a direção impecável de um estúdio visionário que continua a inovar e surpreender de maneiras cada vez mais diferentes e embora tenha histórias passadas no fundo do mar ou 700 anos no futuro, possui tramas muito atuais.


NOVIDADES: Bem uma novidade meio velha. Prevista para maio de 2009 a estréia do filme X-Men Origins: Wolverine que conta a trajetória do solitário e misterioso X-Men, o passado do herói em um projeto chamado Arma X e o contato com seus inimigos. (Fonte: Revista Monet).


Fico por aqui hoje!

Até breve!

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